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justsmile

18
Abr16

Perdida por terras do Alto Douro

 

No meu aniversário Ele perguntou-me o que queria de prenda de anos. A resposta foi simples: passear. Ele sabia que há muito que desejava conhecer melhor o Douro, apesar de em pequena ter feito grandes passeios por essas terras mas das quais não tenho memória, pedi-lhe então para me surpreender. Ao fim de dois meses, precisamente dois meses de 25 anos, fomos usufruir da minha prenda de aniversário.

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 Decidimos sair no sábado após o almoço, assim Ele podia descansar um bocadinho da semana de trabalho e eu no domingo já o podia chatear para ir passear cedo. Começamos por Amarante, que por incrível que pareça, é mais perto da minha terra do que eu julgava. Vimos a igreja de São Gonçalo que acabava de casar mais um casal, com direito a pétalas e arroz nos cabelos, e onde os convidados tremiam do vento frio que vinha do rio. Ainda fomos ao café de São Gonçalo, mesmo ao lado da igreja, onde existe uma estátua do escritor Teixeira de Pascoaes, pessoa esta que dedicou um poema ao próprio café.

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De Amarante partimos para Santa Cruz do Douro, sempre por estradas nacionais de forma a aproveitarmos o mais possível da paisagem fabulosa que envolve o rio. Chegamos ao Douro Palace Hotel Resort & Spa, mais um dos pacotes do Odisseias que ficou tãooo em conta comparado com o preço original e com a paisagem fantástica que um hotel de 4* nos deu. Este era o quarto, com uma fabulosa paisagem para o Douro, que me deixou hipnotizada durante uns bons minutos. Era cedo para jantar, pelo caminho já tínhamos apanhado chuva, raios de sol e até granizo, então decidimos optar por ir experimentar a piscina do Spa e a sauna (não eram permitidas fotografias). A dizer: PERFEITO. Temperatura ambiente perfeita, ambientada por velas, incenso e uma paisagem magnífica. Momentos ideais para relaxar depois da longa condução debaixo de chuva e curvas-contra-curvas. À noite, decidimos ir jantar a Baião a uma residencial que nos serviu uma mistura de carnes macias e muito saborosas, já para não falar da alheira que abriu caminho ao resto da comida.

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No domingo, depois de um pequeno-almoço de luxo no hotel, com direito a tudo e mais alguma coisa, partimos para o Peso da Régua, passando por Mesão Frio, Alijó e outras terras banhadas pelo Rio Douro que não parava de correr. A Régua recebeu-nos com uma miragem do trajado da Sandeman e com as várias vendedoras dos famosos rebuçados da zona. Ao longo do percurso não faltaram quintas com os seus anúncios, os seus vinhos e as suas visitas pelas vinhas.

 

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 Peso da Régua, Pinhão, sempre pela marginal apanhando a bela da chuvinha, mas que não nos impedia de ver as maravilhosas paisagens que o Douro dá. A perfeição dos socalcos com as vinhas e os variados nomes espalhados por todas as terras, com as suas gigantes casas senhoriais, transformam a paisagem do Douro em tempos de D. Ferreirinha. É quase possível imaginá-la vestida de preto por aquelas terras, aquelas linhas dos comboios e a abrir a porta daquelas enormes casas.

Almoçamos pelo Pinhão, um polvo grelhado maravilhoso e a preço bastante económico, que o nosso amigo TripAdvisor aconselhou. Do Pinhão, rumamos caminhos a Vila Real, onde terminaria a nossa viagem por estradas nacionais, já bem mais perto de casa e de algo que nos era conhecido. No entanto, fomos recebidos em Vila Real debaixo de chuva torrencial, impedindo-nos de ver fosse o que fosse. Foi já em terrinhas santas (entenda-se por isso a nossa terrinha) que o sol nos recebeu e nos contemplou no pequenino passeio a pé que nos permitiu esticar as perninhas.

O nosso Portugal é cheio de terras encantadas, qual será a próxima a visitar? Aceitam-se sugestões!

29
Mar15

Perdida por terras de Aldeias de Xisto

Este foi o fim-de-semana perfeito para aproveitar e usufruir da prenda de Natal da mana. Eu e Ele, após longas pesquisas, decidimos ir passar o fim-de-semana a visitar Aldeias de Xisto no interior do país. Não só foi um passeio importantíssimo a nível paisagístico e histórico, mas também a nível gastronómico.

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Ao sairmos do Porto decidimos seguir o conselho do meu tio e da minha prima e lá nos metemos por caminhos estranhos e escondidos de Viseu para descobrirmos o restaurante 'O Martelo'. Tenho a dizer, por muito escondido que seja, por muito complicado que seja lá chegar e pelo preço (que não é bem os 10€ a que estou habituada), valeu muito a pena. Tem como especialidade cabrito grelhado e eu que não gosto de cabrito maravilhei-me. As entradas eram fabulosas, a comida fantástica e o ambiente rústico era mais que adequado.

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Depois de nos empanturrarmos partimos para o Piódão. Nunca lá tinha ido e aquela pequena aldeia, no fundo de vales, cheia de pequenas casinhas transformou os meus olhos. Fiquei completamente encantada enquanto observava tamanha beleza.

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As horas foram passando e dirigimo-nos por meio de montes, de subidas e descidas, por curvas apertadíssimas e estradas bastante estreitas, para Janeiro de Cima. Mais uma Aldeia de Xisto no meio dos montes e vales e pertíssimo do Rio Zêzere que contorna muitos desses montes e que dá magia às paisagens.

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O hotel em que ficamos foi mesmo pertinho da Aldeia, Cova do Barro, e o único restaurante, 'O Fiado', recebeu-nos para o jantar com uma comida maravilhosa, um bacalhau com broa delicioso e migas como acompanhamento. Pena as entradas terem-nos enchido tanto e já não conseguirmos alimentar-nos mais, até porque no fim fomos mesmo dar uma caminhada pela terrinha.

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Um sítio calmíssimo, com pouca gente, pertinho do Rio e tão limpo e cuidado que me fez desejar que a minha cidade fosse assim. De manhã, ao acordar, partimos para Castelo Branco. Um local citadino, mas que nos retirou da calma e tranquilidade das montanhas e das aldeias pequeninas, que apesar de sermos de uma aldeia não estamos mesmo habituados.

A viagem terminou em Aveiro, onde visitamos o afilhado e ainda nos deliciamos com um crepe de chocolate e um chocolate quente reconfortante para o frio que viemos a encontrar mais a norte. A viagem foi óptima, o que soube melhor, para além de observar paisagens de cortar a respiração, foi o facto de não termos horários. Apenas conduzirmos e pararmos quando quisermos. Decidir o rumo e o percurso que queríamos tomar e, principalmente, aproveitarmos das maravilhas que o nosso pequenino Portugal tem para nos dar.

 

E vocês conhecem as Aldeias de Xisto?

 

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