De manhã, de manhãzinha…
(Imagem retirada daqui)
Costumo acordar com o som do primeiro despertador. Aquela música irritante que toca que no telemóvel e que dá mais luz que o próprio sol. Desligo-o assim que o agarro, ainda com os olhos pouco abertos e viro para o outro lado. Cinco minutos depois toca o segundo despertador. A vontade de o atirar contra a parede e deixar-me ficar na cama surge todos os dias, não há um em que não pense na possibilidade de ficar a dormir mais um bocadinho, mas para não me deixar a adormecer e cair na tentação ligo sempre o candeeiro do quarto. Visto-me em modo zombie, abro a janela e tento perceber se vou ter frio ou não, no entanto, noventa porcento das vezes nem ao trabalho de mudar de roupa me dou.
Desço as escadas, meto-me em frente ao espelho da casa de banho mas ainda não vejo, ou não reparo no meu ar de quem acabou de sair da cama e só quer ficar a dormir. Lavo a cara com a água mais gelada e é a primeira vez que pela manhã começo a despertar. Penteio o cabelo, ponho o creme no rosto e vou para a cozinha. TODAS as santas manhãs espero não encontrar lá ninguém para não ter de falar. Sou uma mal-humorada, de manhã que não gosta de falar, ouvir ou ter de comentar seja o que for durante a primeira hora do dia é um crime! Assim posso tomar o pequeno-almoço descansadinha e ainda tenho tempo de ver as últimas notícias no tablet.
Quando tudo corre dentro do planeado ando bem-disposta o dia todo, tenho tempo cronometrado, mas dá-me tempo para tudo e sem ter de correr. Quando tal coisa não acontece, como o dia de hoje, em que o adormeço por mais cinco minutos do que devia, em que o leite molha a banca ou a falta dos dentes salta para a camisola acabadinha de vestir, começo o dia com um terrível humor. Odeio correr logo de manhã. Odeio ter fugir da minha rotina matinal que me faz começar bem o dia.
A minha rotina matinal é a entrada num dia com boa disposição. Manias!