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justsmile

08
Mar16

Fangirl (6/25)

(Imagem retirada da Internet)

 

Quando entrei no mundo da blogosfera (já me sinto quase um dinossauro por estes lados, já lá vão 8 anos), existia imensas fanfics de todo o tipo. Bloggers que escreviam histórias com base em cantores (na altura havia o boom dos Tókyo Hotel) ou sobre personagens de filmes. Era bastante comum encontrar esse tipo de leitura por aqui há 8 anos atrás. Apesar de eu na altura ter um blog de histórias que escrevia, em nada se comparavam com as fanfics que por vezes acabava por ler. Agora não sei se existem tantas, pois não me cruzo muito com elas, mas na altura era coisa que não faltava.

'Fangirl' levou-me a essa época, à minha adolescência e por isso é que gosto tanto de Rainbow Rowell, pois novamente me conseguiu transportar para uma época tão boa da minha vida e que tão boas memórias me traz. Cath é uma adolescente que se deixou envolver num mundo de magia (se o meu tinha sido o Harry Potter, o dela era o Simon) e refugiou-se nesse mundo para escrever, para escapar à sua própria vida (olha eu quando tinha o blog de histórias). A sua escrita tornou-se num sucesso mundial e Cath decidiu escolher Escrita Criativa na Universidade por essa razão. O problema começou quando Cath começou a recear viver a sua vida e fechava-se no quarto para poder viajar por terras mágicas. Rapariga insegura, com dificuldades em socializar, completamente o oposto da irmã gémea, que ao entrar na Universidade se tenta encaixar num mundo de oportunismo e que lhe é totalmente desconhecido. O amor é algo que a personagem vê como uma segurança, um porto seguro em que a maré é constante, mas é quando conhece Levi que tudo se começa a modificar. Cath evolui ao longo do livro, pelas situações que a autora nos apresenta, e é tão bom ver essa evolução à frente do nosso nariz.

É muito bom ler as palavras de Rainbow, a leveza como ela nos transporta para os sentimentos da adolescência e nos faz recordar coisas que pensava já não existirem em mim. A fluência da sua escrita é simples e saborosa, dá vontade de devorar o livro para conseguir acompanhar Cath e as suas aventuras numa nova vida, que nem sempre é fácil.

Um livro que veio mesmo a calhar, depois de uma leitura tão pesada como Guerra e Paz. Vale a pena ler Rainbow, vale a pena viajarmos no tempo e lembrarmo-nos da pessoa que éramos na adolescência e aonde chegamos.

 

"- Pois... até tenho vergonha de me ter agarrado assim durante tanto tempo. De ter pensado que realmente podíamos continuar como estávamos. Sinto-me triste, porque é como se o tempo do liceu tivesse finalmente acabado. Como se o Abel fosse um bocado de uma época verdadeiramente feliz que eu pudesse levar comigo."

20
Mar15

Eleanor & Park (4/15)

(Imagem retirada da Internet)

 

Num curto espaço de tempo li este livro absolutamente viciante. De uma leitura levíssima, veio-me tirar de uma leitura mais pesada e complexa, como foi o caso de Anna Karénina. Depois de um livro tão 'pesado' este foi sem dúvida uma espécie de cereja em cima do bolo, para me trazer de volta a leituras mais simples.

Apesar da leitura simplista, adorei o livro e era disto que estava a precisar. Um amor adolescente cheio de novas emoções e das demonstrações dessas mesmas emoções. Um amor do mais puro que há por ser o primeiro. O primeiro amor. O primeiro beijo. O primeiro contacto fisíco. Apesar de todas as variações de humor das personagens, estas foram as que tornaram o livro diferente e conhecer os dois lados de uma mesma história tornou as coisas ainda mais interessantes. Dei por mim muitas vezes a sorrir sozinha no carro enquanto lia descrições de sentimentos de adolescentes. Um livro encantador, não só pelo amor, mas por demonstrar que apesar da adolescência há coisas na vida que nos fazem crescer, divergências que nos fazem desenvolver e mudar enquanto pessoas.

Uma bela história de amor entre Eleanor e Park. Uma história de amor pouco provável de se ver, mas que conseguiu conquistar-me enquanto leitora e que me deixou a ponderar sobre o futuro das personagens no final das suas páginas. E no fim? No fim senti-me uma adolescente ao rever-me em algumas das suas palavras sobre o amor.

 

"- Só queria dizer que... Eu também quero ser a última pessoa a beijar-te... Isto soa mal, tipo ameaça de morte ou sei lá. O que estou a tentar dizer é que tu és a tal. Eu fico-me por aqui."

 

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