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justsmile

03
Jan24

Vamos lá 2024!

       Um novo ano entra e com ele a vontade de fazer melhor e diferente que o anterior. Nasce com o novo ano o desejo de deixar para trás as coisas que correram menos bem, que poderíamos ter feito melhor ou que simplesmente devem ficar pelo caminho. Queremos renovar as energias com a entrada do novo ano e criar objectivos, há alguns anos que não os crio e por isso acho que este ano deveria voltar a fazê-lo, quero focar-me no essencial e conseguir mudar alguns aspectos do meu dia-a-dia, da minha vida pessoal e profissional e até de mim mesma. Os últimos dois anos foram de demasiadas mudanças e por isso não criei objectivos, apenas desejos, mas este ano vejo as coisas de uma forma um bocadinho diferente, preciso de escrever para me focar no que desejo atingir neste novo ano.

         Como tenho partilhado no Instagram, mundo mais rápido e menos descritivo, 2023 foi um ano difícil com muitas mudanças, muitas alterações, muita dor e muito crescimento. Não houve tempo para focar naquilo que desejava, depois de olhar para o que tinha escrito em Janeiro de 2023 compreendi que não existiu tempo para cuidar de mim, e era o meu maior desejo. Coloquei-me no fim das minhas prioridades e só em Dezembro consegui obrigar o corpo a descansar, mas a yoga ficou pelo caminho, a leitura então nem se fala (li um único livro o ano todo), o cabelo encontra-se no mesmo ponto de partida que em Janeiro de 2023, apenas a rotina de pele foi respeitada (quase sempre). Este ano quero atingir alguns objectivos concretos e concretizar alguns desejos:

Objectivos para 2024:

Profissionais:

- Terminar o mestrado, o que corresponde a entregar a Tese, admito que tem sido difícil gerir isso com o facto de o pequeno andar muitas vezes doente (raios para o "infetário"), mas este é sem dúvida o meu principal objectivo para este ano;

- Reduzir o número de horas que trabalho, estou a voltar a entrar num ritmo absurdo de trabalho e está a ser complicado geri-lo com a vida familiar, sei que para atingir um objectivo secundário neste momento é essencial, mas quero meter na minha cabeça que tenho de reduzir o número de horas que trabalho (sem reduzir significativamente os ganhos);

- Não ficar desempregada, este não está totalmente dependente de mim, tudo depende do nosso querido Governo, mas espero conseguir compreender se irei manter o meu local de trabalho ou se simplesmente tenho de começar a procurar opções rápidas.

Pessoais:

- Dedicar um momento por semana a mim mesma, seja com yoga, livros ou cuidar de mim e da minha pele, pelo menos um momento por semana quero conseguir dedicar a mim mesma para bem da minha saúde e sanidade mental;

- Estar mais com quem me é importante, desleixei-me muito no ano anterior, isolei-me e deixe-me isolar e sinto que quero voltar a restabelecer o contacto com os que são meus.

        Sinto, verdadeiramente, que 2024 será um ano difícil. Acredito que muitos dos problemas que tiveram início em 2023 terão novos capítulos neste novo ano, coisas que dificilmente conseguirei mudar visto não serem directamente meus, mas também sei que (pelo menos o primeiro semestre do ano) será muito exigente a nível profissional, com demasiadas coisas a acontecerem ao mesmo tempo, mas também sei que são essenciais para promoverem o salto que desejo dar. Sinto, genuinamente, que 2024 será um ano decisivo em vários aspectos da minha vida. E os meus desejos? Umas boas férias em família, conseguir liquidar algumas dívidas e conseguir juntar algum dinheiro, criar mais momentos em família. Saúde, muita saúde, que tem andado escassa para estes lados nos últimos meses. Mas acima de tudo, que eu e Ele nos mantenhamos fortes como temos sido, que os três superemos todos os desafios que se avizinham sem nunca deixarmos de ser o porto de abrigo uns dos outros. 

         E vocês que desejos ou objectivos têm para 2024?

25
Out23

Perder-me na rotina do dia-a-dia

(Imagem retirada daqui      

            Os dias são corridos. Dou por mim, vezes a mais, a comentar que o tempo voa. As noites passam demasiado rápido a dias, os dias a semanas e as semanas em meses. Quando dou conta já se passaram anos. E a vida não pára, não só a minha, mas a de todos à minha volta. E por vezes esqueço-me disso, que não é só o tempo que passa demasiado rápido para mim, mas para todos os que fazem parte da minha vida (e até para os que não fazem)

       É fácil perdermo-nos na rotina do dia-a-dia e não darmos pelo tempo passar, os dias são corridos, os fins-de-semana são para relaxar um bocadinho, mas os dias contêm em toda a sua essência uma rotina que parece não ser quebrada. Gosto dessa rotina, gosto de ter as coisas planeadas e organizadas, principalmente depois de ter sido mãe, mas a verdade é que desta forma sinto sempre que o tempo me escapa. Sei o que vem a seguir, o que vem amanhã e depois, e parece que isso leva consigo o tempo e só reparo em pequenos fragmentos do tempo de longe a longe. 

        Numa dessas manhãs rotineiras, enquanto dava o pequeno-almoço ao pequeno, sentada no sofá da sala, com o sol ainda a nascer por entre as montanhas, dei por mim a compreender o quão saborosos são estes momentos. Estas pequenas rotinas. Consegui, seriamente, estar presente naquele momento, sem sentir que os minutos me escapavam das mãos. Ali, na nossa sala, com ele no meu colo, apercebi-me da sorte que tenho, daquilo que conquistei nos últimos anos. Entretanto o feitiço foi quebrado por uma qualquer epifania de que estava na hora de o enviar para a creche, mas aquele momento ficou na minha memória. Ainda ontem tive uma outra sensação gigante de gratidão, de conquista, de sonho realizado. Esperávamos em casa pela chegada do pai, por entre a chuva e o vento que observávamos lá fora, ele brincava com os carrinhos e eu acabava de preparar o jantar, como banda sonora tínhamos o Miguel Araújo a cantar "Dança de um dia normal". Aquele momento, aquela fotografia mental que gravei na minha memória, a letra daquela música fizeram-me todo o sentido. O coração encheu-se de amor e, mais uma vez, compreendi a sorte que tenho, por ter construido a minha casa, a minha família e por todas estas conquistas terem sido alcançadas.

           Por vezes, talvez até demasiadas, tenho a sensação de que não páro para refletir na sorte que tenho, na gratidão que devo trazer sempre no peito. Tenho, demasiadas vezes, a sensação de que vivemos numa espécie de "piloto automático", em que os dias correm e somos levados pela corrente, esquecendo-nos de que a vida não é só feita de rotinas, mas de momentos que podemos saborear e guardar na memória, mesmo que sejam pequenos momentos como estes. A rotina é necessária na minha vida, agradeço-a, mas é também na rotina que me perco facilmente nos dias, por isso é nela que tenho de encontrar a minha "gratidão", os meus momentos de reflexão e de "raios, a sorte que tenho!".

18
Out23

"Estás mais magra!"

 

IMG_20230820_172131.jpg

       É a frase que mais tenho ouvido nos últimos tempos. 

      Sempre tive problemas em ganhar peso, sempre fui magra e não foi propriamente por não comer. No entanto, antes de engravidar tinha encontrado o meu peso ideal, estava na minha melhor forma física. Na altura fazia exercício de forma regular e tinha conseguido ganhar massa muscular e estava a conseguir mantê-la. Com a gravidez as coisas começaram a sair dos eixos, mas apenas o que era esperado, aumento de peso, inchaço generalizado (não tivesse eu apanhado um verão extremamente quente) e exercício apenas composto por alongamentos. A obrigação de diminuir o ritmo aos 6 meses de gravidez também fez com que o exercício se torna-se praticamente nulo. Verdade seja dita, nessa altura este aspeto não me preocupava, até porque o que sempre ouvi dizer é que após se ser mãe o nosso corpo não volta a ser como era e que provavelmente ficaria com uma estrutura mais alargada, o que na minha perspetiva não era mau de todo.

         No entanto, após as mudanças de casa (3 meses depois de ter sido mãe) a barriguinha extra que tinha desapareceu totalmente e desde aí que o meu peso tem vindo a diminuir gradualmente. Olho ao espelho e não gosto do que vejo, estou magra, mais do que gostaria e até já procurei ajuda médica para me certificar que não existiria aqui algum problema de saúde. Não há. Tenho noção que em alturas de maior stress (o que aconteceu de forma regular no último meio ano) acabo por perder o apetite e comer o estritamente necessário, mas a verdade é que mesmo fora dessas alturas o meu peso continua a dissipar-se. Acredito que grande parte do meu peso tenha diminuido devido à diminuição de exercício físico, a minha massa muscular desapareceu e ainda não consegui reestabelecer a prática de exercício na minha vida desde que fui mãe. 

         Começa a ser desconfortável comentarem sempre o facto de estar mais magra, sei que é preocupação e que se querem certificar de que me encontro bem de saúde, mas estou cansada de ouvir algo com o qual não me sinto confortável. Não gosto de ser magra, nunca gostei, mas a verdade é que não tenho conseguido melhorar esta minha tendência. Nem sempre o excesso de gordura ou de peso é um problema após se ser mãe, o meu problema é exatamente o oposto. Existirão conselhos por aí?

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