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20
Dez19

Desafio de Escrita dos Pássaros #15

O Pai Natal decidiu reformar-se e as entrevistas começam esta semana. Descreve uma dessas entrevistas na perspectiva do recrutador de recursos humanos: A Rena Rudolfo.

       - Então Jesus, diga-nos lá porque quer ser o Pai Natal? - Pergunta o Rudolfo, aquecendo as patas na lareira do escritório.

      - Como sabem eu o meu Pai é omnipresente e eu desejava conseguir dar a volta ao mundo num único dia para ajudar as crianças. - Jesus já não trazia aquele vestido comprido com que costumava andar, trazia umas jeans justas vermelhas e já estava a conseguir ter alguma barriguinha, provavelmente era da nova qualidade de vinho que tinha começado a beber.

      - Mas Jesus, não achas que fazer milagres já não chega? É que é assim, as atenções nesta altura já eram só divididas entre ti e o Pai Natal, passando tu a substitui-lo, o conceito de Pai Natal deixará de existir e será Menino Jesus para aqui e para ali! -  Rudolfo estava a estranhar tudo aquilo, porque raio um homem tão poderoso quereria ainda substituir o Pai Natal?

     - Oh Rudolfo, vamos ter aqui uma conversa série. Mas quem é que surgiu primeiro? Fui eu ou o Pai Natal? Antes da Coca-Cola surgir todos os meninos pediam os presentes ao Menino Jesus, de repente apenas sou o menino que nasce! Pois bem, agora sou um homem e com a reforma do Pai Natal posso finalmente reaver o meu protagonismo no dia do meu aniversário!

      - Eu compreendo tudo isso, Jesus, mas vais passar o teu dia de anos a entregar presentes? Não preferes passar com os teus amigos ou assim? É que é um dia extenuante! – Rudolfo tentava encontrar todo o tipo de argumento para que Jesus desistisse, ele não parecia nada aguentar a pedalada do Pai Natal, mesmo que nos últimos anos antes da reforma já se notasse menos alguma destreza.

        Jesus ficou a pensar, realmente ainda não tinha ponderado esses aspecto. Mas caramba, toda a gente se tinha esquecido de que o Natal era sobre Ele e não sobre o Pai Natal, por isso, para voltar a recuperar o seu título e o significado do Natal ele teria de sacrificar algumas coisas e agora, que era um homem com 2019 anos, já estava na altura de assumir algumas responsabilidades!

       - Rudolfo, eu quero substituir o Pai Natal. Não me venhas com a coisa do fato e das botas, mas eu juro que me visto de vermelho! Quero voltar a lembrar que o Natal é sobre mim e está na altura de o fazer, até porque com um pequeno milagre consigo fazer tudo!

      - Pronto Jesus, se é isso que queres, tudo bem! – esticou-lhe a pata e Jesus apertou-a com força. – Bem-vindo ao serviço, Jesus Natal!

09
Dez19

O melhor de 2019

         Começa a altura de balanços para mais um ano e não podiam faltar aqui pelo blog. Esta lista já começa a ser uma tradição deste cantinho, mas gosto sempre de partilhar com vocês as melhores coisas que vi ou fiz em cada ano que passa.

1. Série Televisiva

         Admito que "The Crown" e "Chernobyl" ficaram lado a lado nas excelentes séries que vi este ano, muito diferentes, mas ambas baseadas em factos reais e por isso conseguiram ficar no topo das melhores séries de 2019. Contudo, devido à continuidade de "The Crown" acho que mereceu vencer, até porque achei que "Chernobyl" poderia ter terminado melhor, não alterando factos, mas tendo uma melhor produção.

2. O Filme

        Este foi um ano muito fraquinho a nível de filmes, fosse em casa ou no cinema. No cinema vimos apenas dois filmes e Toy Story 4 ganhou, claramente. Aquela lágrima que contive fez com que este fosse o meu filme preferido de 2019. Este filme fez-me viajar até à minha infância e são poucos os filmes que o conseguiram fazer e só por isso já mereceu o primeiro lugar.

3. O Livro

          Joel Dicker habituou-me a bons livros que gostam de ser devorados e O Desaparecimento de Stephanie Mailer não foi uma excepção. A escrita do autor é terrivelmente envolvente e é difícil parar de ler as suas páginas, é um livro que nos marca pela qualidade e por isso é para mim o melhor livro que li este ano.

IMG_20190725_151919.jpg

4. A viagem

         Esta não é uma decisão difícil, até porque foi a única viagem que fiz ao longo de 2019 (e ainda receei nem sequer a poder fazer...). Admito que não ia com muitas expectativas para Saïdia, mas quem me surpreendeu verdadeiramente foi Fes e valeu imenso perder oito horas do meu dia num autocarro para conhecer uma cidade tão diversificada. O cheirinho de Marrocos ficou e a promessa de voltar ao país também.

 

5. O Post

         Este foi um dos pontos mais difíceis de seleccionar. Escolher o melhor post no meio de um ano difícil fez-me aperceber que pouco escrevi sobre a vida, mas fiz inúmeras reflexões, partilhei coisas práticas e experiências que fui tendo ao longo do ano. Contudo, o post que este ano selecciono tem a haver com aquele que mais me fez reflectir e mudar o meu comportamento perante as adversidades da vida. Tive a necessidade de me relembrar que Amor próprio não é egoísmo, mas sim uma necessidade e foi o post que realmente mudou o meu comportamento e por isso é o meu seleccionado deste 2019.

            E quais foram os vossos favoritos de 2019?

06
Dez19

Desafio de Escrita dos Pássaros #13

Reescreve o final dum filme

          Moulin Rouge foi um dos primeiros filmes em que verti uma lágrima, lembro-me da empatia que consegui criar com os sentimentos da personagem principal, já para não falar das excelentes músicas que o filme recria. O final trágico do filme, também dos primeiros que vi, deixou-me de coração nas mãos, pois sempre considerei que Christian e Satine deveriam ter tido mais algum tempo juntos. Por isso, hoje o seu fim será reescrito.

 

“         No fim do espectáculo, após as cortinas se fecharem, Christian abraça Satine como nunca tinha abraçado na vida. Por momentos achou-a perdida para sempre, considerou que o seu amor por ela tinha sido apenas o de mais um e naquele momento sabia que afinal o seu amor era reciproco. Os seus olhos, naquela canção jamais teriam conseguido representar. Era amor. Abraçou-a como se nunca mais a quisesse largar e Satine fez o mesmo, sabia que o tempo entre esses braços se escasseava. Ele não sabia, mas Satine tinha na sua sombra a morte, sabia que era grave, sabia que o tempo era limitado, e por isso não desejava fazer Christian sofrer, no entanto essa era a realidade. Depois do encerramento total do espetáculo iria contar-lhe a verdade, iria dizer-lhe que o amava mas que o tempo era limitado, por muito que isso lhe doesse.

        Ainda antes do fim, ainda antes das luzes se apagarem, Christian pegou na mão de Satine e levou-a para o minúsculo e desnudado quarto onde tinha passado os seus dias entre o álcool e meias páginas escritas. Afastando-se dos beijos e dos abraços, Satine sabia que tinha de lhe contar a verdade e não perpetuar aquele segredo dentro de si. O seu corpo estava a degradar-se de dia para dia e necessitava de mostrar a realidade a Christian. Disse-lhe a verdade crua num só folego, quase faltando-lhe o ar. As palavras saíram-lhe mais ásperas do que tinha imaginado e a dor causada foi-lhe maior do que a esperada. Mas Christian mostrou-se sereno, disse que se tinha apercebido de algo grave se passava para ela o ter feito passar por aquele tormento. Sabia que o seu final seria trágico, não sabia qual seria, mas sabia que seria trágico. E que ele viveria aquele amor para sempre, que estaria ao seu lado até ao fim dos seus dias, que agarraria na sua mão na hora de partir, mas que até lá a amaria por completo.”

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