Arre que está frio!
(Imagem retirada da Internet)
A manhã foi dura, não estava psicologicamente preparada. Desta vez não foi o sono, até porque mantive os olhos sempre abertos, mas a cama agarrou-me e impedia-me de ir para o frio que se fazia sentir. Ainda estava na cama e já o nariz tinha congelado e nem sequer tinha olhado para a janela. A minha rica pele adivinhava o que vinha a seguir, uma roupa fria num corpo quente e uma água gelada dos canos para lavar a pele da minha cara delicada. Bem que a cama me tentou salvaguardar, mas a obrigação chamou mais alto e lá me levantei. Com tanta rapidez me vesti que nem me lembro de sentir o frio, mas foi quando abri a torneira da água fria (porque a da quente não funciona) que o gelo chegou aos meus ossos. Nossa! Que gelo! Atirei a água para o rosto e ensaboei-o mais do que devia só para adiar o mais possível o novo impacto de água quase congelada.
Enquanto aqueço o leite abro o estore da cozinha para ver o que se passa lá fora. Branco. Tudo totalmente branco e no entretanto congelo os pés e durante o resto do dia não os volto a aquecer (a informar que eram 7h30 da manhã quando congelaram). Visto o casaco depois do pequeno-almoço e dos dentes lavados, gorro, luvas e botas. E quando abro a porta, 'pás' estalada na cara daquele ar gelado da manhã!
Durante o dia e durante os meus vários confrontos com o ar gelado do Porto, vindo ou não do Rio Douro o meu pensamento foi: Se está tanto frio e está, mais vale nevar. Mas mais vale sonhar, que nem com menos quatro graus que no Porto, nem na terrinha neva.
Resumindo: dia gelado, pés sempre frios e só aqueci novamente quando entrei no banho. Arre para o frio!