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justsmile

26
Set17

"Somos os próximos"

(Imagem retirada daqui)

 

      No sábado passado eu e Ele fomos a um casamento. Um casamento em que eu pessoalmente não conhecia ninguém, mas em que Ele conhecia os colegas de trabalho. Durante a cerimónia na igreja, Ele sussurrou-me ao ouvido:

      - Acho que só agora me estou a aperceber que este é o último casamento que temos antes do nosso.

     De repente, ali na igreja senti a realidade cair-me, se calhar mais do que quando fui experimentar vestidos de noiva. Há dois anos que não íamos a um casamento e estar ali, quase a nove meses do nosso casamento deu-me uma certa sensação de realidade. Sorri-lhe e nada lhe disse, estando sempre atenta aos pormenores do casamento para compreender o que queria ou não no nosso próprio casamento, mas dentro de mim começaram a percorrer pensamentos. Ainda hoje, não me consigo imaginar como noiva. É estranho como me vou apercebendo que o que mais me assusta no casamento não é a cerimónia, não é o facto de me ligar para sempre a Ele, nem mesmo o dinheiro gasto (que no fundo é bastante assustador), a coisa que mais me assusta é ser o centro de todas as atenções. Eu brinco, rio-me, faço palestras, levanto a minha opinião, fiz teatro e até apresentações em frente a centenas de pessoas, mas não me imagino propriamente confortável em ser o centro das atenções. Isso é realmente o que mais confusão faz aos meus neurónios quando penso no meu próprio casamento (em que ainda falta fazer taaaaanta coisa!). Imagino a cerimónia na igreja, mas assusta-me o facto de quando lá entrar todos os olhos estarem em mim. Imagino as danças e a boa disposição na quinta, mas aterroriza-me pensar que toda a gente vai estar atenta ao meu pé de chumbo (que é muito desagradável!). Não interpretem estes receios como um "mas porque te vais casar então?", vou fazê-lo porque quero, porque quero a bênção e unir-me a Ele, mas cada vez mais penso que o piquenique tinha sido a situação ideal para esta festa.

      Apesar do único receio que tenho relativamente ao meu casamento, este foi um casamento giro, até porque me fez compreender que estou mais perto do meu do que imaginava. O sonho começa a tornar-se real a cada dia que passa e no sábado a realidade caiu-me nos ombros de uma forma relativamente agradável. Olhei para os noivos no altar e comecei a imaginar o nosso grande dia. Atenta a cada pormenor, a cada palavra, a cada flor. Como se estivesse a absorver aquele momento tão especial, mas dentro de mim apenas pensava, como uma espécie de mantra "somos os próximos, somos os próximos". Será que sou a única noiva a passar por isto? 

      Ao final da noite, já depois de um pé de dança, do corte do bolo e de inúmeras surpresas para os noivos, já a caminho de casa, comentei com Ele:

      - Somos os próximos e realmente hoje apercebi-me disso, mas sabes? Às vezes ainda me parece surreal ter encontrado alguém como tu, quanto mais ter plena consciência de que nos vamos casar dentro de quase nove meses. - Ele sorriu, colocou a mão sobre a minha perna e apenas respondeu:

        - É tudo real e o próximo casamento será o nosso.

        E são estes pequenos momentos que me fazem sentir a felicidade na sua plenitude e são as suas palavras que me fazem ter a certeza de que este é o passo certo a dar.

 

P.S.: E agora partilho orgulhosamente o momento alto do casamento, aqui a Just aguentou os saltos altos a festa TODA! A mulher que não usou sapatos de salto alto mais de sete vezes aguentou um casamento inteiro em saltos de cinco centímetros e (quase) agulha!

 

17
Out16

Há sonhos tão grandes

(Imagem retirada daqui)

 

Os sonhos por vezes podem ser assustadores. Não são pesadelos. São sonhos tão grandes, que ocupam tanto espaço no nosso coração que acabam por se tornarem um bocadinho assustadores. Baseamos todos os nossos objectivos de vida na concretização desse sonho. Desde pequenos que o ansiamos, que o desejamos e que lutamos por ele. É um sonho tão grande e tão complexo que nos preenche a mente, o coração, toda a nossa força para o ver concretizado. Há sonhos assim, que nos prendem, e que são tão bons que quanto mais se aproximam parecem criar-nos receios. Devia ser excitação, entusiasmo e felicidade, mas no fundo são todos esses sentimentos juntos envolvidos numa nuvem de receio que parece não se ver, mas que se sente. Quase invisível, mas palpável. Há sonhos assim. Sonhos que ansiamos uma vida toda e que continuamos a ansiar por eles e depois? Depois vem aquele receio de o vermos estragado, de o ver danificado por tanto termos ansiado por ele, por tanto o termos desejado e por tanto o termos planeado. Não sei o que me assusta mais, se ver um sonho tão grande a ser concretizado, se o medo de que seja o fim do sonho.

22
Ago16

Desafio 52 semanas: 33/52

Semana 33: Tenho medo de…

 

 

Perder a memória ou esquecer-me de algo muito importante.

 

Cobras, aqueles seres rastejantes com muco.

 

De me sentir conformada com a vida e deixar de ter novos objectivos.

 

De passar novamente tantas dificuldades financeiras como já passei.

 

Alturas, não é bem medo, porque faço as coisas na mesma, é mais influência das vertigens.

 

E vocês de que têm medo?

 

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