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justsmile

17
Mai18

Dicas Para Quem Vai Deixar o Ninho

 

(Imagem retirada daqui)

 

     Há alguns anos que sonhava com o momento de sair de casa dos meus pais. De três filhos fui a única que nunca saí de casa para estudar, fui a única que sempre permaneci na mesma casa e nem para trabalhar saí da minha zona de conforto. Não por querer, não por ser demasiado agarrada às minhas raízes (se calhar este argumento até teve um bocadinho de peso), mas também porque nunca me surgiu nenhuma oportunidade que me fizesse pegar nas malas e ir. No entanto, pouco tempo depois de começarmos a namorar começamos a pensar no nosso futuro juntos e era algo que falávamos muito. A sorte nunca nos ajudou muito, afinal sair de casa dos pais obriga a ter pelo menos um emprego, coisa que durante os primeiros anos de namoro eu e Ele nunca tivemos ao mesmo tempo. Ora estava eu empregada, ora estava Ele desempregado e vice-versa. Foi apenas há quase dois anos, que pela primeira vez, ficamos empregados ao mesmo tempo e que decidimos começar a planear, de forma objectiva, o nosso futuro juntos. Sem ainda nos termos decidido fosse pelo que fosse, se ficar na terrinha, se alugar casa, se construir, sabíamos pelo menos uma coisa, sair de casa dos pais iria ser um objectivo que envolvia muitas despesas. De forma a conseguirmos juntar coisas aos bocadinhos começamos a comprar coisas para a nossa casa numa altura em que ficamos os dois empregados e que uma certeza tínhamos, num futuro próximo, mas sem saber qual, queríamos viver juntos. Assim começamos por comprar pequenas coisas para o nosso enxoval, pratos, copos, lençóis, coisas que não se estragariam se ficassem bastante tempo guardadas. É verdade que não tínhamos uma data definida, mas pelo sabíamos que o nosso futuro passaria por vivermos juntos e que o ideal era começar a comprar coisas para depois não doer tanto na conta bancária.

       Entretanto começamos a ver casas, apartamentos para alugar e terrenos para comprar. Tínhamos a área definida, mas tudo nos parecia acima dos nossos limites. Quando, quase como por milagre, surgiu-nos um negócio incrível para comprar um terreno na terrinha em que ficávamos perto de tudo e de todos. Eu ainda apaixonada por um apartamento e Ele pelo terreno de sonho, decidimos seguir os nossos instintos e sonhos e lá compramos a selva. Foi a partir daí, com um nadinha de mais estabilidade financeira, que o casamento começou a ficar definido e em que os meus pais nos fizeram a proposta de realizar obras para conseguirmos construir a nossa casa de sonho e conseguirmos poupar, não era a nossa opção de sonho, mas lá cedemos e neste momento temos quase a casa pronta. Quem me segue há algum tempo acompanhou-me nestas aventuras e dilemas, no entanto a quem lê pela primeira vez era necessário esta nota introdutória. Contudo, este post é sobre o que aprendi sobre estas coisas de deixar o ninho dos pais, sei que não são para todos, mas comigo funcionaram, até porque sempre fizemos tudo de forma independente.

 

     1º Fazer contas, muitas contas. Eu e Ele não temos uma rede de apoio financeira que nos pudesse auxiliar se a coisa corresse mal e por isso, antes de darmos este passo necessário, tivemos de fazer milhentas contas. Tivemos de esperar para termos os dois emprego, ter alguma segurança financeira e, principalmente, conseguir juntar algum dinheiro. Sair de casa dos pais é uma despesa enorme cheia de pequenos pormenores e imprevistos e por isso é necessário ter alguma segurança financeira.

 

      2º Planear com antecedência. Nunca tivemos bem uma data definida até encontrarmos a segurança que necessitávamos, no entanto há muito que o planeávamos o que nos permitiu começar a fazer o enxoval e a juntar dinheiro. Esta foi uma das melhores decisões que tomamos, fazer as coisas com calma permitiu-nos poupar imenso dinheiro, tempo e antecipar alguns problemas que poderiam surgir pelo caminho.

 

       3. A antecedência permite apanhar promoções. Nada, repito, nada do que compramos para o nosso enxoval não estava em promoção. Começamos a fazer o enxoval ainda sem data marcada, o que nos permitiu ir comprando aos poucos as coisas que realmente gostávamos em promoção. Não houve a necessidade de comprar nada sobre pressão o que fez com que poupássemos imenso dinheiro, fosse com acessórios de cozinha ou com electrodomésticos. Os pratos tiveram 20% de desconto, as chávenas de café que andei a namorar algum tempo foram compradas com 50% de desconto e até os electrodomésticos foram comprados em Fevereiro e só vão ser montados esta semana e só nisso foi uma poupança de 500€. A vantagem de planear tudo com antecedência fez com que estivéssemos em cima de todas as promoções e mais algumas! No fim das contas poupamos um bom dinheiro!

 

       4º Pedir orçamentos em lojas grandes e pequenas. Rechear uma casa é extremamente caro e estou a falar apenas dos móveis. Inicialmente tínhamos em mente ser tudo Ikea, a cozinha, a sala e o quarto, mas quando começamos a ver os preços assustamo-nos um bocado e começamos a procurar fora das grandes cadeias comerciais. Procuramos em pequenos fabricantes de móveis, alguns até nossos conhecidos, e a verdade é que tudo, ainda com melhor qualidade, ficou bem mais barato do que o Ikea (o colchão e a cozinha então foram para valores absurdamente mais baratos). Vale muito a pena procurar outros comerciais e pedir orçamentos, no final basta apenas fazer a escolha entre o que querem. A vantagem é que normalmente adaptam-se às vossas áreas e os orçamentos são feitos de forma gratuita e a montagem costuma estar incluída.

 

       5º Ponderar entre alugar, comprar, construir. Esta é sem dúvida a decisão mais difícil, a que exige maior ponderação e que depende de mais factores externos. Depende do tipo de emprego, do tipo de profissão que se tenha, do tipo de objectivos pessoais. É uma decisão que tem de ser bem ponderada, bem pensada e que, novamente, exige muitas contas. Nós tomamos a decisão de construirmos porque não podemos sair muito da área que vivemos neste momento e porque comprar casas nesta zona é quase como sair o euromilhões (algo que ainda não nos aconteceu) e como para tal ainda temos de juntar algum dinheiro, acabo por sair do ninho dos pais de uma forma apenas parcial, afinal, apesar de toda a independência continua a ser a casa dos meus pais. No entanto, quando se faz as coisas com tempo existe a oportunidade de escolher aquilo que é melhor para nós.

 

        Sei que nem sempre dá para se fazer as coisas com calma, sei que nem toda a gente teve a oportunidade de juntar dinheiro para comprar um terreno ou que não puderam simplesmente esperar para sair de casa porque o emprego dependia disso, mas esta é a minha experiência e daí partilhá-la com vocês. Foram estes aspectos todos que me ajudaram a avançar e a poupar uma boa quantidade de dinheiro. Agora? Agora é realmente esperar pela cozinha, ter as minhas coisinhas todas na casa nova e começar a vida a dois que tanto ansiamos.

01
Mar18

Março traz-me a Primavera!

(Imagem retirada daqui)

 

       Março chega sob um céu cinzento e com a chuva que tanto precisamos. Não me posso queixar, por muito que me custe, mas a verdade é que preciso de agradecer a água que cai do céu para ver se o Verão corre melhor que o ano anterior. Mas apesar da chuva, do cinzento que está lá fora, trago comigo a vontade de recarregar as minhas energias em Março, o que provavelmente não irá ser tão fácil assim. Março começa com as obras, começa com a minha mudança para um quarto temporário e com a necessidade de comprar os móveis essenciais ao nosso conforto. Março começa com a vontade de voltar a fazer exercício de forma regular, traz consigo a vontade de tratar dos últimos pormenores para o casamento, como também traz a vontade de voltar a reencontrar a leveza que tanto preciso. Março chega com muitas promessas, com algum receio de tanta mudança, mas com a vontade de a fazer cumprir da melhor forma possível. Ainda assim proponho-me a alguns objectivos, não posso apenas viver para esta vida agitada e sinto a necessidade de criar alguns objectivos para mim mesma. Preciso de focar um bocadinho em mim, voltar à rotina de conseguir encontrar dentro de mim a tranquilidade que nos últimos tempos anda meia desaparecida.

 

     1º Dedicar 30 minutos do meu dia a mim mesma, seja a ler um livro, seja a pintar as unhas ou até a ver um daqueles programas que não ensinam nada no TLC. Preciso desse momento comigo própria, ando-me a descuidar e acredito que também seja isso que me tenha deixado um bocadinho desequilibrada durante o mês de Fevereiro. Não é egoísmo, é pura e simplesmente necessidade de ser melhor para mim, para ser melhor para os outros.

 

       2º Dormir mais cedo à sexta-feira. Parece algo tão básico, mas é tão complicado! Dormir mais cedo à sexta-feira obriga-me a desmarcar cafés, a sair cedo de reuniões e a ter de organizar as minhas sessões e tarefas pessoais ao longo do resto da semana. Não é realmente fácil, principalmente, sendo o dia que antecede o fim-de-semana para a maioria das pessoas! No entanto, preciso mesmo de encontrar um bocadinho de descanso, o corpo pede e a mente agradece, até porque aos sábados levanto-me realmente cedo para um dia de trabalho que tem aumentado gradualmente.

 

       3º Fazer uma receita nova. Ando com uma lista interminável de receitas no Pinterest que quero experimentar, principalmente doces (quem diria, não é?) e no outro dia dei por mim a ter pena de não conseguir arranjar tempo para fazer um doce. Eu que normalmente fazia doces todos os fins-de-semana, dou por mim a não conseguir fazer nenhum de tantos compromissos que tenho tido e de tarefas a realizar. Chega! Este será o mês de fazer uma receita nova.

 

      4º Terminar de ler o livro que tenho em mãos e começar outro. Tenho lido apenas um livro por mês, o que me entristece um bocadinho. Eu sei que é ridículo, no entanto, também não me tenho esforçado muito e por isso, sendo o mês de Março um bocadinho maior que o anterior, tenciono ler um livro inteiro e começar outro. Sem pressões, é claro.

 

      Estes são os meus objectivos pessoais, são para mim e para o meu bem estar, assim como dependem única e inteiramente de mim. São objectivos que pretendo cumprir para me trazer a tranquilidade, a leveza e a paz que tanto gosto de ter em mim. No entanto, quanto à casa e ao casamento temos alguns objectivos que queremos ver cumpridos este mês. Desejamos, queremos e sonhamos que as obras iniciem e fiquem concluídas durante o mês de Março, temos a esperança de terminar o mês com limpezas e com a instalação do novo quarto (que ainda precisamos de adquirir e de escolher). Para isto acontecer também precisamos de ir comprar o chão e escolher as cores das paredes, esta parte entusiasma-me imenso! Quanto ao casamento estamos mesmo a precisar de ir experimentar as alianças que já estão prontas há um mês (queria evitar uma chamada a questionarem-nos se ainda estamos interessados nas ditas), escolher as inscrições (que parecem-me estar mais que decididas), assim como encomendar as lembranças das crianças e escolher o fato do noivo. Acho que quanto a este último aspecto nos andamos a descuidar um bocadinho, Ele ainda nem sabe onde quer ir e nem me parece andar muito preocupado, mas a verdade é que o tempo começa a escapar-nos por entre os dedos.

        Março chega agora, com o cheiro e a promessa da Primavera e é apenas isso que deseja. Que a Primavera chegue para me renovar as energias.

26
Fev18

Estou a precisar de leveza

(Imagem retirada daqui)

 

       Este novo ano tem sido um bocadinho estranho para estes lados. Com a preocupação de organizar uma casa e preparar um casamento, associou-se uma crise profissional que só eu a sinto e este tem sido o aspecto que me tem deixado mais inquieta. Toda a leveza e tranquilidade que sentia nos últimos tempos (aqui) parece ter desaparecido e não tenho tido a capacidade de a trazer de volta, pelo menos neste aspecto da minha vida. A isto tudo aliou-se a saúde que tem andado um bocadinho em baixo e que para tentar resolver o assunto sem mais idas ao médico tenho tentado dormir mais um bocadinho, ter uma alimentação extremamente saudável (apesar de já considerar que tinha uma dieta saudável) e assim que tenha energias quero mesmo voltar ao desporto, que tem andado descurado devido a estas questões de saúde. No entanto, tenho andado tão abatida, mesmo apesar de todas as conquistas que temos conseguido juntos, que perdi a sensação de leveza e de tranquilidade. E foi ao ler a Edição Limitada que me apercebi de tal coisa, perdi (espero), temporariamente, o foco na leveza e na tranquilidade que tanto me tranquilizaram nos últimos tempos.

         Quando me envolvi e comecei a estudar mais sobre o minimalismo, a temática trouxe-me uma leveza não só física como psicológica. O minimalismo não só mudou a forma como via os bens materiais, como me deu um novo olhar sobre a vida e da real importâncias que as coisas têm para mim. Esse aspecto não desapareceu, muito pelo contrário, sou uma pessoa muito mais consciente quando compro, tenho tido muita atenção a não atribuir tantas emoções e sensações a objectos físicos e tenho tido a capacidade de comprar menos, mas melhor. São aprendizagens que têm permanecido em mim, como ainda me despertaram a curiosidade para o zero desperdício que aos pouquinhos quero implementar na minha vida. Aliás, a minha organização tem melhorado significativamente, seja a nível pessoal como de arrumação. Sem saber bem como ou porquê a sensação de leveza que sentia anteriormente é que desapareceu, deixando-me meia desamparada e cansada.

        Nesta última semana, de forma a lidar com esta falta de leveza, de tranquilidade, tenho tentado deitar-me mais cedo. Culpo principalmente o cansaço por esta sensação, no entanto será apenas o cansaço? Tenho também tentado obrigar-me a ler, mesmo com pouca vontade, pois sei que depois consigo envolver-me numa espécie de bolha e sair do meu próprio mundo. Culpo também a saúde que tem andado em baixo, mas não será isso consequência do cansaço? No dia de Carnaval obriguei-nos a ficarmos no sofá sem fazermos nada, rigorosamente nada, contudo na minha cabeça criava uma lista de coisas minimamente urgentes que temos realmente de fazer. Será a culpa de tudo o que estou metida neste momento, o casamento, as obras, as 50h de trabalho, a Inominável e ainda uma associação voluntária em que me meti? Já para não falar das formações que ando a pensar fazer. Ou até da frustração profissional que tenho sentido nos últimos tempos?

       A verdade é que pode ser um bocadinho de cada uma das coisas anteriores, e apesar de tentar aplicar as dicas do minimalismo em todas elas, admito que tenho tido dificuldades. Eu sei o que quero em quase tudo, eu sei o que realmente é importante na minha vida e tenho as minhas prioridades bem definidas. Contudo, acredito que estou a falhar no dizer 'não' a alguns projectos, pressionando-me desnecessariamente e fazendo tudo isso de modo voluntário (mas que não deixa de exigir tempo, dedicação e atenção). Admito que tenho falhado ao pensar em acrescentar tarefas, em vez de procurar realizar as que já tenho em lista de espera há algum tempo. E, principalmente, tenho falhado em parar, respirar e dedicar um bocadinho do tempo a mim mesma, principalmente ao fim-de-semana. Nestes horários de loucos não tenho conseguido enquadrar o me time, mas estou mesmo a necessitar e estou ansiosa por ficar boa, para me dedicar a mim, para voltar a reorganizar-me, pois a verdade é que apesar de saber todos os passos que o minimalismo sugere os tenho deixado um bocadinho para trás. A verdade é que me tenho descuidado de mim mesma e preciso de voltar a encontrar a minha leveza. A partir de hoje, estou determinada a esquecer um bocadinho o mundo, apenas por uns minutos por dia, e a dedicar-me a mim mesma para reencontrar a leveza que tanto preciso para continuar.

       Sinto que tive uma recaída, mas prometo voltar a levantar-me.

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