Os meus pequenos prazeres têm sido de volta das séries. Tenho andado demasiado cansada para ponderar sequer fazer outra coisa qualquer e a melhor forma de desligar o cérebro quando não temos a mínima energia é realmente ver séries. Ao concentrar-me no que está na televisão acabo por esquecer aquilo que me rodeia, facilitando o descanso mental que é absolutamente necessário. Recentemente tive a oportunidade de ter durante 3 meses a HBO gratuita, assim a proveitei para ver aquelas séries que de outra forma não conseguiria ver, no entanto a Netflix contnua a ser o meu streaming de eleição.
Killing Eve foi uma das mais estranhas séries que vi nos últimos tempos, esta é uma série sobre uma assassina profissional que se apaixona pela sua pré-vítima. Estranho, eu sei. É uma série com apenas duas temporadas que termina de forma inesperada, no entanto consegue criar um bichinho dentro de nós que faz desejar por saber o final da série.
Já Big Little Lies foi uma das maiores surpresas dos últimos tempos. Facilmente fiquei presa à vontade de terminar de ver a série e de saber o seu desfecho. O enredo, as personagens e a qualidade da série impressionou-me, vi as duas temporadas seguidinhas e fiquei fascinada. É sobre um mundo completamente à parte, mas que desperta a curiosidade do comum mortal.
Por outro lado, Chernobyl foi das séries mais pesadas que assisti, ao lado de The Act, pela simples razão de sabermos que tais acontecimentos fazem parte da realidade e da história mundial. É impressionante a forma como a Rússia lidou com toda a situação (de um modo bastante negativo). É assustadora a forma como as pessoas foram e ainda são enganadas quanto à radioactividade da explosão e como se tentou descobrir todos os acontecimentos que se lhe seguiram. É uma excelente série, de óptima qualidade, mas admito que é necessário ter algum estômago para a ver até ao fim.
Esta foi uma das séries mais queridas que vi nos últimos tempos, onde a diferença é aceite como igual e onde não existem limites para as pessoas que queremos ser. Vi Tales of the City, também conhecida como Histórias de S. Francisco, nas suas várias edições 1993, 1998, 2001 e 2019. São minisséries que acompanham a evolução desde as primeiras personagens de 1993 até aos dias de hoje e foi essa evolução, essa transformação que mais me atraiu. É uma série que faz bem à alma, que nos abre horizontes e que nos faz aceitar a diferença em cada um de nós.
Esta foi a última série que terminei de ver, simples e linda, tal como o seu nome Coisa mais Linda. É uma série levezinha, daquelas que não exige a utilização de cérebro e que serve perfeitamente para relaxar e apreciar algumas paisagens do Rio de Janeiro. Uma série que luta pela independência feminina e que dá um gostinho a telenovela. Simples, mas linda
E é essencialmente isto que tenho feito nos últimos meses, ler tem sido coisa pouca, sair também até porque o ano de 2019 continua a colocar-nos pedras no caminho, mas a televisão tem sido um bom escape e uma forma de passarmos mais tempo juntos. E agora, que séries aconselham (dispensamos ficção científica!)?