Agora percebo o alvoroço sobre La La Land
(Imagem retirada daqui)
La La Land estava na minha lista de 'filmes a ver' desde que vi o primeiro trailer, depois dos prémios todos que tem vindo a ganhar e depois da confusão dos Óscares, tinha mesmo de o ir ver e perceber porquê este alvoroço todo. Ontem, depois de uma eternidade para conseguir um balde de pipocas, lá nos sentamos na sala do cinema prontos para ver um musical. Há séculos que não via um musical e estava um bocadinho reticente, afinal nem sabia que o Ryan sabia dançar.
Sentei-me confortavelmente na cadeira do cinema, umas pipocas na mão e os óculos bem limpos e começou o filme. E oh que filme! Oh que maravilha mágica que a tela de cinema me fez sentir. As cores, as músicas, as coreografias, era tudo tão giro que quase parecia ter sido transportada para um filme da Disney. Há muito tempo que não via um filme assim, tão divertido, com músicas tão mexidas que dá quase vontade de levantar da cadeira e dar uns passinhos de dança. Um filme cheio de cor nos momentos apropriados, cores vivas, cores alegres, mas também cores menos alegres em momentos menos felizes. Um jogo de imagens, cores, efeitos tão básicos, tão simples, mas que voltam a dar ao cinema o verdadeiro sentido do cinema e de Hollywood.
Emma Stone surpreendeu-me com a facilidade com que parecia dançar, cantar e interpretar uma personagem que parecia um bocadinho dela própria. O Óscar foi sem dúvida bem entregue, ela parecia estar perfeitamente enquadrada naquele cenário, parecia fazer parte dela. Já Ryan Gosling, é... deixou um bocadinho a desejar. O homem estava demasiado concentrado, demasiado tenso nos passos de dança, e nem sequer o posso censurar, eu nunca faria tão boa figura como ele. No entanto, precisava de parecer um bocadinho mais relaxado, um bocadinho mais solto nos passos de dança, apesar de na sua totalidade ter achado que fez um bom trabalho.
Mas se adorei as cores e os cenários, também fiquei apaixonada pela música original 'City of stars'. Ai que a música fica no ouvido! Não só fica no ouvido como consegue entrar no coração, deixar-me nostálgica e com uma vontade enorme de ir ali aprender a dançar. A música é simplesmente perfeita, com os acordes certos e mesmo as vozes dos actores (que não nada demais) parecem encaixar-se de uma forma tão perfeita que quase parece que podia ser eu e Ele a cantarmos tais palavras. A música do filme mexe connosco, e quantas vezes dei por mim na sala do cinema a bater o pézinho e a sentir os dedos da mão a acompanhar o ritmo.
Vá, mas sejamos sinceros, o filme não é um dote de génio, nem lá perto, mas é uma lufada de ar fresco. Parece que Hollywood regressou com todo o seu poder para nos fazer sentir felizes, querer dançar e transformar a nossa vida num musical.
Agora sim, percebo todo o alvoroço envolta de La La Land e apenas tenho a dizer, é merecidíssimo.