A Feira das Vaidades (1/15)
(Imagem retirada da Internet)
Acabei esta tarde, numa das minhas horas de almoço, este livro. Opinião? Não sei bem defini-la. É um livro de uma época literária que adoro acompanhar, não fosse os livros de Jane Austen do mesmo século, contudo, não consigo definir este livro. Encontrei aspectos positivos como negativos, o que me deixa demasiado imparcial a uma opinião concreta e fidedigna.
Os aspectos negativos deparam-se com demasiada informação desnecessária para o enredo, o que me fez sentir algumas vezes perdida. Tanto o autor falava de X, como de repente o comparava a Y que nunca mais surgia na história. Considero que também foram demasiados os apartes do autor, 'conversando' com o leitor sobre a situação e considerando-se apenas um observador de toda a história, se ao início os considerei criativos, a meio do livro comecei a considerá-los aborrecidos e tinha bastante vontade de lhes saltar o parágrafo. Ainda, a história tem tantas reviravoltas que cheguei ao ponto de ter de ler repetidamente capítulos para conseguir compreender o que se estava a passar.
Apesar dos aspectos negativos, o livro tem o seu lado positivo. A demonstração de uma sociedade de época bastante leal, representando aquilo que realmente existia, todas as suas virtudes e defeitos. Adorei o contraste entre as duas personagens principais, em que Amélia era tudo o que uma maravilhosa mulher deve ser e Rebecca tudo o que uma mulher extremamente gananciosa é. Este contraste, apesar das educações semelhantes e dos genes diferentes, foi o que deu mais encanto a toda a história, acompanhando a vida destas duas mulheres ao longo do tempo e prendendo-me às suas páginas. A história em si, também tem o seu encanto. Apesar das diversas partes aborrecidas e que eram totalmente desnecessárias, o enredo é agradável e são variadas as situações em que o leitor pára para reflectir sobre as mesmas.
No fundo acho que gostei da história e o livro faz justiça ao seu título, 'A Feira das Vaidades', no entanto, entristesse-me ver que o mundo não mudou assim tanto desde do século XIX.
'Venham, crianças, arrumemos o palco e os fantoches, porque a nossa peça já foi representada.' - frase de desfecho da história.