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justsmile

19
Ago20

"Acho que não preciso de nada"

(Imagem retirada daqui)

       Aqui há dias, num daqueles momentos pós-café na hora de almoço, falava-se da necessidade de aproveitar os saldos para isto ou para aquilo. Comentei com as colegas que este ano já tinha comprado um vestido e que um pijama estava para chegar porque o meu se tinha rasgado. "Tirando isso não preciso de mais nada", comentei, ao que uma amiga respondeu que ela adorava conseguir dizer o mesmo que eu "não precisar de nada". Dei conta que para muitas pessoas dizer que preciso de substituir esta ou aquela peça de roupa é estranho, acabo por passar por uma espécie de E.T. quando na verdade para mim esta é a minha normalidade. Habituei-me há anos, acho que até desde sempre, apenas a comprar o necessário e já há uns bons anos que simplesmente realizo a substituição de peças de roupa e calçado. Apenas compro quando preciso de deitar fora alguma, doar ou simplesmente porque a necessidade mudou. Há anos que muito, muito raramente compro algo por instinto ou porque simplesmente achei bonito e está de tal forma incutido na minha mente que nem me apercebo do quão estranho poderá ser para os outros.

       O mesmo acontece com Ele, em algumas saídas para comprar isto ou aquilo, "Olha que giro casaco", "não preciso, já tenho que chegue, agora preciso é de uma camisola", estes são o tipo de comentários que costumo fazer. Acho que isto faz parte da minha mente um tanto ou quanto minimalista, aliás, considero que é o meu lado minimalista a funcionar no seu pleno e adequado momento. Inconscientemente já nego qualquer tipo de coisa que não me seja necessária, acabo por descartar sequer a possibilidade de adquirir coisas extras e sinto-me bem com isso. Não sinto qualquer tipo de arrependimento, constrangimento ou de necessidade ao dizer que não preciso disto ou daquilo. Começo é a aperceber-me de que isso não é assim tão normal numa sociedade que se deixa levar pelo consumismo, quantidade e moda.

        Apercebo-me cada vez mais das vantagens de ter em mim o minimalismo, a poupança, a organização, tempo e até mesmo a diminuição da ansiedade. A poupança poderá ser relativa, pois sei que ao comprar compro com maior qualidade para ter uma maior durabilidade e acaba sempre por ser um pouco mais caro, mas acredito que ainda assim seja feita alguma poupança. A organização é uma questão básica, se apenas temos o que realmente consideramos necessário é mais fácil conseguir ter arrumado e até mais espaço nas zonas de arrumação, caso contrário é porque ainda possuímos demasiadas coisas (e ao nível de material profissional peco nesta área). O tempo nem se fala, porquê? Porque simplesmente só vou às compras quando realmente preciso e quando sei o que quero comprar, não me levando a entrar em inúmeras lojas e a comprar por impulso, se preciso de um vestido vou às lojas que mais gosto e procuro aquilo que se adequa à minha visão. Aqui a internet, compras online a até a pré-visualização do produto ajudam sempre. E a ansiedade diminuiu, pelo menos em mim, por variadíssimas razões, porque sei que não estou a desperdiçar dinheiro, porque não preciso de procurar e procurar até ficar frustrada e até porque sei que irá ser algo utilizado com frequência. Tudo isto faz parte dos conceitos do minimalismo, tudo isto são as bases do minimalismo e estão de tal forma entranhadas em mim que já nem me apercebo disso.

        O minimalismo chegou à minha vida para ficar, há anos que falo nisso e nunca estive tão bem com isso como agora.

21
Ago19

E onde para esse Minimalismo?

(Imagem retirada daqui)

        Por estes lados as coisas parecem um bocadinho estagnadas ou se calhar alcançadas. Neste rodopio que tem sido a vida sinto que alcancei o que desejava, uma casa de fácil manutenção e que facilmente é arrumada. Temos alguma falta de espaço, o que me incomoda em alguns momentos (a casa tem 45m2 por isso é fácil de entender), principalmente no que diz respeito a materiais e arquivos de trabalho, no entanto gosto da disposição das coisas que neste momento tenho em minha casa. Não sinto falta de mais coisas, sinto-me bem com aquilo que tenho e não sinto a necessidade de ser consumista. Continuo com a minha regra de comprar para substituir, armazeno alguns bens na dispensa porque estão em promoção, mas nada em excesso. Continuo a comprar roupa apenas em promoção e quando é realmente necessário. As superfícies dos meus móveis têm alguns apontamentos de decoração, principalmente fotografias, mas são de fácil limpeza e as superfícies mantêm-se maioritariamente livres. Na cozinha alcancei a arrumação desejada, seja na parte da dispensa, como dos armários. As coisas estão de fácil acesso e à vista, no entanto, bem arrumadas e até Ele não parece ter dificuldade em encontrar seja o que for na nossa cozinha. Neste momento sinto que atingi aquilo que há muito desejava, não sinto a necessidade de diminuir ou aumentar seja o que for na minha vida.

      Gosto da minha casa assim pequenina, onde tudo está perto e onde tudo tem o seu lugar. Calçado nas cestas da entrada, dispensa organizada nas prateleiras, todos os produtos de cozinha nos seus frascos e até as fotografias têm lugar cativo nas estantes. Gosto da praticabilidade da coisa e se às vezes nem tempo tenho para a arrumar ou limpar a fundo a casa, mas acaba por não se notar muito. Ele já aderiu às técnicas de arrumação, o que ajuda imenso e pelo menos sabemos sempre onde estão as coisas, neste assunto estou no meu ponto de equilíbrio perfeito. O que me tem atormentado a mente? Mas juro que tenho tentado afastar essa imagem da minha mente. O tamanho da minha futura casa. O projecto tem mais do triplo do tamanho da minha actual casa, o número de divisões quadriplica e isso assusta-me. A funcionalidade, a prática da minha actual casa irá manter-se na próxima, mas com o triplo do tamanho. Toda a gestão me assusta, mas sei que já não a conseguimos diminuir mais, pois quero criar lá a nossa família e ter o meu escritório. Acredito que quando essa mudança acontecer (que ainda me parece bastante longínqua), todo este tema do minimalismo me volte a fazer sentido e que todas as técnicas de arrumação tenham de ser revistas. Até lá? Vou aproveitar este ponto perfeito de harmonia entre mim e a minha casa.

10
Abr19

Três passos para entrar no Minimalismo

(Imagem retirada daqui)

       Lembram-se da minha saga pelo Minimalismo? Sinto-me neste momento no ponto confortável da situação, nem mais nem menos. Não penso adquirir novas coisas, apenas algumas para substituir e sinto que a minha organização chegou a onde pretendia que chegasse. De momento sinto-me bem e tranquila com a forma como consegui organizar a minha vida, preciso apenas de não aumentar a minha carga de trabalho profissional (e se conseguisse diminuir era fantástico). Contudo, sinto que cheguei a onde queria chegar, ao momento em que me sinto bem na minha própria pele, em que não me sinto atolada de coisas (tirando o meu armário das coisas da Terapia, mas para o qual não tenho soluções durante os próximos dois anos) e em que cheguei ao equilíbrio que considero perfeito para mim. E para quem inicia esta saga por onde deve começar?

       Não sou nenhuma expert na matéria, nem nada que se lhe pareça, até porque muitos minimalistas ao verem as minhas posses considerariam que não sou minimalista nenhuma, no entanto considero-me como tal e tenho apenas aquilo que me faz sentir bem. Se algumas das coisas que tenho podem não me dar boas sensações é porque ainda não foram substituídas ou estão em lista de espera para que tal coisa aconteça. De resto, considero que desde que comecei a ler sobre o minimalismo, sinto que tudo o que está na minha casa está perfeitamente adequado às minhas necessidades, à minha história e à pessoa que sou. E qual o primeiro passo?

        1. A vontade de mudar, tudo começa com esse pequeno passo. A vontade de mudar surge e com ela a vontade de saber mais sobre a mudança, sobre o que nos faz bem ou deixa de fazer, traz consigo a reflexão e a introspecção e é a partir desse momento que damos por nós a encontrar algo que pareça adequado para nós. A mim o minimalismo pareceu encaixar-me que nem uma luva e foi com essa vontade de dar uma volta à minha vida e à minha mente que me deparei com o minimalismo.

     2. Inspirar-se nos outros, esta foi uma das maiores motivações para a mudança. Ver que os outros conseguiram mudar drasticamente a sua vida motivou-me a mudar a minha, até porque os resultados pareciam ser tão aliciantes que a vontade de mudar só aumentou dentro de mim. Os testemunhos de outras pessoas não só me motivaram como me deram a força necessária para começar a incutir determinados hábitos e mentalidades dentro de mim.

       3. O destralhar, dar inicio a esta tarefa pode não ser fácil para muita gente, seleccionar o que queremos na nossa vida nem sempre é uma tarefa simples. Para mim não foi nada muito complexo, comecei por partes, primeiro a roupa, depois os meus pertences, mais tarde as minhas memórias e até cheguei ao ponto de destralhar as minhas redes sociais. A cada um destes passinhos a sensação de liberdade foi aumentando e tudo foi ficando mais fácil. O retorno positivo de deixarmos espaços vazios na nossa vida ou completos apenas com as coisas que gostamos fez com que esta fosse uma das melhores sensações sentidas ao longo deste processo do minimalismo.

      O minimalismo é um mundo sem e em que cada pessoa tem a capacidade de criar uma própria definição da palavra. O meu minimalismo não é uma casa despida, nem um armário com três t-shirts, mas sim uma casa que seja de fácil manutenção, cada coisa no seu lugar e que tenha tudo aquilo que me faça sentir bem. Se estás a iniciar esse caminho, acredita, irás ter muitos momentos de recompensação emocional. E a sensação de liberdade? A melhor sensação de todas elas.

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