A Biblioterapia existe mesmo
(Imagem retirada daqui)
Sempre vi nos livros a minha terapia, talvez por isso não fossem poucas as vezes que a minha mãe dizia que era preferível eu gastar dinheiro em livros do que na farmácia. Os livros sempre foram o meu escape à realidade, ao stress e aos problemas do dia-a-dia. Com os livros desenvolvi um botão de ‘ligar/desligar’ da realidade e do qual uso e abuso quando necessário. No fundo, os livros eram na verdade o meu psicólogo, o meu escape de férias para uma ilha deserta. Há tempos também reparei que lia livros conforme o meu humor e a minha disposição. Se andava mais cansada escolhia inconscientemente um romance leve, se andava mais relaxada e tranquila escolhia um clássico ou um thriller. E até se andava mais triste ou mais em baixo procurava escolher livros divertidos e sem tragédias. Inconscientemente andava a tentar melhorar a minha disposição com um livro, conforme as minhas necessidades escolhia o livro que mais se lhes adequava. Foi então que compreendi que os livros eram definitivamente a minha terapia, uma terapia que ganhou força no último ano da universidade em que o sono começou a faltar com tanto stress e que descansar e desligar era cada vez mais difícil. Desde então, já lá vão quatro anos, que os livros são assumidamente o melhor tratamento para a minha disposição.
Foi então com surpresa que li na Revista Visão o conceito Biblioterapia, aliás na revista desta semana até vi recomendações para vários casos. Encontrei então um nome para a terapia que me acompanha há anos e que melhor se adequou à minha pessoa. Não sabia que a Biblioterapia era uma coisa séria, uma coisa real e que por esse mundo fora já há biblioterapeutas que têm a simples função de sugerir um livro para cada tipo de problema e patologia. Se anda com pouco tempo leia um livro leve, se está em processo de divórcio leia um livro sobre a vida e a sua filosofia, e por aí adiante. Fiquei surpreendida por alguém ter pegado neste conceito e o ter levado à avante e ter conseguido fazer dele uma terapia real. Fiquei positivamente surpreendida ao ver tal investimento na sociedade e nos dias que correm, uma terapia natural, sem qualquer tipo de mezinhas ou de ervas, em que simplesmente a companhia de um livro pode melhorar a vida de alguém.
É tão bom ver algo que para mim sempre funcionou de forma positiva conseguir entrar no mercado para mudar a vida e a mentalidade das pessoas.
Hoje, a biblioterapia é uma realidade que há muito já conhecia, mas que não passava de uma ideia.