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justsmile

05
Dez22

Maminat, uma marca natural

         Como sabem, a minha caminhada por uma vida mais saudável e natural já vai longa. Se já encontrei todos os produtos que desejo e que são compatíveis com a minha pele e o meu cabelo? Nem de longe, nem de perto. Quem me segue há alguns anos sabe que desde que descobri o conceito "desperdício zero" que fui aprendendo que o nosso corpo e a nossa pele merecem produtos o mais naturais possíveis. Experimentei champôs sólidos, experimentei desodorizante de bicarbonato de sódio, vinagre no cabelo e outras tantas coisas, mas a verdade é que nem sempre consigo manter esses produtos na minha vida ou porque a minha pele e cabelo não se adaptam ou porque não têm um resultado duradouro. Há algumas semanas a Maminat desafiou-me a escolher três dos seus produtos para experimentar e dar a minha sincera opinião. E que produtos escolhi eu? Aqueles que tenho tentado encontrar com produtos o mais naturais possíveis, mas que ainda não encontrei com os resultados desejados.

         Champô para cabelos oleosos, quem precisa deste tipo de champô sabe o desafio que é, a longo prazo, encontrar um champô que dê resposta às necessidades dos nossos cabelos. A verdade é que nunca encontrei um champô natural que me mostrasse os resultados desejados ou o cabelo ficava na mesma oleoso ou o meu couro cabeludo habituou-se demasiado rápido ao produto e tive de procurar nova solução. Este champô da Maminat surpreendeu-me imenso, é super fresco, o cabelo fica leve e aguento dois dias sem ter de o lavar, o que é uma verdadeira novidade na minha vida! Ao início achei estranho, é muito líquido e acho que até abusei na quantidade que coloquei no cabelo porque não faz muita espuma, mas acabei por me habituar e adoro a leveza que deixa no final. Este é sem dúvida o meu produto preferido da marca!

 

       A idade, e o facto de ser uma recém-mamã, obrigam-me a usar um bom creme de contorno de olhos. Admito que receava experimentar um de produtos naturais, será que iria ter o mesmo resultado que o creme que utilizava anteriormente? Pois, foi uma óptima surpresa! Este creme, além de ir durar uma eternidade (por vir numa embalagem com bastante quantidade, apesar de ser pequena) os resultados são visíveis e até superaram a marca que andava a utilizar. O creme é um bocadinho pastoso e o cheiro não é desagradável, mas também não é o meu preferido, mas são inegáveis os resultados obtidos na pele. Não só as minhas olheiras deixaram de estar tão inchadas, como o negro crónico que tenho nos olhos ficou ligeiramente atenuado. Espero que a longo prazo os resultados se mantenham, até porque me deixaram bastante animada.

        E para terminar, experimentei o creme facial para pele oleosa. Este foi o produto da marca que menos me atraiu, apenas por uma razão, considero-o demasiado pastoso. Como tenho uma pele oleosa, gosto imenso de produtos mais fluidos e mais fáceis de espalhar. Apesar disso, o produto não criou qualquer tipo de reacção na minha pele sensível (que era um dos meus maiores receios), não deixou a pele oleosa e acabou por a deixar bastante suave ao longo do dia.

        Esta marca Valenciana, que desconhecia até ter "tropeçado" nela, foi uma óptima surpresa! Fiquei fã de alguns dos seus produtos e acredito que me tornarei cliente habitual. Para quem procura marcas mais preocupadas com o ambiente, com desperdício zero e para combater o excesso de produtos artificiais no nosso dia-a-dia, esta é, sem dúvida, a marca certa! 

P.S.: Para conhecerem melhor os produtos basta clicarem nas imagens ou aqui https://maminat.pt/

02
Nov22

A (minha) visão da maternidade

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(Imagem de Just Smile)

        Parece que foi há uma eternidade que escrevi pela última vez, mas a vida deu uma volta enorme, a melhor volta da minha vida. No dia 16 de Agosto nasceu o ser que trouxe mais cor à minha vida, o Xavier. É difícil expor em palavras os últimos dois meses, se por um lado foram os meses mais felizes da minha vida, foram também os que mais dúvidas levantaram e que mais lutas interiores tive. Se por um lado sinto que nasci para ser mãe, para amar e cuidar deste ser pequenino, por outro lado não me consigo reconhecer. Se por um lado adoro estar em casa com ele, por outro sinto falta de trabalhar e de ter o meu momento. Se por um lado não o consigo (ainda) deixar com ninguém, por outro lado sinto que precisava de estar um bocadinho sozinha. E a minha visão da maternidade é bastante simples: é cheia de ambiguidades.

        Amo, desde do primeiro segundo que o vi, este ser pequenino. Ainda me sinto na fase de namoro, em que olho para ele e o meu peito se enche de amor. Aqueles olhinhos pequeninos são a coisa mais ternurenta que vi na minha vida e não há realmente forma de explicar os sentimentos que ele me provoca, a palavra amor parece insuficiente. Se por vezes dizia que o que sentia pelo pai dele era mais do que amor, neste momento tenho a certeza que na palavra amor não cabe tudo aquilo que juntos, Ele e ele, me provocam. Não passei a fase do receio, de chegar a casa do hospital e não saber o que fazer, foi tudo mais intuitivo do que imaginava. Apercebi-me, ao longo dos dias e das primeiras semanas que foram mais exigentes, que tenho mais paciência do que pensava ter. E aprendi algo sobre mim, que sinto que nasci para ser mãe, algo que nunca me tinha passado pela cabeça. Senti que as coisas resolviam-se de forma mais intuitiva, que tudo me parecia ser mais fácil do que me tinham dito. Claro que existiram dias terríveis, dias de cólicas intensas, dias de choro em que também eu chorei por não saber amparar-lhe a dor. Existiram dias verdadeiramente exaustivos, até porque pouco gozamos os três em casa, desde o início que fiquei muitas vezes sozinha com ele e quando as hormonas ainda estão desreguladas, nem sempre é fácil. E existem dias que me sinto cansada mentalmente, porque ainda não consegui encaixar na minha cabeça que ter um bebé nos obriga a fazer todas as tarefas em prestações, nem que seja vestir-nos. Mas todas estas coisas negativas acabam por compensar, basta o Xavier dar-me um sorriso que tudo o resto parece insignificante, esqueço a cama por fazer, esqueço a louça e só lá volto quando consigo, nem que as tarefas sejam feitas em dez vezes (ontem consegui limpar parte da casa-de-banho, ficou a faltar o chão e a banheira). E nos dias difíceis lembro-me em modo loop "Ele não te está a dar um dia mau, ele está a ter um dia mau" e as coisas parecem que ficam mais fáceis de levar. São estas ambiguidades que tenho vivido ao longo destes últimos dois meses, ambiguidades que não me tinham passado pela cabeça antes, que (se calhar) ninguém me tinha falado, mas a minha maior dificuldade na maternidade não é essa. A maior dificuldade que tenho é em reconhecer-me.

         Algures, no momento em que o Xavier nasceu, nasceu também uma nova Just e tenho demorado a conhecê-la e isso sim, tem sido uma caminhada difícil. Esta nova Just tem um corpo diferente, tem um ideal de dia perfeito diferente, uns horários completamente diferentes e umas prioridades que estão completamente alteradas ao que eram. Esta nova Just, que agora é mãe, é uma pessoa totalmente diferente daquela que entrou na maternidade (um dia destes conto-vos como correu bem o nascimento do Xavier) e isso é difícil de assimilar na minha mente. A caminhada tem sido lenta, a recuperação física, se de saúde está bem, ainda não é a desejada e não me consigo reconhecer ao espelho. Eu sei, ainda é recente, tive um filho mais de 9 meses dentro de mim, é normal que a minha recuperação também demore, mas a minha mente ainda não encaixou isso. Esta tem sido uma das minhas maiores batalhas, e o facto de ainda não caber nas minhas roupas antigas acaba por me entristecer. Eu sei que tenho de ser paciente, eu sei que tenho tempo, mas acabo por não ter vontade de me olhar ao espelho ou até de me arranjar (até porque arranjar roupa não é fácil e recuso-me a comprar). Ainda tenho alguma barriga e depois de duas vezes terem insinuado que estava grávida, desisti de usar roupa justa, limitando ainda mais o meu guarda-roupa. Se durante toda a gravidez não ganhei estrias, neste momento, por amamentar de forma exclusiva, tenho o peito com estrias. O cabelo está sempre preso e começa a existir alguma queda. É uma transformação tão grande e tão drástica que a minha mente não consegue acompanhar as pequenas conquistas, eu sei que já recuperei muito, eu sei que já perdi muito peso, mas... Mas em mim fica o desconforto de não me reconhecer.

         O tempo, adoro dedicar o meu tempo a ele. Sou mãe de dar colo, de amamentar, de me deitar no chão a brincar com ele, de o fazer sorrir, mas começo a sentir a necessidade de ter o meu momento para fazer exercício, para poder pôr estas costas no sítio. Ou até o tempo para, simplesmente, fazer algumas tarefas domésticas de forma continua. Ele já tem as suas rotinas, os horários de comer e de dormir já começaram a bater certo, e tenho o santo de um bebé que me deixa dormir durante a noite, querendo muita atenção de dia (prefiro que assim continue e não quero que o interpretem como ingratidão). O meu tempo passou a ser o dele, faz-me confusão ter de avisar o marido de que "hoje quero lavar o cabelo", "preciso de ir ao talho", esta dependência de alguém faz-me confusão. E não é a confusão do pequeno ser dependente de mim, é eu estar dependente de alguém para fazer determinadas coisas. Adoro o meu filho e não consigo estar muito tempo longe, ainda só o consigo deixar com o pai e para mim o conceito de mãe é dedicar-me a ele, e tenho adorado isso, mas uma mudança tão drástica nas nossas vidas por vezes obriga-nos a reflectir. E se por um lado me sinto super desenrascada a tratar dele em casa, a verdade é que ainda não tive coragem de sair sozinha com ele, a não serem as nossas caminhadas. Cria-se em mim uma ansiedade que não consigo justificar, não sei se é o receio de ele ter uma crise de cólicas, se é a logística de toda a coisa, mas ainda não tive a coragem certa para sair sozinha com ele e tenho pena. Pena porque não temos muitas oportunidades de sair em família e sei que ele também precisa. Dar tempo, não é?

          A verdade é que apesar destas ambiguidades todas, destas dificuldades que a maternidade traz para uma mãe (porque para um pai é realmente tudo muito diferente) ser mãe tem sido a melhor aventura da minha vida. Quando me diziam que era um sentimento inexplicável e que era a melhor coisa do mundo, achava que exageravam, mas não. Todas as palavras que parecem puros clichés, têm uma razão para o ser, são a mais pura das verdades. Se é cansativo? É. Se requer toda a nossa energia e paciência? Sim. Se toda a nossa vida muda? Não tenho dúvidas. Mas tudo compensa para ver aquele ser pequenino sorrir. De uma forma, talvez estranha, não sinto o peso da responsabilidade, não sinto o desejo de ele ser perfeito, mas apenas tenho o sonho de que seja uma criança feliz e que venha a tornar-se em alguém melhor que eu. E claro, que eu lhe possa sempre dar todo o amor que trago no peito. E agora questiono-me, porque tinha eu tantos receios em ser mãe?

 

27
Jul22

Tudo tem o seu tempo, tudo começa a ter o seu lugar

(Imagem retirada daqui)

       Tenho dado por mim a compreender que só tenho partilhado com vocês coisas da minha gravidez, eu que me tenho queixado que ultimamente esse é o único tema das minhas conversas. Tenho compreendido que me tenho afastado deste cantinho e estado mais nas redes sociais, por ser algo rápido e pouco explorado a nível de escrita. Tenho até compreendido que o mundo da blogosfera também tem andado com muita gente desaparecida, porque apesar de não escrever, este é um lugar onde passo diariamente. Tenho aprendido, a seu tempo, e com algumas dificuldades, que tudo tem o teu tempo e o seu lugar.

       Terminei o primeiro ano de mestrado, com bastante custo, devido a um défice de atenção que surgiu com a gravidez. Tive de reflectir e compreender que não estava ao nível de iniciar a minha tese, senti pela primeira vez na minha vida que desistia de algo. Incongruente, visto não prejudicar em nada o meu ano lectivo e não ter qualquer interferência com a minha passagem para o segundo ano do mestrado, mas ainda assim o meu inconsciente persistiu que era uma espécie de "desistência". Foi então que compreendi que tinha de definir prioridades e, acreditem, mudar as prioridades na nossa cabeça não é tão fácil como verbalizá-la na teoria aos sete ventos (vejo isso numa amiga que está a passar por um processo semelhante ao meu). No entanto, considero que terminei o ano lectivo com sucesso, custou, demorou, inúmeras foram as vezes que pensei "como raio me fui meter nisto", "pobre criança que trago em mim que tem que levar com isto", mas ficou feito. No dia em que recebi a última nota, depois de ter reprovado no teste e de ter ido a exame, senti-me quase invencível. Se consegui fazer o primeiro ano de mestrado, mais de metade dele a trabalhar demasiadas horas por semana, grávida e a construir uma casa, acho que a partir de agora consigo fazer tudo. Se o ideal teria sido fazê-lo noutra altura? Talvez, mas nunca saberei a resposta e a verdade é que agora que o tenho feito, ando a tentar não pensar muito em como se vai proceder o segundo ano. Na minha cabeça só surge a frase "uma coisa de cada vez".

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(Imagem de Just Smile)

        A casa espera agora a sua última especialidade, a carpintaria. O marido continua a ter a casa como a sua prioridade, acabando por nunca estar em casa. Os dias e fins-de-semana são com eles passados entre a obra e outras actividades, o que durante este processo de gravidez, por vezes, me faz sentir um bocadinho ressentida, mas também tenho de compreender a necessidade de nos mudarmos pouco tempo depois da nossa Ervilhinha nascer. Mas quanto à casa, depois de a ver pintada com o primário admito que me senti bastante feliz. Antes de pintar, a casa parecia-me escura, não me parecia acolhedora e agora sinto-a como a minha casa. Começo a ficar ansiosa para que fique terminada, para que as nossas mudanças comecem em poucos meses e que comecemos a viver na nossa "forever home". Estou ansiosa para que as madeiras comecem a entrar para começar a ver o produto final, estou ansiosa por decorar o quarto do nosso filho (que palavra ainda tão estranha na minha cabeça) e para voltar a ter as minhas coisas, visto tantas estarem neste momento encaixotadas. Tem sido um processo demorado, este da construção da casa, mas cada vez mais sinto que no final irá valer a pena.

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(Imagem de Just Smile)

        E depois ainda tenho esta Ervilhinha dentro de mim, que está prestes a chegar. Aliás, agora poderá vir quando quiser e tiver vontade de conhecer a mãe e o pai. Nos últimos tempos tenho dado por mim a pensar na mãe que quero ser. Um dos meus maiores receios, talvez por todos os dias trabalhar com crianças, é ser demasiado rígida, com demasiadas regras, simplesmente porque não quero que o meu filho seja como tantas crianças que conheço. O tipo de mãe que quero ser tem surgido muito na minha cabeça, sei que vou falhar, sei que não vou acertar à primeira, mas também sei que tenho um coração cheio de amor para lhe dar e espero que isso venha a ser suficiente. A ansiedade em o conhecer começa a crescer, não propriamente com o momento do parto, mas com tudo o que implica em ter um filho. Receio o meu pós-parto, não por ele, por mim. Receio as hormonas, receio o lidar com opiniões e situações que não aprovo, receio o cansaço, receio perder-me de mim, receio não conseguir dar conta do recado. Tento manter um espírito descontraído e talvez até me sinta assim a maior parte do tempo, mas depois surgem estes receios. Penso que seja normal (mas digam-me vocês, mães com experiência), que faça parte do caminho e nem por um segundo isso faz com que a vontade em conhecer o meu bebé diminua.

        No final disto tudo, com o tempo que tenho tido para reflectir na minha solidão, apercebo-me que tudo tem o seu tempo e o seu lugar. Poderá não ter sido o que eu planeava, desejava já estar na minha casa e que o mestrado estivesse mais avançado quando engravidasse, mas se calhar tudo aconteceu para compreender que afinal sou capaz. Se calhar tudo aconteceu assim para compreender, mais uma vez, que sou forte, que consigo. Se calhar tudo surgiu desta forma para aprender a redefinir prioridades, para compreender que a vida não é só trabalho e que há algo maior que eu, que o trabalho. Se calhar tudo teve a sua razão de acontecer, poderei saber os seus motivos ou nem tanto, mas garanto uma coisa, termino sempre o dia com uma enorme sensação de gratidão no peito. Uma gratidão enorme por tudo, pelas oportunidades que me vão surgindo, pelas conquistas, mas principalmente por estar a criar esta vida dentro de mim.

 

P.S.: É sensação minha ou este post foi uma salgalhada de coisas?

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