Bel-ami (8/12)
Não gostei. É o que vos posso dizer sobre este livro. Apanhei bem o ritmo inicial e até meio do livro gostei do romance que tinha entre mãos, a partir do momento em que a personagem principal começa a tornar-se semelhante a tantas pessoas que me rodeiam que comecei a não gostar. Não gostei da transformação de Bel-Ami ao longo do livro, não gostei da ganância e nem da altivez com que de repente a personagem se identificou. Não gostei da transformação de uma bela história de amor do século XIX, com o que tanto acontece no nosso quotidiano. Não gostei do fim e nem do rumo que as coisas tomaram ao longo do livro.
Bel-Ami começa como uma personagem querida, honesta e que tenta vencer ao lado de homens que se fazem de grandiosos. Jornalistas sem formação que adoram colocar alguns brilhantes em notícias que não valem a pena ler, contudo a rede de contactos vai aumentando à medida que os seus conhecimentos vão crescendo. Começa a conseguir enquadrar-se numa sociedade pouco sincera, e até começa a saber mexer-se muito bem com as mulheres de alguns dos seus 'heróis', no entanto enamora-se por uma e acaba por ter oportunidade de se casar com a mulher que imaginava para si desde o primeiro dia. E a partir desse momento a ganância entranha-se na mente, só ambiciona mais e em momento algum aceita apenas o que tem. E foi este momento de viragem que também transformou a minha compaixão pela personagem em ódio. Talvez seja este o grande triunfo do autor, mas a verdade é que não gostei.
Sei que esta opinião será controversa, mas a verdade é que o Bel-Ami não me agarrou como tinha imaginado.