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justsmile

07
Dez15

Querido Pai Natal,

 

Este ano estou um bocadinho desiludida contigo. Os pedidos do ano passado não foram realizados bem como imaginava. Ele só teve o emprego já depois de meio do ano, eu fiquei desempregada e o novo emprego teima em não surgir. Os meus pais não estiveram nada folgados este ano, principalmente com o falecimento dos dois avós paternos. O meu irmão e a minha cunhada continuam a dormir mal, que o sobrinho mais novo teima em não dormir durante a noite (e até durante o dia). A minha irmã, foi a única a quem concretizaste o desejo, o rapaz nasceu em Janeiro e lá nisso foste, minimamente, compreensivo.

Não sei porquê Pai Natal, mas este ano não foste muito meu amigo e eu que até acho que tenho sido uma boa menina e não pedi assim tanta coisa em 2014! Ainda assim, depois deste ano 'pesado' venho-te pedir umas coisinhas para me aliviares as costas. Nada material, apenas emocional e profissional, que isto está escasso para estes lados. A paciência voltou a ficar escassa como em 2012, o cansaço psicológico também, por isso os meus pedidos serão mais nessas áreas.

Para os pais, serenidade, calma e paz no trabalho. Tanto um como o outro estão mesmo a pesar e a idade já se começa a notar. Os cabelos ficaram mais brancos este ano, os dois mais magros e a teimosia para irem aos médicos aumentou consideravelmente. Estão ambos a precisar de tranquilidade e felicidade, sei que os netos lhes trazem isso, mas dá-lhes uma dose extra que estão mesmo a precisar.

Para a irmã e o cunhado, melhores oportunidades. O emprego dela que fique mais amigável e ele que consiga aquela tão desejada oportunidade. Para o sobrinho/afilhado muiiiita saúde, que aqueles pequenos problemas lhe desapareçam e que continue tão fofinho como já é.

Para o irmão, cunhada e sobrinhos, volto a pedir horas de sono. Estão todos a precisar, do mais velho ao mais novo, e já que lhes esqueceste de oferecer isso no ano passado, dá-lhes com juros:

Para Ele, por favor, renova-lhe o contrato no fim deste. O homem já anda a pensar no assunto e ainda estamos só em Dezembro, dá-lhe pelo menos essa felicidade, já que 2014 não foi definitivamente o melhor ano para Ele (também).

Para mim, um EMPREGO. Preciso de paciência, mas prefiro o EMPREGO. Não te peço mais nada e nem exijo que seja na minha área, mas por favor, isto de estar desempregada tem sido terrível e sinto os meus neurónios a queimarem-se por falta de utilização. Por último, peço que me deixes avançar na vida, crescer como tanto desejo pessoal e profissionalmente. E para isso só preciso mesmo de um emprego.

Vê bem Pai Natal que em 2015 nem fui muito pedinchas, apesar de teres sido mauzinho comigo, por isso tenta lá meteres as tuas cunhas para me concretizares estes meus desejos.

Ah e já agora, obrigada pelos pequenos momentos de felicidade que me proporcionaste em 2015. Foram pequenos, mas que me irei agarrar a eles para lembrar mais tarde este ano tão difícil.

Beijinhos, Just Smile

 

P.S.: Vigens e livros vêm sempre também a calhar!

 

25
Abr15

No dia da Liberdade de Portugal

(Imagem retirada da Internet)

 

A liberdade, tema sempre muito falado nesta casa no 25 de Abril, no dia da liberdade de Portugal. Época mais que vivida pelo pai que presenciou o dia da liberdade como militar, época em que as cartas eram trocadas entre o pai e a mãe, um em Coimbra na tropa e o outro em terrinhas pequeninas do norte. Uma vitória, dizem eles, uma diferença enorme, em que a liberdade nos trouxe a vida e melhores condições de trabalho. Ainda hoje é o dia que os dois defendem a liberdade, mas hoje é o dia em que a vêem um bocadinho mais escura, mais condicionada com as limitações que o nosso país nos dá, não de expressão (apesar de haver em outros contextos que não o meu), mas de opções de qualidade de vida. Pertenço a uma casa em que a liberdade é defendida com unhas e dentes, até ao momento em que essa condicione a liberdade de opção de alguém (mas isso já tem a haver com o próprio conceito de liberdade).

Sou uma defensora da liberdade, mas também das oportunidades. Não me imagino a conseguir viver na época de Salazar, não me imagino de todo a tentar manter a minha boca calada quando vejo tanta parvoíce à minha frente e só por isso admiro quem a conquistou. Admiro e felicito quem nos deu esta liberdade de falarmos, de fazer greve, de discordarmos de opiniões e de nos dar a opção de dizer sim ou não, e ainda mais a liberdade de fazermos escolhas.

O que me impressiona? Muitos dos meus doentes terem-me ontem referido que pouco mudou, que nada se transformou e que tudo piorou. Falaram na corrupção, em todas as coisas más que temos no nosso país, mas esqueceram-se das boas. Esqueceram-se das pessoas que não são presas por falarem, que não são repreendidas por pertencerem a outro partido político (apesar das represálias). Esqueceram-se que hoje muitos jovens conseguem estudar, que temos acesso à saúde e que a escravidão obtida pelos patrões está mais que diminuída. Esqueceram-se que há mais televisões e que as opiniões divergentes não implicam a violência.

Hoje no dia da liberdade vamos lembrar aquilo que conquistamos, aquilo que conseguimos de bom e pensar que a mudança é feita por nós como foi em 1974.

E viva a liberdade!

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