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justsmile

30
Dez19

Vai te embora 2019!

       

(Imagem retirada daqui)

         2018 terminou com a promessa de que o próximo ano ia ser um excelente ano. A realidade? Uma totalmente diferente e ao rever no blog o meu ano de 2019, sinto que o ano se foi desmoronando desde o início. Começou com o cansaço, as doenças, as constantes idas aos médicos, mais de uma semana de baixa e a partir desse momento as peças da minha vida foram ruindo uma a uma. É claro que existiram coisas boas, mas sinceramente, em pleno Dezembro, ainda não consigo sorrir ao ano de 2019, apenas o quero ver pelas costas. Em muitos momentos senti que o ano se assemelhava a 2015 ou pelo menos os sentimentos que trazia em mim, desilusão, cansaço, falta de esperança e uma apatia que me assoberbou durante algum tempo.  Os problemas foram surgindo em bola de neve, profissionais, pessoais e familiares, uns atrás dos outros sem darem tempo para respirar. Senti que o que tinha idealizado para o meu primeiro ano de casada estava longe de se concretizar e vi a minha tranquilidade dissipar-se. Senti-me em baixo, com ataques de choro como não tinha desde 2015, senti-me incompreendida e senti que não conseguia compreender certas situações. Ainda hoje sinto que não soube lidar com algumas situações e que continuo sem saber. Senti a paciência esgotar-se e a ter de erguer a minha muralha de autodefesa. Senti que tive de ser dura, mesmo sem entenderem o porquê e sinto que não vi a humildade em alguém que sinto que deveria ver. Caramba, 2019 foi uma m****! Ao ler o blog não encontrei um único post que fosse genuinamente feliz, poderia estar a incentivar a minha própria tranquilidade, a minha própria necessidade de manter a esperança, mas sabia que os sentimentos daquele momento não eram os que escrevia, apenas me tentava recordar das estratégias para os alcançar. Reli posts em que sei que a tentativa de tentar manter-me positiva acabaram por sair furadas e até sei que houve alguns deles em que deixei a minha mágoa sair sem a conseguir descrever tal como queria. Mas não posso e sinto que ainda estou um bocadinho presa a esses sentimentos que 2019 me fez sentir. Quero desligá-los, quero apagá-los, mas sinto que ainda não os consegui superar. Espero que a estabilidade que tenho sentido nos últimos dias o permita, mas para já ainda me sinto demasiado magoada com tudo o que aconteceu ao longo deste ano. O meu balanço sobre 2019 é claramente negativo.

         Mas quero desprender-me deste negativismo que senti ao longo de 2019, desta sensação de injustiça e de que merecia mais e para isso necessito de me lembrar de todas as coisas boas que senti. Senti um amor infinito dos meus irmãos e pais. Na altura que mais precisava a minha mãe voltou a ser o meu porto de abrigo, a minha confidente. Realizei algumas experiências que nunca tinha tido, fomos ver o Cirque du Soleil. Fomos ao Brunch Villa em família. Fui ver o concerto dos Ornatos Violeta com os meus irmãos. Terminei a minha pós-graduação com sucesso. Tive as férias de verão que tanto desejava e necessitava. Aproveitei o mais possível a nossa casinha. Cozinhei mais e fiz novas receitas. Reforcei amizades e criei novas. Tive o jantar da passarada que tanto me acalentou o coração. E senti-me realizada com aquilo que faço, que apesar de todos os problemas, continua a ser a minha profissão de eleição. Amor, também senti muito amor d'Ele, apesar de terem existido fases muito difíceis, sei que este nosso amor se reforçou e a verdade é que se sobrevivemos a este ano, acredito que sobreviveremos a todos os outros. Existiram sorrisos, gargalhadas e até muitos momentos de brincadeira. Mas a verdade é que 2019 foi um ano intenso que pouca saudade me deixará. Só espero que 2020 seja um ano mais calmo em todos os aspectos!

31
Dez18

Bye Bye 2018!

(Imagem retirada daqui)

       2018: o ano das mudanças. Não existe outra palavra para apelidar o ano de 2018, talvez felicidade se alie a este ano, mas mudanças foi sem dúvida o seu forte. O ano de 2018 mudou a minha vida toda, a pessoal, a profissional e a até a sentimental, foi um ano de enormes mudanças, mas que me deixa com um sorriso no rosto.

       Ao olhar para este ano que passou apercebo-me de duas coisas: os momentos de mudança e a falta de tempo. Apesar de ter sido um dos anos mais felizes da minha vida, a verdade é que a esses momentos estiveram aliados a falta de tempo. Olho para trás e vejo que tive pouco tempo com os amigos, os fins-de-semana deixaram de ser passados em família ou a namorar, para poderem ser passados a trabalhar ou entre lojas de construção. As festas populares com os amigos deram lugar à organização do casamento e os sábados à noite deram para ressacar das semanas intensas que tive. Foi um ano com muito trabalho, a todos os níveis, mas também um ano recompensador. E se o tempo me escapou e poderia lesar algum tipo de relações, senti precisamente o contrário, as minhas amizades ficaram apenas mais fortes.

    O casamento foi o momento mais feliz deste ano, ao fim de tanto tempo em preparação, o dia do nosso casamento chegou e correu como nunca poderia ter imaginado: Perfeito. Para quem nunca tinha sonhado com o conto de fadas ele concretizou-se e ligar-me a Ele foi a melhor decisão que tomei na minha vida. E quem casa quer casa, o ano andou de volta das obras para a nossa casinha temporária e após o casamento foi para lá que fomos viver. Uma pequena casa à nossa imagem, mas decidida e conquistada pelas nossas mãos, pelo nosso trabalho e isso foi um dos maiores motivos de orgulho deste ano. Viver juntos também foi uma aventura que finalmente encontrou uma rotina saudável, não foi um mar de rosas, mas conseguimo-nos encaixar e finalmente nos sentimos confortáveis com a rotina que criamos a dois. 2018 foi sem dúvida o nosso ano, o ano de finalmente concretizarmos tudo aquilo com que vínhamos a sonhar há anos e por isso? Por isso só posso estar grata.

       E sem saber bem como e de uma forma imprevisível, as nossas vidas profissionais também deram a volta. Ele ficou efectivo no local de trabalho e eu finalmente voltei a trabalhar na minha área de formação e com um contrato! Admito que ambas as situações me pareciam impossíveis de acontecer, mas a verdade é que surgiram nas nossas vidas e não poderíamos estar mais agradecidos por isso, pela felicidade e estabilidade que nos trouxeram. A minha luta para voltar a ser terapeuta da fala a tempo inteiro compensou e pareço ter encontrado o local de trabalho que tanto havia sonhado, mesmo ainda sem perceber muito bem como aconteceu tudo isto. Esta foi outra das grandes mudanças da minha vida e a única coisa que penso é do quão orgulhosa posso estar por toda a resiliência que mantive nos últimos anos.

       Mas 2018 não foi só casamento, casa e trabalho. Em 2018: atravessei o Atlântico pela primeira vez. Voltei a ver ao vivo os The Killer. Adoptei um estilo de vida mais Zero Desperdício. Escrevi mais sobre o minimalismo. Fiz mais reflexões. Perdi uma amizade. Senti todas as outras amizades muito mais reforçadas. Sorri muito, mas também chorei. Consegui manter a calma em momentos que pensei não o conseguir fazer. Passei o meu primeiro Natal com Ele. Pedi mais vezes "desculpa". Aprendi a aceitar melhor os outros. Escrevi mais. Aprendi até a ver os outros com outros olhos. Obriguei-me a desacelerar em alguns momentos, por muito difícil que fosse. O Sapo deu-me mais destaques do que alguma vez tinha dado. Fui perdendo o hábito da piscina. Li menos. Mas em compensação vi mais séries. Adoptei a Netflix como um estilo de vida. Conheci pessoas novas. Voltei a estudar. Tive uma despedida de solteira à minha imagem. Fiz snorkeling. Aprendi que gosto de cozinhar. Experimentei novas receitas. Pintei o cabelo. Entrei numa pós-graduação. Tive o cabelo gigante como nunca tinha tido. Brinquei muitas vezes no chão deitada com os meus sobrinhos. O blog celebrou o seu 10º aniversário. Senti-me uma verdadeira princesa. Comecei a pensar na nossa nova casa. Fiz jantaradas e recebi os amigos. Andei quase sempre cansada. Mudei a minha mentalidade e isso mudou a minha vida. E fui feliz. Muito feliz. 

       2018 termina com a maior das sensações de realização e concretização que já tive. Foi um dos melhores anos da minha vida, apesar da sensação de me ter escapado por entre os dedos, mas trouxe-me tanta coisa boa que seria impossível ficar guardado na minha memória de outra forma. 2018 foi sem dúvida o nosso ano.

14
Fev18

Com o pensamento nos 'últimos'

(Imagem retirada daqui)

 

        Tenho dado por mim a pensar em todos os 'últimos' momentos da minha vida de solteira. Faltam 5 meses para o grande dia (e menos um dia) e tenho-me apercebido que o tempo tem voado. E dou por mim a pensar 'olha é o último Carnaval solteira', 'olha é o último dia dos namorados solteiros', 'Oh é o meu último aniversário solteira', inconscientemente estas frases atravessam-me o pensamento de uma forma inesperada. Eu sei que em nada o casamento mudará estas datas, em nada o facto de estar casada as tornará diferentes, mas ainda assim dou por mim com vontade de as viver de uma forma mais presente, mais consciente e de as conseguir aproveitar melhor. Neste Carnaval decidi que o iria aproveitar como já não o fazia há muitos anos, mascarámo-nos com os amigos e saímos para as ruas, dançamos, bebemos e rimo-nos como não fazíamos há algum tempo. Apenas a alguns dias do meu aniversário decidi que pela primeira vez iria reunir os amigos num jantar e festejar os meus 27 anos, uma estreia! Até hoje, neste dia dos namorados, nós que nunca o festejamos, dou por mim a pensar que será o último dia dos namorados enquanto solteiros. Se é uma sensação agradável pensar que quando estas datas se repetirem estarei feliz e casada, é ao mesmo tempo uma sensação estranha e sem lhe encontrar uma boa argumentação para a descrever.

        Por isso, neste dia dos namorados, vou fazer o que costumo fazer: Nada. Eu e Ele não apreciamos propriamente o dia e por isso não vamos celebrar, como nunca o fizemos, mas a verdade é que hoje sinto uma maior necessidade de partilhar amor, uma maior necessidade de falar do amor e mesmo não gostando do dia, não quer dizer que não sinta o amor que anda pela o ar. Vou aproveitá-lo como o faço todos os dias ao seu lado, no sofá, abraçados, com uma série. Hoje vou ainda dar amor a todos os que gosto, a Ele, aos meus sobrinhos com uma videochamada, aos meus amigos e até a vocês que costumam estar desse lado. Para celebrar o dia de São Valentim não é preciso realmente nada, apenas amor. E este ano, o meu último São Valentim como solteira, será repleto de amor. 

        Feliz São Valentim!

 

         P.S.: Será que estou a tornar-me melosa? Eu?

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