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justsmile

26
Jan18

Realidade vs Expectativa

(Imagem retirada daqui)

 

       A realidade é por vezes muito mais dolorosa do que as expectativas, nomeadamente, quando as últimas estão muito elevadas. Por exemplo, o meu plano para este fim-de-semana seria descansar. Conseguir arranjar as unhas, deitar-me minimamente cedo e até fazer um docinho. O domingo seria excelente para apanhar os belos de uns raios de sol, caso existam, e não fazer absolutamente nada a não ser dormir a manhã toda. Nos meus sonhos, estes são os meus objectivos para o fim-de-semana. Descansar de mais uma semana com dores de garganta que me impediram de ir à piscina, de mais uma semana de muito trabalho e de muitas decisões a precisarem de serem solucionadas. Este era o plano perfeito para recuperar as energias (ultimamente falo muito em recuperar energias, não é?).

      A realidade? A realidade é que o sábado vai ser a trabalhar até às 16h, que depois temos mesmo de ver electrodomésticos e que há jantar de aniversário. Domingo terá de ser planeado para tirar novamente medidas à futura casa, planear as obras com o encarregado das mesmas e ainda começar a pensar em empacotar umas quantas tralhas. Com jeitinho o fim-de-semana será ainda mais cansativo que o resto da semana e com mais um bocadinho de jeitinho, começo a segunda-feira ainda mais cansada do que estava na sexta-feira.

       Já começo a contar os dias para o casamento (nem é pelo casamento em si) para ver se começo a ter direito aos meus fins-de-semana de descanso... Quem nos mandou meter em tudo ao mesmo tempo?

 

09
Ago17

Sabes que a coisa está má quando...

(Imagem retirada daqui)

 

Quando ouves o primeiro despertador, acordas e pensas 'Oh, hoje não me apetece ir à aula, vou de tarde'. Até aqui nada de especial, o pior é quando toca o segundo despertador e acordas para a realidade 'Espera, eu já não estudo!'. E assim, às 8h da manhã, levas uma chapada da realidade e te apercebes que já és adulta. Que já passaram mais de quatro anos desde que deixaste a universidade e que agora já não podes virar-te para o lado e ficar a dormir, pois corres o risco de seres despedida.

Velhos eram os tempos em que faltava às aulas para dormir, velhos eram os tempos em que ouvia o despertador, desligava e continuava a dormir. E a verdade? Acho que no que diz respeito à universidade é das coisas que tenho mais saudades.

Ai dura realidade!

 

P.S.: Juro que este episódio foi real, acho que ando já tão cansada que o meu cérebro teve um curto-circuito e voltou 4 anos atrás no tempo.

08
Mai17

O sonho e a realidade são diferentes

DSCN2060.JPG

Há, precisamente, quatro anos terminou a minha caminhada no Ensino Superior, não sei se lá voltarei, não sei se esse capítulo da minha vida termina por aqui, mas a verdade é que não há nada que me faça arrepender dos passos que tomei. Quando terminei o curso pouco sabia de como viria a ser o meu futuro profissional. No entanto, inocente e inconscientemente, projectei na minha mente um futuro que se realizou, mas apenas temporariamente. Quando terminei o curso sabia as dificuldades do mercado do trabalho, contudo imaginava-me a trabalhar em vários locais a recibos verdes, sempre com trabalho em mãos e a cidade do Porto sempre no meu cenário. Vila Nova de Gaia ou o Porto, pensei que fossem as cidades que estariam sempre na minha história do passado e do presente. Não sei porquê, mas sempre imaginei que o meu trabalho andaria em volta destas duas cidades, talvez por gostar do Porto, talvez por ter estudado em Vila Nova de Gaia ou simplesmente porque o Porto é a cidade do meu coração e nela esperava crescer profissionalmente. Sabia que não seria fácil, sabia que iria trabalhar em mais que um local, mas que estaria pelo Porto. Quem sabe, nesta altura do campeonato já estivesse a terminar o meu mestrado.

Quatro anos depois de ter terminado o meu curso superior, dou por mim num local que nunca imaginei. Se há quatro anos me tivessem dito que era aqui que viria a estar em 2017, eu diria impossível. A vida deu-me as voltas, deu-me realmente o cheirinho do que era atravessar a ponte todos os dias para trabalhar em Vila Nova de Gaia, pelo menos durante um ano. Durante um ano a ponte da Arrábida voltou à minha vida e todos os dias ia trabalhar na minha área, a recibos verdes, está claro, mas parecia ser a vida que tinha planeado para mim e assim era feliz. A vida deu-me uma amostra daquilo que tinha imaginado para o meu futuro, aquilo que tinha, inconscientemente, idealizado para mim. Mas depois retirou-me esses planos. A vida deixou-me no desespero do desemprego, tirou-me a cidade dos meus olhos do meu campo profissional e ainda me obrigou a mudar de profissão. Depois de sentir o sabor do que sempre tinha imaginado, senti-lo desaparecer doeu mais do que imaginava. 

Hoje, hoje olho para trás e vejo como era ingénua, como apesar de sempre me ter considerado uma racional, estava a deixar envolver-me pelos meus desejos e pelos meus sonhos. A realidade voltou a trazer-me à terra e mostrou-me que nem sempre os sonhos são da maneira como os imaginamos. Não sou infeliz, nem lá perto, sei adaptar-me a novas realidades e ser feliz com isso, mas trago sempre em mim a mágoa de não ter conseguido concretizar uma das coisas que mais gostava. Tenho a pena de não ter conseguido manter aqueles planos que tanto idealizei, que tanto lutei e que a vida não me quis conceder. Sei que ainda não é impossível a concretização de cada um desses sonhos, mas parecem-me cada vez mais distantes e, infelizmente, a esperança de concretização dos mesmos vai morrendo aos bocadinhos.

Os sonhos por vezes não se concretizam como os imaginamos, transformam-se, mas sabemos sempre que um dia estiveram lá e que a realidade apenas nos trouxe novos caminhos. Nunca me arrependerei dos passos que dei.

 

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