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(Imagem retirada da Internet)

E continuo a ver filmes nomeados para os Óscares, este foi mais um, 'A Teoria de Tudo'. Tinha um certo receio quanto ao filme, achava que iria conter demasiada informação cientifica e que pouco ou nada ia conseguir perceber, pois enganei-me. O filme retrata unicamente a vida de Stephen Hawking, não só a profissional e cientista, mas a nível pessoal. Nada tenho a acrescentar de negativo sobre o filme, pois considerei-o fantástico. Tudo o que é cientifico passou-me completamente ao lado, porque por muito que tente compreender física e transformar o mundo em números, sou um zero à esquerda, coisas demasiadamente abstractas para a minha mente.

Os actores foram fantásticos e, se já o referi em 'O Jogo da Imitação', agora tendo realmente para o prémio de melhor para o actor Eddie Redmayne. Mas que coragem representar uma doença tão grave, com a qual já me deparei nos meus casos clínicos. Que coragem e que boa representação de uma doença tão devastadora quanto a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Que excelente representação das dificuldades desta doença fatal e da forma gradual como esta começa a impossibilitar a autonomia. Mas que excelente actor! Nem quero imaginar as dificuldades e até dores que deve o actor ter passado para conseguir mostrar, da forma mais fiel possível, a verdadeira luta contra a ELA.

Quanto à história, não sabia absolutamente nada sobre a vida de Stephen Hawking, sabia que tinha ELA (pois em todas as aulas de neurologia o seu caso era apresentado), mas nem sequer fazia a ideia de que alguma vez tinha tido filhos, quanto mais casado. Conhecia vagamente a sua teoria das aulas de Física do secundário e que era mundialmente reconhecido nessa matéria. No entanto, a nível pessoal nada sabia e apenas tenho a dizer: Que grande homem e que grande mulher que ele teve. O filme deixou-me a pensar sobre a coragem perante as doenças, sobre o amor contra todos os infortúnios da vida, sobre a força de vontade em continuar a ser alguém e principalmente, sobre como continuar a vencer com todas as adversidades. É incrível como uma doença com uma pequena probabilidade de sobrevivência deixou este homem viver tantos anos, incrível como o amor fez com que aquela mulher deixasse de olhar para os outros e apenas seguisse os seus sentimentos. É difícil explicar tudo o que este filme me deixou a pensar, mas acho fantástica toda a sua história e toda a sua veracidade.

Um excelente filme em que nada mais do que eu possa acrescentar irá aumentar o seu valor.

(Imagem retirada na Internet)

Há muitos anos que não ia ver um filme na semana de estreia, mas este filme chamou-me de tal forma à atenção que insisti com o namorado para o irmos ver logo no dia a seguir à sua estreia. E tenho a dizer que ainda bem que o fiz e compreendi totalmente as suas quatro nomeações para os Óscares.

'O Jogo da Imitação' é um filme simplesmente fenomenal, que pela sua veracidade torna tudo ainda mais fantástico. Não conhecia a sua história, nunca tinha ouvido falar sequer em Alan Turing, mas penso que este filme fez justiça à sua memória e à importância que ele teve no desenvolvimento da 2ª Guerra Mundial. Para além de conseguir contar um dos momentos mais importantes da história mundial, o filme consegue ainda envolver humor devido aos comportamentos estranhos de Alan Turing (que desconfio tinha algum síndrome do espectro do autismo) e mostrar a irracionalidade existente contra a homossexualidade da época.

Foi um filme que me impressionou dos mais variadíssimos aspectos. Impressiona-me como o Governo Britânico conseguiu durante 50 anos esconder tais factos sobre uma das máquinas que resolveu a história do mundo. Fico abismada em como a homossexualidade era vista de forma ilegal e de como a tentativa do seu tratamento (como se tal coisa existisse) destruiu a vida de um do grandes génios do século passado que abriu caminhos no mundo da computação. E ainda gostei de ver os comportamentos de Alana nível social e de interacção, que nunca devem ter sido estudados (pelo que percebi numa pesquisa pela internet). Um filme que me deixou a pensar nisto tudo e em todas as questões morais da situação e da sociedade em que hoje estamos, o que mudou e o que permaneceu igual.

Este filme permitiu-me ver uma nova perspectiva sobre a Grande Guerra, mas também sobre a sociedade da época, os seus preconceitos e as suas teorias mirabolantes sobre pessoas que fogem à 'normalidade'. Foi um excelente filme que no fim me obrigou a uma pequena reflexão, da qual só consigo tirar uma conclusão: acho que ainda hoje a sociedade tem muito que crescer.

Para além da sua história, os actores interpretaram as suas personagens de uma forma fantástica, claro que Benedict Cumberbatch (representa Alan Turing) se destaca como personagem principal, mas os seus companheiros não ficam atrás e merecem um grande destaque.

'O Jogo da Imitação' é definitivamente um filme que aconselho a ver e aos grandes amantes da 2ª Guerra Mundial (como eu) vale bem a pena ver uma nova perspectiva sobre a história