A saga da casa... #2 Não quero uma mansão!
(Imagem retirada daqui)
Depois de ter vencido a saga da minha cozinha open-space com o arquitecto e os engenheiros amigos d'Ele, que nos estão a desenhar a casa, a saga seguinte prendeu-se em diminuir as áreas da casa. Quando soube que a casa iria ser desenhada pelos amigos d'Ele, pessoas de muita confiança e que sabemos que apenas querem o melhor para nós, o meu receio foi um único só: uma casa fora das nossas posses. Os amigos d'Ele não têm a nossa carteira, aliás, entre eles somos um bocadinho pobres e o meu receio foi sempre que eles projectassem uma casa às suas carteiras e não às nossas. Numa fase inicial Ele lá lhes deu o nosso orçamento, mas na primeira planta que nos apresentaram da casa viu-se claramente que esse orçamento tinha sido esquecido na mansão que nos tinham desenhado. Uma casa com quase 300m2 estava COMPLETAMENTE fora das nossas possibilidades!
Depois da batalha para conseguir a minha cozinha de sonho, a batalha seguinte foi em conseguir diminuir o tamanho da casa. Eu sei que somos um tanto ou quanto exigentes, aliás, hoje tenho a perfeita noção de que estou a ser exigente com a casa, mas começa a ser difícil na minha cabeça conseguir abdicar das áreas que tenho estipuladas na minha cabeça. Não quero uma mansão, não quero uma casa XPTO, mas quero uma casa que corresponda às minhas necessidades, três quartos, um escritório, três casas-de-banho e uma boa sala para conseguir receber a família sem ficarmos apertados, contudo parece que estas minhas necessidades extrapolam a área que tinha imaginado para a nossa casa. Realisticamente tive de adaptar o meu conceito de áreas para as nossas necessidades, ainda assim foi necessário, definitivamente, diminuir áreas. Admito que não foi fácil, admito que eu e Ele é que tivemos de apresentar propostas e ceder em algumas situações, mas a verdade é que as áreas foram significativamente reduzidas, o que já começa a ser uma pequena vitória.
Agora? Agora é esperar que o arquitecto adapte o projecto, que termine os seus afazeres e começar a pedir orçamentos a empresas de construção. Em segredo, aqui apenas entre nós, juro que ainda não estou preparada para passar os meus fins-de-semana em lojas de construção a escolher chão e tintas, juro que ainda não estou psicologicamente preparada para começar a construir uma casa. E aqui entre nós, apenas, secretamente continuo a ver casas e apartamentos, não surgir a oportunidade perfeita e eu deixa-la escapar.