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justsmile

05
Fev16

Quando sabemos que atingimos o limite?

(Imagem retirada da Internet)

 

É fácil de percebermos quando atingimos o limite de algo físico. Sabemos que atingimos o limite do cartão de débito quando este diz que não podemos fazer a compra por falta de saldo. Sabemos que não podemos realizar chamadas porque atingimos o limite de dinheiro no telemóvel. Sabemos até o limite de roupas que cabem no guarda-fatos, ou a quantidade de água numa panela de sopa quando começa a ferver. Mas como sabemos quando nós próprios atingimos o limite das nossas forças? Ao contrário do resto não me parece ser tão linear assim, tão preto no branco, mas mais um cinzento inconstante que nunca me deixa saber quando estarei perto do limite.

Existirão sinais para saber quando estamos a atingir o limite das nossas forças? E se atingirmos? O que acontece? Será possível existir uma equação matemática que nos informe que estamos perto dos nossos limites? Poderia ser X a multiplicar por Y, situações desagradáveis, corresponder a Z que determinaria as horas, dias, semanas que nos levarão a atingir o máximo das nossas capacidades. Já o Johnny Depp dizia que nós não conhecemos a nossa força, até ser forte ser a única opção. Mas então, simplesmente não nos conhecemos num todo.

Durante a minha vida considerei-me uma mulher forte, uma adolescente forte, uma criança forte por tantas adversidades que tive de passar nos últimos 15 anos (mais de metade da minha vida). Fui forte para a minha mãe, fui forte para a minha casa, fui forte para acabar o curso, fui forte para passar o primeiro desemprego, fui forte para ver o meu pai emigrar e fui forte para 'ver' a minha avó falecer. Mas agora? Agora sinto as forças dissiparem-se. Como sei que realmente estou no limite das minhas forças? Será a falta de paciência um sinal? Será o quase não suportar ouvir a avó murmurar as rezas a todo o momento? Será até o barulhinho irritante do funcionamento da televisão que me estão a dar sinal de alerta? Para mim até o maior sinal é quando surge algo, já pensar 'ora, já vem mais uma. tenho costas largas e tenho.', já não há reacção. E onde deveria haver reacção há um vazio por preencher, uma lágrima que já corre sem se notar e um cansaço que me tira o sono. Este sim, é um sinal de alerta. Mas então? Será que existe uma linha invisível entre o limite da sanidade e da loucura? Como sei que já não coloquei um pé no lado de lá. Como terei a certeza de que estou num estado de desequilíbrio tal que me tende para a loucura? E como sei, agora, neste preciso momento, que me mantenho saudável mentalmente? Se há um limite visível para tanta coisa, porque não há para estes estados sentimentais que não têm palavras para a sua definição?

Serei só eu que não consigo compreender as limitações de dois mundos invisíveis e que de momento não sei em qual me encontro? 

 

P.S.: Este era o pensamento da noite passada. Hoje estou no cinzento, mas bem, apenas a desabafar com vocês.

27
Jan16

Ter esperança cansa...

(Imagem retirada da Internet)

 

Há dias em que é difícil manter a esperança e há dias em que simplesmente a precisamos de esquecer, pelo menos durante 24horas. É esgotante estar sempre esperançosa. Utilizam-se as mais ínfimas energias para se conseguir manter esperançosa, manter uma mente positiva em que, sem sinais evidentes, se espera por melhores tempos e melhores oportunidades. É esgotante sorrir todos os dias e dizer a toda a gente 'mas há que manter a esperança', 'tempos melhores virão'. Parece que se a esperança desaparecer por breves momentos as pessoas consideram que estamos a desistir, que nos estamos a atirar ao fundo do poço sem regresso previsto. Mas não é verdade. É tão difícil estar todos os dias a pensar que virá uma resposta, que chegará um sim de qualquer oferta de emprego, que finalmente a nossa vida vai deixar de estar estagnada, principalmente quando não temos o mínimo sinal de tais coisas virem a acontecer. É esgotante, porra!

Ontem Ele, nas melhores das intenções voltou a dizer que é normal nesta altura estar desempregada, 'Sabes que Janeiro é o mês de arranque de muitas empresas.', pois bem, fiz contas e houve uma desculpa para todos os meses em que tive desempregada e cansei de tantas desculpas. Se em Outubro estava desempregada era porque ainda agora tinha começado a procurar. Se em Novembro estava desempregada é porque as empresas se estavam a preparar para o final do ano. Se em Dezembro estava desempregada é porque muitas empresas não contratam nesse mês porque estão a fechar contas. Se em Janeiro estou desempregada é porque as empresas ainda estão a começar o ano. Parei e respondi, um tanto irritada, mesmo sabendo que a culpa não era d'Ele 'E qual vai ser a desculpa para estar desempregada em Fevereiro? É porque há o Carnaval? Chega de desculpas, estou desempregada e ponto. É esta a situação, não é preciso estar sempre a arranjar desculpas! É isto e pronto.'.

Não sei se este meu último pensamento vem de uma necessidade de me responsabilizar por estar desempregada, apesar de saber que faço de tudo para deixar de o ser. Não sei se será de estar cansada de ouvir toda a gente a dizer que não trabalho por causa das condições do país, ou por causa das mudanças de governo, ou por causa disto e daquilo. Não sei se será simplesmente por estar cansada de me dizerem para não perder a esperança, que tanto tem esgotado as minhas energias. Comecei 2016 cheia de energia, cheia de esperança e hoje, ao dia 27 do mês esta tem vindo a desvanecer-se como o frio lá fora. Todas as pequenas oportunidades que me pareceram surgir foram-me arrancadas dos pés pelas condições mais absurdas que possam imaginar, como se pode manter sempre a esperança se estamos sempre a levar 'estaladas' das situações? É tão difícil manter uma esperança quando todos os sinais nos indicam em contrário.

Sei que é preciso ter esperança, mas hoje não, hoje estou cansada. Amanhã. Amanhã voltarei a ter esperança.

14
Dez15

Vida de desempregada 13#

(Imagem retirada da Internet)

 

Tempo de desemprego: 94 dias.

Número de anúncios na área: 11 (talvez menos?).

Número de anúncios respondidos fora da área: 25.

Número de entrevistas: 1 (fora da área).

Número de currículos entregues em mão e via online: depois dos 225, perdi-lhes a conta.

Respostas: 17.

 

No primeiro mês e meio de desempregada dei uma oportunidade à minha área de formação, apenas respondia a anúncios em Terapia da Fala. Após essa data comecei a mandar emails para tudo e mais alguma coisa, com duas excepções: comerciais a comissões (principalmente de porta-a-porta) e call-centers. E quantas respostas recebi desde então? Zero. Quantas entrevistas? Zero. Começo a achar que tenho vários problemas para além da problemática pré-concebida de 'oh, licenciado não quer trabalhar', vejamos então as possibilidades de problemáticas no meu currículo para eu não ser chamada para entrevistas de trabalhos como, caixa de supermercado, secretária, colaboradora em lojas, operador de armazéns e afins:

 

1. A fotografia do currículo é horrível, bem sei que não é a minha melhor fotografia, mas não a acho assim tão feia!

2. Palavreado demasiado profissional, tenho uma escrita concisa sobre as minhas competências e se calhar isso não é bom para candidaturas a secretária.

3. Currículo extenso, é coisa que não tenho, o meu Europasse só tem duas folhas e meia.

4. Não tem momentos de graxa, não, não refiro que o meu sonho é ser secretária ou até dobrar roupa.

5. As motivações, se calhar dizer que estou cansada da insegurança da minha área e que preciso de trabalho também não são motivações suficientes para se ser operadora de armazém.

6. Falta de experiência, pois, esta admito, só trabalhei como terapeuta da fala e numa fábrica de tecelagem, logo a experiência é demasiado limitada para 99% das ofertas.

7. Não ter curso de informática, ou pelo menos de excel e word, apesar de me considerar com boas capacidades.

8. Ter apenas formações em Terapia da Fala, vejam bem amigos, eu realmente só trabalhei como terapeuta.

9. Ter uma licenciatura, acho mesmo que a palavra 'licenciatura' arruma para canto o meu currículo.

10. Não ter factor C, pois, filha de pais pobres e com poucos conhecimentos não me traz factor C.

11. Sou demasiado exigente, será que sou demasiado exigente ao escolher para onde envio?

 

E agora digo, estou mesmo a dar em maluca e se nem fora da minha área me querem para trabalhar, como irei eu arranjar emprego? Isto não está fácil, não não!

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