Comer e Amar em Paris (13/15)
(Imagem retirada da Internet)
Comer e Amar em Paris. Duas acções maravilhosas que me atraíram imediatamente e o local é o meu próximo destino desejado. Como não poderia ter escolhido este livro? O que não esperava, é que o livro me desse tanta fome e vontade de registar locais para visitar em Paris. Não, não me refiro a monumentos, mas sim pastelarias e restaurantes.
Este livro de Elizabeth Bard é a autobiografia da autora, uma americana que se tenta enquadrar numa cultura completamente diferente da sua apenas por amor. Amor a um francês. Este livro permitiu-me conhecer duas culturas que se demonstram tão diferentes, a europeia (com a qual, naturalmente me identifiquei) e a americana. O livro retrata isso mesmo, o choque entre as duas culturas e uma mulher que adora comer que se refugia na cozinha enquanto se tenta adaptar a França. No meio de uma vida deixada para trás e na tentativa da construção de uma nova, Elizabeth conta as grandes peripécias que uma americana passa para se conseguir integrar numa cultura tão diferente da sua, com diferentes noções sociais e laborais. O mercado torna-se o seu grande prazer do dia-a-dia, uma espécie de féria mais cuidada (em comparação com a nossa portuguesa) em que os legumes e frutos frescos deliciam-na só com o olhar. É então que inicia o seu caminho na cozinha e elabora receitas simples, rápidas e que parecem ser absolutamente deliciosas, as quais vai partilhando ao longo do livro.
Um livro leve, agradável de ler apenas porque entramos na vida de alguém real e conseguimos compreender a sua luta, mas também porque a paixão pela comida é saudável e nem próxima do doentia está. É um livro que me deixou com vontade de experimentar algumas receitas (e espero fazê-lo um dia), mas ainda com mais vontade de me perder de amores pela cozinha e pela qualidade da comida.
Uma excelente leitura para este verão.
"Mas descobri, por qualquer razão que desconheço, que as pessoas na Europa não precisam de mais amigos. Têm as suas famílias, as pessoas com quem cresceram, as pessoas com quem andaram na faculdade e colegas com quem conversam na pausa para o cigarro." (seremos mesmo assim?).
