A Rapariga do Comboio (1/25)
(Imagem retirada da Internet)
Finalmente li o livro de que toda a blogosfera falava, um dos livros mais vendidos em 2015. Finalmente fiquei a saber o que toda a gente falava e finalmente matei a minha curiosidade e até fiquei a compreender o alvoroço em volta de tal livro. Este é um livro viciante, não adorei, não fiquei completamente apaixonada mas admito que fiquei viciada, pois só queria saber quem afinal tinha morto a Megan.
Algo que não gostei: as personagens. Não há neste livro uma única personagem que goste,são todas desequilibradas, egoístas e todas parecem ter um nível qualquer de esquizofrenia. Nenhuma delas ajuda, apenas com a intenção de ajudar, vá talvez a Cathy com quem Rachel partilha a casa. De resto são todas demasiado desequilibradas para a realidade, para um mundo que não é cor-de-rosa e nenhuma delas consegue lidar com isso. Este foi o aspecto que mais me deixou de pé atrás com este livro, pois existiram momentos em que só me apetecia a chocalhar algumas das personagens para ver se lhes incutia algum juízo ou senso comum.
Apesar deste 'se' das personagens, o enredo da história agarra o leitor impedindo-o de largar as suas páginas. É uma história cheia de acção, sem muitos momentos parados e que contada na primeira pessoa transforma a atmosfera de thriller muito mais emocionante. Tem também um final, ligeiramente, surpreendente (isto porque antes do fim do livro já desconfiava quem era o dito assassino), ainda assim de certeza que surpreenderá muita gente.
Eu já li, achei assim-assim, mas compreendi o seu sucesso.
"... os buracos da nossa vida são permanentes. Temos de crescer à volta deles, como as raízes de uma árvore à volta do cimento; moldamo-nos por entre as reentrâncias."