Dezembro traz a esperança
(Imagem retirada daqui)
No findar de mais um ano renova-se a esperança, a vontade de se ser mais e melhor. Dezembro traz sempre as lembranças de um ano que passou, do bom, do mau, das quedas e das batalhas vencidas. Traz o cheiro da nostalgia misturado com a canela dos doces natalícios. Traz a saudade daqueles que já partiram, daqueles que já não estão presentes nas nossas vidas. Mas traz também a introspecção, do perceber o quanto crescemos, daquilo que conquistamos e daquilo que ainda temos para agarrar. Por muito que o ano tenha sido mau, Dezembro renova-nos as energias, cria em nós uma esperança do virar da página para algo melhor. Faz-nos definir novos objectivos, faz-nos ter vontade de criar novos hábitos, melhorar quem somos e de irmos atrás da felicidade, como se nunca o tivéssemos feito antes. Dezembro é o fim de um ciclo, o fim de mais um capítulo que tem histórias para contar, mas que nos faz virar a página e dizer que não, que não vai ser igual, que agora é que a história vai valer a pena. Que agora é que tudo vai melhorar.
Poderá ser tudo uma ilusão. Ma não é bom iludirmo-nos por um bocadinho, por muito pequeno que seja? É uma espécie de corrida atrás do sonho, uma corrida agradável que no fim terá a paisagem perfeita à nossa espera. Poderá ser mesmo uma ilusão, mais tarde uma desilusão, mas se não tivermos essas esperança de um novo recomeço nunca nada mudará. Tudo ficará igual por mais que os anos passem, dirão os sépticos. Não há esperança, dirão os agnósticos. Eu apenas digo, é preciso a esperança, é preciso esta ilusão de um novo recomeço no fim de cada ano para nos sentirmos vivos, para sentir que todas estas regras cronológicas têm algum sentido.
Eu cá gosto do fim de mais um ano. Faz-me sentir mais crescida, com mais vontade de continuar a minha batalha e com mais vontade de escrever novas histórias.