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justsmile

20
Jul21

A Cidade de Vapor (1/12)

(Imagem retirada daqui)

       As leituras de 2021 estão a ser uma verdadeira desgraça, não tenho sequer tocado nos livros a não ser para lhes limpar o pó. O tempo tem andado escasso, mas a verdade é que não tenho tido vontade nem paciência para ler. Não sei se isso será positivo ou não, se será algo temporário, mas a verdade é que tenho ainda uns quantos livros na estante, que comprei no ano passado, e que ainda não lhes toquei. Consequências da vida, do tempo ou de outra coisa qualquer, mas a verdade é que estamos em julho de 2021 e apenas li um livro. Um único livro. E qual foi? A Cidade a Vapor de Carlos Ruiz Zafón, um dos meus autores preferidos. "E que achaste do livro, Just?", perguntam vocês.

      Zafón habituou-me a uma leitura cheia de acção, com aquela pontadinha de romance que tanto gosto. De uma linha de escrita que só dá vontade de continuar a ler a cada página que viramos e eu sabendo que este era um livro de contos sabia que isso não poderia acontecer, ainda assim li com as expectativas demasiado elevadas. Este é um livro agradável de se ler, mas só isso, sem aquela ansiedade que tanto gosto, sem aquela vontade de devorar o livro de uma só vez. É um livro levezinho em que se detona a escrita do Zafón, que se nota a sua evolução para o que conhecemos hoje, mas não é uma obra de génio, mas nem era isso que se esperava. 

        Este livro é uma compilação de vários contos escritos de Zafón, alguns bastante pequeninos, outros um tanto ou quanto confusos, mas todos eles com a magia mística que tanto caracterização a escrita deste autor que nos deixou há pouco tempo. É a magia do impossível que tanto nos prende aos livros do autor, é a linha ténue entre a possível realidade e o místico que tanto encanto dão à sua escrita e é com uma facilidade enorme que qualquer pessoa se apaixona pela escrita de Zafón.

         É um livro simples, leve, mas que realmente nos traz um bocadinho de Zafón de volta.

 

22
Mar21

Dar um tempo... a um livro

(Imagem retirada daqui)

      Já alguma vez tiveram de dar um tempo a um livro? Há alguns anos que desejava ler este livro, gosto muito de ler e ver documentários sobre a II Guerra Mundial, faz-me sempre questionar até que ponto poderemos considerar que os Humanos têm Humanidade, faz-me sempre reflectir sobre o homem e a Humanidade, até mesmo sobre a sociedade em que ainda vivemos. Já li imensos livros sobre a temática, alguns do género de documentário, outros romances inspirados em personagens reais e outros até completamente fantasiados, e adorei todos. Não me consigo lembrar de um livro sobre a II Guerra Mundial que me faça dizer que não gostei, porque gostei sempre, mas este livro está a dar-me uma certa luta.

         Quando se fala da II Guerra Mundial, há sempre o nome de um médico famoso que vem à baila, Mengele. Este livro atraiu-me exactamente por isso, pois sei que nos campos de concentração muitas experiências foram feitas e que muitas tentativas para fazer evoluir a Medicina foram realizadas, muitas até com a assinatura deste temível médico. Esperava que o livro fosse sobre isso, que as 800 páginas me mostrassem a ligação da Medicina às atrocidades que foram feitas pelos Alemães, mas a verdade é que o livro não é assim tão fácil de ler. Além de ser uma temática bastante pesada, com a descrição de alguns actos atrozes, a verdade é que fala muito da forma como eram geridos os campos e até o funcionamento político da Medicina na altura. O livro tem partes realmente interessantes, mas estou a meio do mesmo e ainda não consegui terminar, ao fim de três meses. É um livro pesado, em todos os termos da palavra, mas a verdade é que a falta de um fio condutor, temporal ou mesmo de organização, me tem feito avançar de uma forma muito lenta.

         "Os médicos da morte" é um livro sobre a história de alguns dos médicos mais famosos do Terceiro Reich, mas é muito mais político do que propriamente direccionado para a Medicina. O livro vai falando de algumas experiências que foram feitas, como funcionava os centros médicos nos campos de concentração (se lhes podermos chamar assim), mas não existe um fio condutor ao longo de todo o livro o que me faz ficar um bocadinho frustrada por andar sempre para trás e para a frente. Ao fim de três meses tive de fazer o que só me lembrava de ter feito uma vez na vida, dar um tempo ao livro. Este fim-de-semana permiti-me parar a leitura deste livro, colocá-lo de lado e pegar noutro. Quase que o senti como uma espécie de traição, mas teve de ser, foram três meses com este livro a ver se avançava, se o terminava, mas a disposição não está para aí virada. Não é um mau livro, longe disso, aprendi imenso com ele e sobre a verdadeira história da II Guerra Mundial, mas se calhar não é o momento certo para ler um livro destes, se calhar mais tarde irei dar-lhe uma nova oportunidade, mas neste momento preciso de avançar para algo mais leve e mais 'corrido'. Vocês também já tiveram de dar um tempo a algum livro?

 

18
Mar21

5 Bandas sonoras para trabalhar

        Recorro bastante à música para me concentrar no trabalho. Há dias em que necessito de silêncio absoluto, mas a maioria dos dias consigo concentrar-me com mais facilidade se estiver a ouvir música. Coloco os fones, esteja onde estiver, e começo a escrever relatórios, planos de sessões e afins. A música faz-me bem, aliás, desde que começou esta pandemia que tenho recorrido mais à música para escapar ao que se passa na televisão e ao que vemos lá fora, até no banho tenho feito mais sessões de Karaoke ao som de Alicia Keys e de John Legend. Adoro vários artistas, adoro música portuguesa, gosto de um básico pop e aprecio imenso uma boa onda indie, mas a verdade é que para trabalhar acabo sempre por ouvir bandas sonoras, acho-as uma óptima inspiração para trabalhar. E que bandas sonoras mais tenho ouvido nos últimos tempos?

        Bridgerton tem uma banda sonora maravilhosa, é uma espécie de covers de músicas actuais, mas tudo em instrumentos de orquestra. É uma das bandas sonoras mais bonitas que tenho ouvido nos últimos tempo e ajuda imenso a trabalhar porque não há vozes, ou seja, não há a tendência de começarmos a cantar e nos distrairmos do que estamos a fazer. Mesmo que não utilizem a música para trabalhar ouçam esta banda sonora e digam se não é maravilhosa.

         Peaky Blinders é uma banda sonora muito boa para quem gosta das músicas do Nick Cave e PJ Harvey. É um estilo de música mais obscuro, mais pesado, mas que gosto de ouvir (gostos incutidos pelo meu irmão), sou capaz de ouvir esta banda sonora mais que uma vez seguida.

         Meia-noite em Paris, sabem aquela música que vos deixa feliz? É o que esta banda sonora faz comigo. Adoro este filme e a banda sonora é simplesmente mágica, consegue transportar-me para o mundo das viagens, da magia e da imaginação. Esta banda sonora tem uma energia bastante positiva que facilmente me deixa bem disposta, gosto imenso de trabalhar com ela como música de fundo. Aliás, adoro ouvir quase todas as bandas sonoras dos filmes do Woody Allen, mas esta é sem dúvida a minha favorita.

        Call me by your name, acho que só vi este filme no verão passado, mas fiquei imediatamente curiosa com a banda sonora, quando a ouvi achei adequadíssima para trabalhar. Música leve, ligeirinha e que dá uma boa inspiração para trabalhar durante horas seguidas.

        Big Little Lies, uma excelente série com uma excelente banda sonora, o único 'se'? É que com esta banda sonora dá-me mais vezes vontade de cantar. A música é muito boa, alguns clássicos e algumas músicas mais actuais, já para não falar da qualidade da música do genérico.

       O Spotify tem sido o meu melhor amigo para conseguir ouvir estas bandas sonoras e ainda outras, aliás, para ouvir todo o tipo de música e de Podcasts. No fundo, esta pandemia veio novamente trazer o gosto pela música à minha vida. E quem mais ouve bandas sonoras para trabalhar?

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