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justsmile

03
Mai17

Eu e o meu ar de jovem

(Imagem retirada daqui)

 

Apesar dos meus 26 anos, ninguém é capaz de me dar a idade que tenho. Tenho uma pele ainda jovem, sou magrinha e apesar da minha altura toda a gente acha que ainda tenho 18 anos. Quando comecei no mercado do trabalho, muitos eram aqueles que achavam que no máximo eu teria 18 anos. Tenho uma voz aguda e pouco envelhecida, apesar de com o tempo ter um ou outro traço de rouquidão, e este corpo de lingrinhas com poucas curvas, juntamente com as jeans e as sapatilhas, dá-me sempre um ar bastante juvenil. Se tento demonstrar o contrário? Desisti de me dar a esse trabalho, sou o que sou e não preciso de viver com o que os outros acham e esse factor nunca importou na minha procura de trabalho. No entanto, tenho-me apercebido que ao longo do tempo as pessoas interpretam este meu ar simpático, sorridente e jovem como sinal de ingenuidade. O que para estes lados é algo completamente incongruente, se há coisa que não sou é ingénua.

Tenho passado algumas situações um tanto ou quanto caricatas nos últimos tempos em que tenho aprendido que as pessoas assumem em primeiro lugar que sou ingénua. Ou porque acham que não sou capaz de manter uma posição ou porque acham que não sei tomar decisões ou porque acham que tenho poucos conhecimentos legais ou até mesmo que não me apercebo quando me tentam fazer de parva. Se até hoje achei que este meu ar jovem apenas colocaria os meus pacientes em dúvida quanto à minha experiência (dúvidas que sempre foram eliminadas), hoje apercebo-me que o meu sorriso transmite, num primeiro impacto, algo que definitivamente não sou. As pessoas têm-se baseado no meu rosto para acharem que sou de fácil manipulação, que não consigo bater o pé ou que não percebo os passos importantes que estou a dar na minha vida. Simplesmente porque me tento manter simpática, porque tento sempre mostrar um sorriso e porque evito conflitos, mas nenhum dos argumentos anteriores quer dizer que não sei a realidade das coisas. Pensam que como sou jovem não me sei defender (basta pensar no meu rico primeiro patrãozinho ou no segundo) ou porque sou magrinha não tenho força para carregar isto e aquilo ou até porque não tenho uma personalidade forte. Pois bem, se este é o primeiro impacto de dou a verdade é que se têm apercebido aos poucos que não sou bem assim. Chegando já a ter ouvido comentários de 'não sabia que eras assim tão teimosa, ' tens uma tatuagem? Mas como? Tens um ar tão, tão...', tem também chegado ao cúmulo das pessoas alterarem versão e mais versão quando se apercebem que não sou a ingénua que pensavam, quando argumento e demonstro que sei mais do que pensavam. Não sei se é por ser jovem, se é este meu ar de santinha, mas não gosto que me tentem fazer de parva. Não gosto que numa primeira instância me considerem ingénua. Sei que não o sou, sei que já aprendi muito com a vida, mas era bom ter um traço em mim que o pudesse mostrar aos outros para não me tentarem enganar logo no primeiro impacto, pois o segundo impacto torna-se bem menos agradável que o primeiro.

Será que ser-se jovem é uma desvantagem na sociedade de hoje?

 

17
Fev17

E cheguei à casa dos 26

 Quase como o jogo da Glória, que tanto gostava em miúda, cheguei à casa número 26. São 26 anos de Just, 26 anos de sorrisos e lágrimas, são 26 anos a crescer. Não sei como me imaginava aos 26 anos, mas sei que estou feliz com a forma como chegaram. O último ano foi de conquistas, de lutas e do início da realização de muitos sonhos. Aos 26 anos sou dona de um terreno juntamente com Ele. Aos 26 anos consigo já imaginar a minha casa de sonho, no alto daquele terreno e com uma paisagem invejável. Aos 26 anos consegui um trabalho, minimamente, estável, depois de muita luta e turbulência. Aos 26 anos vi-me obrigada a deixar a minha profissão para me auto-sustentar, mas nem por isso desisti. Aos 26 anos descobri que os verdadeiros amigos fazem de tudo para estarem ao nosso lado e que festejam as nossas conquistas. Aos 26 anos (mais cedo até) descobri o verdadeiro significado da palavra 'amor' e apesar de ainda me soar estranho, aos 26 anos estou noiva e preparo o meu casamento. Aos 26 anos vivo apaixonada pelos livros, pelo sol e pelos meus sobrinhos. Aos 26 anos aprendi a viver menos preocupada, aprendi a viver um dia de cada vez e aprendi a utilizar o botão 'descomplica'. Aos 26 anos a minha personalidade está mais vincada, mais dura, mas mais sincera. Aos 26 anos e apesar da constipação, sinto-me extremamente feliz por aquilo que tenho vindo a conquistar. Estou feliz por quem tenho ao meu lado, por quem nunca me deixou, por tudo aquilo que conquistei com o meu trabalho e lágrimas, mas principalmente, por aos 26 anos estar ainda com mais sonhos e ambições.

São 26 anos de Just, são 26 anos de sorrisos e lágrimas, são 26 anos de uma vida!

 

P.S.: E neste momento estou prestes a entrar num avião para ir festejar o meu 26º aniversário ao lado d'Ele. Haverá melhor prenda?

02
Fev17

Nunca fui a típica menina...

(Imagem retirada daqui)

 

Nunca fui a típica menina de sonhar com o casamento. Não sonhava com o noivo, não sonhava com o vestido e muito menos com a festa. Sabia que queria casar, mas nunca sonhei ou idealizei esse dia. Em conversas com amigas e família ia-me apercebendo que apesar de ter uma boa teoria sobre o 'querer casar' não conseguia de forma nenhuma imaginar o casamento tradicional. Imaginar-me num altar, vestida de branco e com uma igreja cheia era (e ainda é) algo que me parecia irreal, simplesmente não me conseguia imaginar nessa posição. Por isso, nunca fui a menina que sempre sonhou em ser a princesa que ruma ao altar para encontrar o seu príncipe encantado. Sempre me imaginei casada, de aliança dourada no dedo, mas tudo o resto me parecia uma fantasia, uma fantasia que não estava comigo desde menina.

Há medida que crescia continuava a dizer que queria casar. Para mim a bênção católica é algo que necessito, o documento civil pouco me importa e à minha vista é um simples contrato, mas as minhas crenças (que em tempo estiveram desaparecidas) na bênção eram necessárias. Há algo que me faz considerar que essa bênção me dará 'sorte', eu sei que pode parecer uma pura fantasia, mas uma católica, no seio de uma família ainda mais católica, sente essa necessidade. No entanto, o casar 'como' era sempre algo demasiado abstracto para se pensar mais tarde. Quando chegasse à altura. Pelo caminho, ainda antes de o conhecer, sabia que queria casar e de uma forma inconsciente comecei a criar na minha mente um casamento que me soava ao casamento perfeito. Surgiu inicialmente como brincadeira, quando me perguntavam como me queria casar, mas há medida que o tempo foi passando fui ganhando cada vez mais vontade em fazer um piquenique ou um churrasco. A ideia parecia ter tudo a haver comigo, aliás, ainda me continua a parecer perfeito! Com famílias enormes, achava que um espaço ao ar livre em que cada um levasse algo (tal como um piquenique normal), de jeans e havaianas seria a melhor forma de festejar o dia do meu casamento. Acessível, super diferente do que estou habituada e super informal. O meu vestido curto com sapatos vermelhos seria a cereja em cima do bolo. Durante anos, esta foi a minha versão do casamento ideal.

Hoje? Ele fez-me voltar a reavaliar o meu conceito de casamento. O termo 'maluca' surgiu frequentemente, quando acompanhado com as palavras 'casamento' e 'piquenique'. Vindo d'Ele, o homem que nunca quis casar, o homem que achava que isso era absolutamente desnecessário e do homem que achava que casar não servia para nada. Sim, isso veio d'Ele, do homem que ao fim de um mês de namoro me pediu em casamento. 'Ao casar, é casar a sério e não com um piquenique!', foi complicado fazer-lhe ver que para mim casamento não é a festa. Aliás, acho que ainda pouca gente me compreende, hoje a palavra casamento está associada à palavra festa, mas para mim, bem cá no meu intimo, casamento é apenas a sensação de bênção, de comunhão comigo, Ele e o universo. Casamento também é festa, mas isso é apenas a parte secundária do resto, casamento para mim é a cerimónia. E acreditem não tem sido fácil fazer isso ver ao mundo. No entanto, temos cedido em algumas coisas. Vamos optar pelo meio tradicional de 'festa', a quinta, o casamento grande com fotógrafo e tudo o resto, mas ainda quero encontrar uma forma de tornar esse dia o meu dia. Sem a pressão, sem a cronometragem de timmings e sem a sensação de 'não posso partir um copo' que normalmente os casamentos me dão. Ok, não será um piquenique (oh que coisa mais apelativa se torna a palavra piquenique!), mas que seja na mesma um dia em família, amigos e muito amor.

Ainda não estou a visualizar nenhum cenário. Continuo sem me imaginar vestida de noiva, continuo sem imaginar caminhar até ao altar e muito menos me consigo imaginar no meio de uma grande festa em que sou uma das personagens principais. Contudo, a cada dia que passa parece estar tudo mais palpável, mais real, apesar de na minha cabeça ainda TUDO me ser abstracto.

 

P.S.: Oh casamento, a quanto obrigas!

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