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justsmile

14
Out20

A rapariga apanhada na teia de aranha (12/12)

(Imagem retirada daqui)

        Comecei a ler a saga Millennium em 2019 e desde aí que tenho vindo a comprar os livros da saga aos bocadinhos, consequentemente, a ler também aos bocadinhos. Tenho achado a saga muito boa, cheia de intriga, mistério e com inúmeras reviravoltas que nos apanham desprevenidos. Tem sido isso que me tem mantido agarrada e motivada ao longo da história de Lisbeth, pois a verdade é que nunca sei o que esperar. No entanto, demorei imenso tempo a ler este quarto livro e não sei bem explicar porquê. A saga continua tão misteriosa como o costume, mesmo com a mudança de autor, mas houve algo que me distanciou deste livro.

          O criador da saga, Stieg Larsson faleceu sem terminar a história de Lisbeth e David Lagercrantz deu continuidade a este mundo negro e obscuro. Se notei diferença na passagem de um autor para o outro? Penso que não, pois como referi, o enredo da história continua bastante activo e as personagens mantêm-se tal como as conhecemos, mas a verdade é que demorei mais de um mês a ler um livro que normalmente leria em menos de três semanas. Não sei se foi pelo facto de Lisbeth estar menos presente neste livro, constante, mas com menos pensamentos e com mais acção em seu redor. Não sei se foi pelo facto de não haver quase desenvolvimento na relação entre Mikael e Lisbeth. Ou até, se por simplesmente a revista Millennium estar novamente em queda e estar desesperadamente à procura de uma nova história. 

          Este quarto livro anda em torno da morte de um famoso informático que trabalhou para uma das maiores empresas do mundo de softwares, acreditando que a Inteligência Artificial viria a ser o futuro. É a partir desse momento que verdades se começam a descobrir e que uma testemunha ocular e sem capacidades sociais se torna num alvo a abater. É então onde entra Lisbeth e Mikael, Mikael por mera coincidência (ou talvez não) e Lisbeth em defesa da verdade e dos menos protegidos.

         A saga é boa, os elos entre os livros vão sendo criados, mas acho que ficou a faltar qualquer coisa neste quarto livro. Fiquei com a sensação que lhe faltava personalidade, conteúdo e não apenas uma descrição de acontecimentos. Lá em casa já pára o quinto livro "O homem que perseguia a sua sombra", mas ainda vou precisar de deixar passar algum tempo para lhe tocar. Preciso de voltar a aganar mais entusiasmo por uma saga tão boa como a Millennium.

P.S.: E com este livro alcancei o meu Reading Challenge de 2020, 12 livros.

01
Set20

Feira do Livro do Porto em tempos de Covid-19

          Admito que este ano, eu que faço a minha ida à Feira do Livro uma tradição, fiquei na dúvida se o deveria fazer. Cá por casa temos sido bastante cautelosos, tentando evitar sítios com muita gente, poucas vezes fomos jantar fora (três desde março, talvez?) e compras não tem sido uma coisa que nos assiste. Acabamos por ir para a praia, caminhadas e espaços com menos gente e ao ar livre. Mas caramba, o Covid-19 já me tinha tirado a viagem de sonho a Itália e agora ia-me tirar a Feira do Livro? No way!

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        Como tenho vindo a comentar ao longo dos anos, opto sempre pelo primeiro fim-de-semana da feira para conseguir apanhar boas promoções e os melhores livros dos alfarrabistas. Fala-me a experiência que é a melhor altura para escolher livros em segunda mão, o que dá uma poupança enorme na carteira e uma felicidade enorme por encontrarmos determinados livros. Então no sábado ao final do dia lá fomos nós para os Jardins do Palácio de Cristal enquanto o sol se começava a pôr.

       Admito que já não estava no meio de tanta gente há imenso tempo, admito até que estava mais gente na Feira do Livro do que aquilo que estava habituada. Pela primeira vez nos últimos anos, para alguém que costuma ir sempre ao final do dia e no primeiro fim-de-semana da feira, fiquei surpreendida com tanta gente. Na entrada apenas nos indicaram para colocar a máscara (o novo adereço obrigatório para tudo que é sítio!) e circular pela direita, no entanto achei que havia pessoas a mais. É verdade que todas as bancas tinham desinfectante, é verdade que era ao ar livre, mas existiram duas coisas que me incomodaram: 1º as pessoas que se puseram em cima das outras para ver as bancas, que irritação! Gente, esperem pela vossa vez! Juro que me senti incomodada e ainda olhava para a pessoa para que se apercebesse do quão exagerava, mas não serviu de muito; 2º o facto de alguns vendedores não terem forma electrónica de pagamento, eu sei que há pessoas que ainda não sabem mexer muito bem com tecnologias, mas gostava de que os alfarrabistas tivessem pensado nessa hipótese, pois nesta altura evito ao máximo mexer em dinheiro. São coisas pequenas e que me incomodaram mais por estarmos em época de pandemia, mas realmente deixaram-me desconfortável.

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          Apesar dos 'ses' desta experiência acabei por me perder e comprar umas quantas pechinchas. Adoro, mas adoro mesmo ir à descoberta de novos autores e comprar verdadeiras pechinchas que depois se comprovam ser verdadeiras relíquias. Cada vez mais gosto de ir para a Feira do Livro sem qualquer tipo de ideia do que quero comprar, apenas ir vendo e adquirir aquilo que me soa mesmo bem. Este ano adquiri um bocadinho de tudo, acho que o romance levezinho ficou perdido algures pela feira (não encontrei nenhum que me chamasse à atenção) mas adquiri livros de autores conhecidos, alguns que já há algum tempo que queria conhecer e outros ainda que gostava de conhecer. Comprei quase todos os livros a 5€, com excepção do infantil e d'Os Médicos da Morte (pelo tamanho é compreensível o preço, mas realmente após verificar online estava realmente a bom preço), mas vim outra vez cheia de livros que são novidade para mim. Adoro esta sensação de descoberta e este ano a Feira permitiu-me isso mais uma vez.

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         Depois de uma caminhada por entre os livros e da sensação de termos estado no meio de demasiada gente, decidimos pedir um take-away na nossa hamburgueria preferida. Chegar a casa com livros novos para a estante e terminar o dia com uma comida deliciosa da Real Hamburgueria fez com que o fim-de-semana tivesse um sabor especial. Se foi um ano em que a Feira do Livro do Porto foi diferente? Foi, não parei tanto, não voltei a dar uma segunda ronda pelos livros, mas saí de lá bastante satisfeita com o que tinha adquirido e não podia ter terminado o meu serão de melhor forma. E vocês já foram espreitar as Feiras do Livro deste ano?

17
Ago20

O Enigma do Quarto 622 (11/12)

(Imagem retirada daqui)

         Quem me lê sabe que sou uma admiradora de Joël Dicker, tendo-me apaixonado um bocadinho por casa um dos seus livros. A verdade sobre o caso Harry Quebert foi para mim o seu melhor livro, também aquele que mais o tornou famoso, mas este livro trouxe algo de novo à escrita do autor. Este livro trouxe um bocadinho do próprio Joël Dicker à narrativa o que nos levou para algo novo do que estávamos habituados com o autor. 

           Após o falecimento do seu Editor e o término de uma curta relação, Joël decidiu isolar-se no Hotel Palace de Verbier (sim, o autor é uma personagem neste enredo, assim como as memórias do seu Editor) onde se cruza com uma hospede bastante curiosa que questiona o porquê dos quartos passarem do 621 para o 623. E assim começa mais um thriller do autor, onde facilmente nos perdemos nas suas páginas e fantasias, onde rapidamente ficamos viciados no enredo e queremos adivinhar a sua conclusão. Admito que ao longo do livro, por variadíssimas vezes, tentei adivinhar o desvendar de tal enigma, mas em momento algum consegui adivinhar o que ali viria. O autor tem uma facilidade enorme em confundir o leitor com novos pormenores, com pequenos aspectos que nos escapam mas que já foram lidos, tentando fazer de nós verdadeiros detectives quando no final nos apercebemos que afinal somos uns falhados nessa área e que a resolução era muito mais complexa do que alguma vez poderíamos adivinhar.

        Este livro tornou-se rapidamente viciante nas minhas mãos, li numa semana as suas 624 páginas, de uma forma fluída e sempre ansiando pelo próximo capítulo. É este desejo que o autor nos deixa nos seus livros que tanto me faz admirar Joël Dicker, a ânsia em saber sempre mais sobrepõe-se à necessidade de dormir ou de querer fazer outra coisa qualquer que não seja ler. Se tiver que apontar uma coisa negativa a este novo livro apenas devo referir que o enredo final do livro foi demasiado "novelo de lã", acho que não havia a necessidade de ter sido tão complexo o que por momentos me fez questionar o que raio andava eu a ler, mas é apenas um pormenor, nada mais que isso.

           Por isso, resumidamente: LEIAM, não se irão arrepender.

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