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justsmile

07
Mai20

A História de uma Serva (7/12)

(Imagem retirada daqui)

       Já devem ter reparado por aqui e pelo instagram que as leituras têm sido um dos meus melhores passatempos nos últimos meses. A leitura tem-me feito viajar, já que não posso sair de casa, pelo menos levo a minha mente para outro sítio. A verdade é que tem sido um bom escape e tenho aproveitado para adquirir novos livros e ler os poucos que restavam na estante.

       Já há algum tempo que desejava ler "A história de uma serva", admito que só soube da existência do livro depois dos prémios que a série conseguiu arrecadar. Mas como sou uma pessoa mais de livros, do que de séries (apesar de as adorar), decidi que não a iria ver sem primeiro ler o livro. O meu maior erro? Encomendar o primeiro livro, sem o segundo, porque agora estou ansiosa que a Wook faça mais uma promoção para conseguir adquirir o livro.

      Nos últimos anos tenho lido alguns livros sobre utopias, não um lugar perfeito em que o mundo se viria a tornar, mas até assustador. Em todos esses livros, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451, fiquei surpreendida com a proximidade que a sociedade está dessas utopias, imagens de um futuro brilhante (visto dos olhos de alguém), mas que da minha perspectiva é simplesmente aterrador. É-me impossível conseguir imaginar tal mundo, mas ao mesmo tempo vejo cada vez mais pessoas a acreditarem em valores totalmente dispares dos meus e aproximarem-se de realidades que parecem apenas ficção. "A história de uma serva" é mais um desses livros em que a realidade parece não existir no livro, mas que ao mesmo tempo me faz questionar se um dia não existirá a possibilidade de tal acontecer.

        Este é um livro em que o mundo ideal nos leva para o século passado, mas num formato ligeiramente mais assustador, em que as mulheres voltam a não ter opinião, e a serem empregadas, criadoras e barrigas de aluguer. Onde liberdade não é uma palavra permitida, onde os livros voltaram a desaparecer e a ser inacessíveis e onde a infertilidade é um problema para os altos estatutos. Este é um livro assustador, como todos os outros que nos fazem abrir os olhos para continuar a lutar pela nossa liberdade, mas que nos faz questionar o quão real é esta mentalidade na cabeça de algumas pessoas. Pois garanto-vos, existem pessoas por aí em que o descrito neste livro seria a idealização de um novo mundo e basta olharmos para os meios políticos para nos apercebermos disso.

         "A história de uma serva" foi sem dúvida um óptimo livro e estou desejosa de ter o segundo nas minhas mãos.

 

22
Abr20

Para onde vão os guarda-chuvas (5/12)

(Imagem retirada daqui)

         Não é fácil falar de um livro que nos chegou tão facilmente ao coração. Nem sempre é fácil explicarmos como gostamos tanto de viajar nas palavras de um livro. Consigo admitir, até com alguma facilidade, que quanto mais gosto de um livro, mais difícil se torna falar sobre ele, porque falar do coração nem sempre é fácil. Este foi um desses livros, em que devorei as suas quinhentas e poucas páginas em poucos dias.

      Já há alguns anos que tinha vindo a ouvir falar do autor Afonso Cruz, mas nunca tinha lido. Os livros conseguem ser um bocadinho caros e difíceis de comprar em segunda mão, o que fez com que fosse ficando para o final da minha lista de desejos. Nesta quarentena, numa das promoções da Wook (que aproveito para dizer que amanhã estará com 20% de desconto em todos os livros, basta entrarem pelo link lateral que tenho ali) decidi mandar vir porque estava a um preço minimamente aceitável. Quando a encomenda chegou optei por guardar o livro que tinha em cima da mesa à espera de ser lido e comecei logo a ler este. Que boa decisão! Há muito, mas muito tempo mesmo que não me envolvia tanto num livro!

       Para onde vão os guardas-chuvas é mais do que um simples livro, é mais do que uma lição de vida é uma viagem por sentimentos, pensamentos e questões existenciais. É uma viagem por uma cultura tão diferente da nossa, por pensamentos tão estranhamente diferentes e ao mesmo tempo tão aceitáveis como os nossos. Esta é a história de vida de um produtos de tapetes, aqueles tapetes mágicos que o fazem ligar a Alá, mas que conta a sua história de uma forma ainda mais mágica. É a história de vida Fazal, mas é muito mais que isso, é sobre perda, sobre um amor maior que a perda, sobre a sua superação e sobre o reencontro. É um livro demasiado mágico para conseguir falar muito sobre ele, fiquei demasiado absorvida no seu sabor para o conseguir partilhar tão facilmente. O fim? A lição? Pela primeira vez posso dizer que é agridoce, as palavras finais do livro deixaram em mim uma sensação de perda e tristeza enorme e ao mesmo tempo um conforto no coração que é inexplicável.

          Nunca tanto recomendei um livro como este, leiam. 

12
Ago19

O Monge que Vendeu o seu Ferrari (6/12)

(Imagem retirada daqui)

         Quem me conhece ou tem passado por este cantinho tem compreendido que este não tem sido um ano propriamente fácil para mim. Aceitar as coisas que não conseguimos mudar tem sido mais difícil do que se poderia pensar, mas tenho lutado contra essa tendência natural de querer mudar tudo à minha volta. Aliás, tem sido uma luta contra os meus pensamentos, contra o cansaço e, por vezes, mesmo contra o desânimo. Quando reparei que a Maria das Palavras leu este livro e tinha gostado, eu que nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, fiquei curiosa e decidi que seria um óptimo livro para levar comigo nas férias. Eu sei que já há uns anos que tenho vindo a tentar mudar-me, crescer e melhorar a pessoa que sou, mas estava a precisar de motivação para voltar a encontrar-me e até a concentrar-me em mim mesma.

          Admito que sempre fui um bocadinho adversa a livros de auto-ajuda, sempre me soaram ideais para pessoas desesperadas que não conseguiam olhar para si próprias. No entanto, senti que estava na altura de voltar a inspirar-me a voltar a olhar para mim própria, compreender que pensar em mim não é um acto de egoísmo, mas sim uma necessidade (algo que tenho vindo a tentar lembrar-me ao longo deste ano). Decidi então levar o livro comigo na bagagem de férias e ver o que de tão bom tinha aquele livro. E foi a opção ideal.

       "O monge que vendeu o seu Ferrari" relembrou-me da necessidade de parar, respirar, reflectir e de sorrir. A necessidade de vivermos um bocadinho para nós próprios e de não vivermos em piloto automático a todo o momento. Lembrou-me que apreciar as coisas simples nos trazem felicidade e que não nos podemos deixar levar pelas rotinas, pelo trabalho e pelo que a sociedade nos tenta incutir diariamente. Eu, no meu inconsciente, sabia tudo isto, parecia simples senso comum, mas a verdade é que lê-lo veio reforçar a necessidade de estar mais atenta a mim própria e aos meus sinais. Este livro veio na altura em que mais precisava de me relembrar que a vida é muito mais que trabalho e problemas, que viver é muito mais do que a rigidez dos horários e das rotinas. Este livro não me ensinou nada de novo, é verdade, simplesmente veio relembrar-me de muita coisa que estava perdida no meio do esquecimento. É um livro de auto-ajuda, sim, com uma fábula que ajuda a perceber as coisas de uma forma bastante simples e acessível, mas é também um livro que ajuda a encontrar a luzinha que estava perdida dentro de nós. Simples, mas poderoso, assim é este livro.

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