E afinal quem é a Just?
(Imagem retirada daqui)
Apercebi-me há pouco tempo que aos pedacinhos vocês me começaram a conhecer tão bem como eu própria, fosse através de desafios ou de textos meus. Mas também me apercebi que o pedacinho que conhecem de mim vos faz apenas ver o que tenho de melhor em mim. Nunca foi intencional, sempre inconsciente, mas acabaram por ficar com o melhor de mim. A parte lutadora, a parte apaixonada e optimista. E se por momentos vos mostrei o meu lado mais negro, o pessimismo e a falta de esperança durante o desemprego, continuam sem conhecer um lado também ele sombrio e menos cor-de-rosa.
Não sou perfeita, mas ninguém o é, certo?
Entro muitas vezes em batalha com o meu próprio orgulho, a humildade e o orgulho entram em batalha e a humildade acaba por ganhar, por muito que me custe dizer ‘desculpa’.
Sou teimosa, persistente e acabo por de certa forma insistir em tais coisas que se tornam ‘pequenas obcessões’.
Sou dura, sincera, quem me conhece sabe que digo o que tenho a dizer com poucas cerimónias. Por vezes acabo por ser mais ‘bruta’ do que esperava e fico com a minha consciência (que é demasiado activa) pesada, capaz de me levar imenso tempo a conseguir admitir que errei. A minha mãe diz que sou demasiado sincera, mas sei que quem gosta de mim já conhece esse meu defeito. Simplesmente não gosto de ‘engonhar’ e gosto de colocar tudo em pratos limpos.
Não gosto de complicar, evito pensar demasiado nos problemas, evito avaliar as situações mil e quinhentas vezes. Evito até não pensar do que não está somente dependente de mim. Se gosto de tal aspecto, por vezes passo uma imagem de uma pessoa pouco preocupada e pouco importada com a situação, o que não é verdade.
Perdoo, mas não esqueço. Este é um grande defeito. Por muito que perdoe alguém, não consigo esquecer e não consigo voltar a confiar. Basta uma pequena limalha naquela relação que não consigo voltar a ser a mesma, se já tenho problemas em confiar nas pessoas, então é que o caldo fica entornado. Acredito que, por vezes, se tivesse a capacidade de perdoar e esquecer seria uma pessoa mais feliz e com mais amigos (talvez).
Apesar de tudo, nos últimos anos tenho vindo a aperfeiçoar a pessoa que sou. Aliás, tenho orgulho em quem me tornei, no fundo a mulher que sempre idealizei vir a ser. Os defeitos fazem parte e a cada passo tento melhorar, respirar e não barafustar. Desligar-me dos problemas e sorrir. Descomplicar em vez de complicar. Ao longo de muitos anos não acreditei que viria a ser a pessoa que sou, forte, lutadora e que, com todos os seus defeitos, está de bem consigo própria (basta ler os primeiros anos do blog para compreender a minha crise de identidade).
Hoje nada mudaria, apenas e sempre, continuar a melhorar.