A saga da casa... #1
(Imagem retirada daqui)
Em Outubro abrimos oficialmente a saga de construir a nossa própria casa. Em Janeiro, surgem os primeiros esboços do arquitecto que nos está a desenhar a casa. Lá cedi no telhado, lá cedi no formato mais moderno da casa, mas surgiu realmente algo em que não quero nem consigo ceder. Se da última vez que escrevi sobre este assunto o ponto em que estávamos de acordo era: "a única coisa em que ainda conseguimos estar de acordo é realmente a disposição das divisões", neste momento a coisa complicou-se. O nosso terreno tem muitas limitações, mas a verdade é que o arquitecto está a mexer com uma das minhas três condições: 1ª uma casa com persianas, 2ª uma lareira e 3ª uma cozinha aberta para a sala, ou seja, o conceito open-space. É neste último ponto, o mais importante e também o mais sensível, em que a coisa se tem complicado. Segundo o arquitecto, a disposição que ele planeou não dá para uma cozinha open-space e que por isso não há a possibilidade de eu conseguir ter aquilo que quero (isto nas palavras que Ele me transmitiu). Ora pois bem, não sou uma mulher muito exigente, mas se há coisa que não me podem contrariar é na minha cozinha!
Quando olhei pela primeira vez para o planeamento da minha casa percebi duas coisas: a cozinha era gigante (algo que não quero de todo) e que era uma divisão isolada da casa (algo que EU NÃO QUERO!). O sr. Arquitecto veio com todos os argumentos de que uma cozinha open-space não é prática, que os odores são piores quando a divisão é aberta, que uma cozinha assim me obriga a ter o balcão sempre arrumado e até que é complicado quando passamos a ter filhos. Ao que na minha cabeça apenas surgiu "Bullshit!", a minha cozinha neste momento é open-space e é o que mais gosto na minha casa. É verdade que o odores são mais dificilmente eliminados, mas o nosso exaustor funciona minimamente bem e apesar de ter algum cheiro a comida durante a sua confecção, não é nenhum horror! Depois, paranóica como sou com a minha cozinha, ela nunca está verdadeiramente desarrumada e se assim ficar, eu lidarei com as consequências. E não me venham dizer que com filhos é pior, pois não é, e vejo-o pelos meus irmãos, é muito mais fácil deitar um olho às crianças quando não existe uma parece entre a sala e a cozinha e é muito mais prático do que fechar a criança na cozinha enquanto lá estamos. E o maior argumento resume-se numa palavra: convívio. É muito mais fácil ter a minha cozinha open-space e estar a falar com Ele enquanto cozinho, é muito mais fácil estar a ver ou ouvir televisão enquanto faço um bolo ou até quando já estou no sofá e Ele a terminar de arrumar a cozinha e continuamos a conversar. Se a minha cozinha fosse uma divisão isolada não teria estas facilidades, facilidades que quero levar comigo para a minha casa. E levar o arquitecto a compreender isso?
Eu sei que o nosso terreno tem limitações, sei também que a exigência de termos o escritório logo na entrada da casa complica um bocadinho as coisas, mas terá de existir uma solução para a MINHA cozinha. E não, não me conseguem fazer mudar de ideias, aliás, já tentei arranjar duas soluções para alterar a disposição da cozinha, agora é só ver o que o arquitecto diz. Mas digam lá se tenho ou não razão, cozinha open-space ou não?