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justsmile

04
Mar16

O país de 'chorar o leite derramado'!

Notícias como esta ou esta, em que surgem crianças ou cônjuges mortos são cada vez mais comuns nos dias que correm. Infelizmente não há dia em que não surja uma notícia deste género. Fujo delas como quem foge da crise, evito vê-las e ouvi-las porque me sinto imediatamente num mundo cheio de injustiça e hipocrisia. As pessoas estão cada vez mais doentias, cada vez mais egoístas e custa-me acreditar que este será um futuro cada vez mais presente. Mas para além desta insanidade mental, que parece vírica, o que me deixa realmente preocupada é o funcionamento da justiça do nosso país.

Estas são apenas alguns exemplos de notícias chocantes que têm surgido nos últimos dias e o que têm em comum? A justiça, o governo, a segurança social, fosse quem fosse estavam informadas de que as famílias não eram funcionais. O Rodrigo era uma criança sinalizada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lagoa, de que lhe serviu? Rigorosamente de nada, surgiu na mesma morto no meio do mato, em condições animalescas. A jovem grávida de 24 que matou o marido, do qual já tinha feito duas denúncias na esquadra por violência doméstica, de que lhe serviu? Voltar para casa do agressor e matar para não ser morta, juntamente com a criança que trazia dentro de si. E como estes casos têm surgido tantos outros nos últimos tempos. E de que serviram as denúncias? De que serviu a sinalização da criança? De que serviu a justiça? Talvez para burocracias. Talvez para estatísticas. Mas na prática para nada.

E agora? Agora que os casos tiveram finais dramáticos, sim, falam-se neles. Agora que alguém surge morto diz-se que o caso já tinha sido acompanhado. Agora que 'o leite foi derramado' chora-se sobre o corpo de alguém, chora-se sobre a situação triste que acontece. Mas só agora se procura averiguar seja o que for. Só agora é que se está preocupado em saber se realmente existiam vítimas de violência doméstica, só agora é importante saber se as queixas eram verdade, se a sinalização estava bem ou mal feita. Agora que nada se pode fazer é que se procura uma solução para o problema que já não tem solução.

A pior parte? É que não aprendemos com estes exemplos. Não melhoramos as nossas competências nem o nosso sistema depois de inúmeros casos de morte por violência doméstica. Não nos preocupamos em sequer diminuir tais números, preocupamo-nos sim em esperar pelo corpo e só depois encontrar uma razão e uma solução que teria sido hipotética para a situação.

É triste só nos mexermos quando as coisas acontecem e até lá? Até lá preenchemos papéis e dizemos 'agora vá para casa que vamos dar andamento ao processo'.

Que triste país que temos! Que triste imagem damos aos mais pequenos"

29
Dez15

Finalmente 2015 acaba! Ufa!

Sem Título.png 

Este ano de 2015 foi absolutamente terrível, não houve um único momento de descanso e já há muito que andava ansiosa por ver este ano pelas costas. Se começou mal, não terminou de maneira muito melhor e contam-se pelos dedos de uma mão as coisas boas que aconteceram. Se em Janeiro já rogava pragas a este ano, imaginem como termino agora! Foram cartões de multibanco perdidos, foram as revoltas das malas e dos aparelhos tecnológicos. Foi uma terapeuta da fala ficar sem voz, foram as aventuras do IEFP, gripe em pleno verão (penso que até nos dias mais quentes de um verão chato) e até poupar para voltar a ser desempregada. E... voltar a ser desempregada. Foram as aventuras de entrar duas vezes pela mala do carro, foram até contas surpresas com mais de dois anos de validade que levaram à criação de mini-avc's na Just. Foram os dois lutos dos avós com apenas meio ano de distância, foi o rezar para a avó não falecer 'comigo' e não ver esse desejo cumprido. Como vêm, não foi um ano naaaaada fácil. Com tanto azar e com tanta coisa a acontecer de mau, questionei várias vezes se deveria ir à bruxa ou se poderia processar a astrologia. Acabo o ano cansadíssima de tanta inconstância.

Mas há que procurar o lado bom das coisas, certo? Nasceu o terceiro sobrinho para dar uma alegria extra à família, que se tornou meu afilhado e d'Ele. Finalmente realizei o meu sonho de ir a Paris para o qual poupei um ano inteiro e há anos que o vinha a adiar. Tive muito amor este ano d'Ele, da família e muitos foram os momentos em que fui mimada e acarinhada. Tornei-me ainda mais romântica, mesmo sem saber porquê (e vocês foram testemunhas de tal coisa). Foi o ano em que conheci a Magda e a Maria das Palavras que tornaram este mundo blogosférico ainda mais real para mim. Foi um bom ano para o blog, estive mais presente e mais activa, o que me tem permitido conhecer boas pessoas. Foi um excelente ano para livros, uma leitura variada e cheia de aprendizagens. Os medos das palavras difíceis desapareceram e dediquei-me a grandes clássicos.

Com 2015 aprendi muito, arrependi-me algumas vezes. Fortaleci as amizades que valem realmente a pena, e deixei as outras pelo caminho. Engoli em vez de explodir, mas não me deixei pisar, apesar dos momentos em que senti a paciência esgotada. Cresci com os meus doentes e apaixonei-me novamente pela minha profissão (apesar do terrível desemprego). Não tive muita esperança, é verdade, mas que esta me seja restabelecida em 2016 e que me ajude a ter fé de que as coisas hão de melhorar. 

Foi um ano muito duro, que pouca ou nenhuma saudade me trará, que me lembrou tempos muito difíceis de 2007, mas ao qual sobrevivi (com mais ou menos sanidade mental, sobrevivi). Que em 2016 tenha menos azar e que o emprego me venha finalmente bater à porta!

Bye-bye 2015! Põe-te a andar e que 2016 venha cheio de coisas boas!

E o vosso 2015, como foi?

 

P.S.: 2015 - 12 vs Just - 0

18
Nov15

Preciso de ir à bruxa?

(Imagem retirada do Facebook da Rádio Comercial)

 

Depois de ter visto que hoje era dia do ocultismo e ter visto em primeira página no Lifestyle se era altura de ir à bruxa, com a sorte que ando questiono-me mesmo se deveria ir à bruxa. Não sou crente nessas coisas, mas 2015 deve ter trazido consigo o seu lado pior aqui para a Just. O ano parece não ter fim e se em Janeiro já questionava as suas brincadeiras de mau gosto, imaginem agora em Novembro. Não houve um único mês de descanso, houve sempre problemas e alegrias só encontro realmente duas, o nascimento do terceiro sobrinho e afilhado e Ele ter conseguido arranjar emprego, de resto foi um ano arrasador. Então façamos a lista:

 

- Em meio ano perdi dois familiares próximos e tive de lidar com a situação, como se fosse gente crescida (além de que o falecimento do segundo familiar afectou-me de tal forma que ainda me vêm as lágrimas aos olhos);

- A máquina de lavar louça que morreu, o cartão do banco que perdi, a revolta das carteiras, o carro que não quer sair do sítio, o esquentador que só dá água fria e outras tantas pequenas maravilhas.

- Ter voltado a ficar desempregada, a informar que eu e Ele, desde que estamos juntos, só trabalhamos ao mesmo tempo durante 2 meses (se tanto), quando um arranja emprego o outro fica desempregado.

- A gripe de verão, a terapeuta da fala afónica, a intolerância à lactose e a virose que a gerou.

- Os problemas familiares, a paciência para aturar a avó e o primeiro Natal em casa (este ainda se aproxima).

- Os amigos que se afastaram e me levaram a questionar se sempre o foram assim.

- E agora, um atentado em Paris, que faz com que Ele se questione mais que eu sobre a nossa viagem, a única coisa que me tem mantido entusiasmada nas últimas semanas de desempregada.

 

E agora me pergunto, mesmo eu não acreditando na coisa, não será altura de ir à bruxa? Até vocês em determinado post me aconselharam a ir à bruxa! Sinto-me cansada de 2015, sinto-me cansada de a sorte ter andado sempre a fugir de mim este ano, de não ter havido um único momento de paz. Se não era isto, era aquilo e até as pequenas coisas se decidiram revoltar e atormentar o resto dos meus dias. Sinto-me verdadeiramente cansada, será que a bruxa me resolverá o problema? Cá em casa dizemos muitas vezes 'devias ir à bruxa', mas sabemos que ninguém leva a sério, mas depois de tantos percalços questiono-me senão deveria começar a acreditar.

E vocês? Acreditam nisso?

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