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justsmile

23
Out18

Como poupar em casa

(Imagens retiradas daqui)

 

      Viver juntos mudou o nosso sistema de poupanças. Desde que casamos, há pouco mais de três meses, que criar uma rotina de poupanças não tem sido fácil. Tínhamos consciência que tal coisa iria acontecer, os primeiros meses não são propriamente fáceis, não sabemos bem a quantidade de coisas que consumimos, não sabemos bem ainda quantidades e existem sempre compras ou situações que na altura não estavam planeadas (ora o carro, ora um casamento, ora uma ida à farmácia). Sabíamos que os primeiros meses não iriam ajudar às poupanças para a construção da nossa casa, no entanto, este mês (mesmo com o valores que invisto em gasóleo neste momento e com a prenda de aniversário d'Ele) fiquei surpresa com o caminho que temos seguido. Hoje, em momento de consciencialização compreendi que até temos sido muito ponderados nas nossas compras e que temos feito compras inteligentes. Este mês vimos a conta crescer um nadinha (depois do tombo que foi pagar uma pós-graduação) e isso fez-me sorrir. E como temos conseguido poupar?

       - Congelar os legumes, ao sábado costuma ser o dia de comprar legumes. Adoramos legumes e rara é a refeição que não tem legumes, seja no arroz, com a massa, salteados ou simplesmente uma sopa, mas digamos a verdade, legumes não são a coisa mais barata do mundo. Assim, de modo a não estragar e não deixar perder os melhores nutrientes ao sábado compro os legumes necessários e preparo-os para a semana. A quantidade que sei que irá ser confeccionada nos primeiros dias da semana é guardada no frigorífico já lavadinhos e partidinhos, o restante é congelado. Nem que seja meia courgete ou até um pedaço de brócolos, parto, lavo e congelo, assim na próxima sopa ou nos próximos legumes é só tirar do congelador e colocar na panela. Assim, evitamos o desperdício, poupamos na compra de legumes e tornamos toda a tarefa de cozinhar ao longo da semana bem mais rápida e prática.

      - Levar a famosa marmita. Eu, desde o meu primeiro emprego, que levo marmita para o trabalho, mas desde que casamos que Ele decidiu fazer o mesmo. É verdade que precisamos de confeccionar em maior quantidade, é também verdade que temos de aumentar a lista de compras da peixaria, do talho e do supermercado, mas a verdade é que fica mais barato que qualquer refeição fora de casa. Desde que casamos que Ele tem levado o almoço e até o lanche para o trabalho e tem notado que o dinheiro vai mantendo-se mais tempo na carteira.

    - Aproveitar promoções, admito que Ele é mais adepto desta prática que eu. Cada vez que vê um artigo em promoção e que o usamos com regularidade decide trazer dois ou três, sei que nada tem a haver com o minimalismo, mas realmente o maridinho tem razão ao tomar estas decisões. Na hora pode-nos não fazer falta, mas se são coisas que não se estragam e que são utilizadas com regularidade, como produtos de limpeza e alguns alimentos, o ideal é aproveitar as promoções e trazer mais que um artigo para casa.

      - Apontar o valor das coisas que compramos. Quando vamos às compras tenho um pequeno caderno preto que levo comigo onde tenho anotado o preço de alguns produtos, como café, pasta dos dentes, champô e até guardanapos. Neste caderno registo o preço de promoções em que adquiri alguns produtos de forma a compreender se novas promoções realmente compensam ou se não são apenas areia para os olhos. Por exemplo, tenho visto a nossa pasta dos dentes em promoção várias vezes a 2,29€, mas a verdade é que no mercado onde compramos o pão diariamente a mesma pasta dos dentes, sem estar em promoção, custa 1,99€. É uma diferença pequena de preços, mas se nos está facilmente acessível são alguns cêntimos que poupamos sem reparar. Este caderno permite-nos perceber se as promoções são realmente promoções.

      - Serões em casa, não se tem sido pelo aspecto da poupança que ficamos os serões de sábado em casa, seja com amigos ou na companhia um do outro, ou se pelo simples facto de andarmos terrivelmente cansados. Contudo, a verdade é que serões em casa são bastante mais económicos do que qualquer saída, principalmente quando se tem a Netflix como amiga!

       - Confeccionar as próprias refeições. Desde que casamos que só me lembro de termos ido buscar comida fora três vezes, uma para um almoço pós-casamento com amigos, outra para um almoço de família (pois não estou habituada a cozinhar para tanta gente) e a terceira porque era sábado, estávamos ambos cansados e não tínhamos nada descongelado para comer. Tirando isso, todas as nossas refeições têm sido confeccionadas em casa, admito que tiro algum prazer em cozinhar (pelo menos para já) e lingrinhas como sou no que toca ao estômago, a forma mais segura de comer é fazendo a comida em casa.

      São pequenas poupanças, pequenas coisas que no final do mês somadas fazem alguma diferença. Ainda assim acho que há um longo caminho a percorrer, afinal construir uma casa não é coisa barata, mas estou contente por em poucosmeses já começarmos a definir uma estratégia de poupança. Afinal "grão a grão, enche a galinha o papo", certo?

29
Ago18

Zero Desperdício e Ecologia vs Custos

(Imagem retirada daqui)

 

      Desde que casamos que cada vez que vamos às compras tenho tentado optar por escolhas mais ecológicas e com menos desperdício. Alterei alguns hábitos com a Maria Reduz e tenho tentado cada vez mais optar por escolhas mais ecológicas, mas nem sempre tem sido fácil. Tenho optado por comprar a fruta e os legumes numa senhora que vende de forma ambulante, opto sempre por usar os sacos reutilizáveis e até tenho optado por comprar tupperwares de vidro aos de plástico, mas a verdade é que nem todas as escolhas são assim tão fáceis. Não ganho nenhuma espécie de fortuna e tenho pouco tempo para optar por soluções feitas em casa. Ao nível da alimentação a verdade é que a maioria dos legumes são do campo dos meus pais e as conservas feitas pela minha mãe que acaba por distribuir pelos filhos, coisas saudáveis e mais sustentáveis. Mas e tudo o resto?

        Ando há imenso tempo à procura de uma solução melhor para os sacos do lixo. Não fazemos a compostagem, até porque não possuo plantas a não ser as flores da jarra e acabo por usar sacos pouco ecológicos. Para o plástico e para o papel tenho optado por utilizar ainda sacos que estavam guardados da altura de arrumar o enxoval, por exemplo os sacos de papel das lojas são os sacos para a reciclagem do papel e os de plástico servem para o plástico, na altura achei que seria um desperdício deitá-los fora e tenho-os reutilizado. No entanto, o lixo orgânico, que todos os dias vai para o contentor, não lhe tenho encontrado uma solução sustentável ecologicamente e ao mesmo tempo financeiramente, ou seja, os sacos que encontro que dizem que são biodegradáveis têm um preço bastante superior aos sacos ecológicos (supostamente feitos de material reciclado). No outro dia ainda peguei num conjunto de 20 sacos de 30L  que ficavam a 0,06€ por saco, mas Ele viu e arregalou-me logo os olhos, pois por 40 sacos de 30L o preço por saco ficava a menos dois cêntimos. Quem me lê deve estar a achar estas contas uma parvoíce, são apenas 0,02€ de diferença por saco, mas agora vamos abranger isso a todo um carrinho de compras, no final a diferença é enorme! Basta ver o preço dos rolos de papel higiénico da Renova que são embalados em papel (mais ecológico e sustentável), mas que tem um valor bastante superior aos que costumo comprar, 10,21€ por 20 rolos. Eu sei que é necessário ajudar o meio ambiente e tenho dado o meu melhor, mas existem situações que simplesmente não são comportáveis. 

        Outra coisa que adorava também era conseguir fazer produtos em casa, nomeadamente o creme de corpo, alguns produtos de limpeza que exigem mais tempo e outros afins, mas a verdade é que não só não tenho tempo, como muitas vezes os produtos que essas receitas pedem são um tanto ou quanto mais caras. Durante algum tempo utilizei como desodorizante apenas o Bicarbonato de Sódio, mas recentemente senti a falta do odor suave que um desodorizante deixa e voltei a cair no erro de utilizar o desodorizante normal. Farta da minha comodidade, decidi voltar a procurar receitas com o Bicarbonato de Sódio e mais alguns suplementos para obter o resultado desejado. Ora, produtos ligeiramente caros que me fazem ainda não ter avançado com a sua compra. E os desodorizantes naturais? Lamento, mas são caros e não posso estar a dar 5€ por um desodorizante quando já gasto uma fortuna em produtos para a pele do rosto e cabelo (produtos que se dizem feitos com produtos naturais)

       As garrafas de água reutilizáveis têm sido outro desafio, mas espero em breve conseguir adquirir uma, nem que seja de prenda de natal. Andei a investigar garrafas de água amigas do ambiente e na medida que me é útil, 750ml, mas não tem sido fácil. Os preços são avultados e ainda não consegui ganhar coragem para despender esse dinheiro nesse tipo de artigo. É verdade que acaba por ser um investimento, que deixarei de gastar dinheiro em garrafas de água, mas imaginem que dou 0,60€ (o que nunca acontece, mas imaginem) e que apenas as mudo de duas em duas semanas (é a média com que mudo a garrafa), já viram quantas garrafas de água de plástico dá o valor de 20€ de uma garrafa realmente boa? São contas necessárias a fazer-se na hora de optar por produtos sustentáveis e que me têm deixado com vários dilemas.

        Por muito que queira continuar o meu percurso pelo Zero Desperdício e por ser cada vez mais ecológica, a verdade é que há certos produtos cujo preço me fazem afastar das opções mais responsáveis ecologicamente. Isso ou simplesmente não existe tempo e disponibilidade para fazer todo o tipo de produtos em casa e mais alguns. Quem trabalha mais de 50h semanais, se já dificilmente encontra tempo para fazer doces ou conseguir encaixar os seus hobbies nos horários, como vai conseguir integrar a produção de vários tipos de produto? Sinto que quero fazer mais pelo planeta, sinto que quero fazer opções mais ecológicas e sustentáveis, mas também sinto que o tempo e o dinheiro me afastam de algumas delas. Serei só eu a sentir este tipo de dificuldades?

 

P.S.: Aceito sugestões de alternativas baratas e sustentáveis aos artigos mencionados e mais!

23
Ago18

Como poupar para um casamento?

(Imagem retirada daqui)

 

         Poupar sempre foi uma palavra que fez parte do meu quotidiano, no entanto, com a vontade de juntar para um casamento, com a compra de um terreno e ainda com a preparação da nossa casa, sabíamos que mais que uma palavra do dia-a-dia, teria de ser uma obrigatoriedade. Cada vez que ouço o argumento, "não caso porque não tenho dinheiro", torço imediatamente o nariz. Acho que tudo é possível se organizarmos as nossas prioridades e fizermos alguns esforços, até porque eu sou a prova viva disso. Nós pagamos todo o nosso casamento, orgulhosamente não tivemos de pedir dinheiro a ninguém para fosse o que fosse, não só pagamos o casamento como ao mesmo tempo ainda investimos na casa e no terreno. Existiram momentos em que achava que éramos loucos, houve momentos em que tremi com a possibilidade de não ter dinheiro suficiente para o casamento e até momentos de grande stress com as inúmeras contas que tivemos de fazer ao longo do último ano e meio, mas a verdade é que tudo correu bem e tudo compensou. Para nós a frase "os convidados pagam o casamento" foi um verdadeiro mito, pagaram uma boa parte do casamento, mas não pagaram definitivamente o casamento e nisto estou a incluir tudo, quinta, decoração, vestido, maquilhagem, acessórios e a lua-de-mel, assim como todos os custos associados ao casamento. É verdade que o dinheiro das prendas nos ajudou em algumas despesas, fez com que não ficássemos com a conta a zeros no fim de todo o processo, mas definitivamente não pagou o casamento, o que bateu certo com o meu argumento desde o início do casamento "quero juntar o máximo possível para o casamento, para não ter de viver com a incerteza das prendas".

         Admito que este ano e meio de poupanças foi um tanto ou quanto doloroso. Agora que olho para trás vejo todos os sacrifícios que fizemos, mas também vejo como valeu a pena viver aquele dia tão especial (ver aqui e aqui). Foram feitos sacrifícios, abdicamos de muita coisa, mas a verdade é que conseguimos e estou tão orgulhosa de nós, como nunca me senti na vida. Orgulhosa da nossa união, da nossa força e do facto de termos conseguido ter concretizado tudo como tanto sonhávamos. E como o fizemos? Poupando. E como? Aqui no blog já têm algumas dicas de poupança num dos menus superiores, mas hoje partilho com vocês como conseguimos poupar tanto dinheiro em ano e meio para conseguirmos preparar a casa e pagar o casamento.

       - Viagens e férias? Apenas aqui e ali um ou outro fim-de-semana.  Esta foi uma das resoluções que mais me custou, até porque o meu sonho sempre foi viajar imenso, mas não podíamos fazer tudo ao mesmo tempo. Optamos por no verão tirar apenas três dias de férias e as viagens acabaram no momento em que fui pedida em casamento. A força para manter tamanha resolução foi pensar na lua-de-mel a que teríamos direito.

       - Comprar apenas o essencial de roupa e acessórios, e aqui o minimalismo ajudou-me imenso. Não comprei roupa ou acessórios que não fossem extremamente necessários e quando comprei foi sempre em promoção, seja online ou na Black Friday. As compras superficiais tiveram de diminuir drasticamente e aqui foi uma das nossas grandes poupanças.

        - Jantares e lanches, só em ocasiões especiais. Se dantes íamos jantar fora de vez em quando, desde que decidimos casar que se tornou numa raridade que apenas era quebrada em ocasiões especiais. Evitamos jantar fora, evitamos lanchar fora e assim fomos poupando pedacinho aqui e ali. Parece que não, mas jantar fora nunca fica menos de 20€ para duas pessoas e os lanches 5€, agora pensem quanto conseguimos poupar com este objectivo.

       - Prendas em promoção e mais acessíveis, com alguma pena minha tive de diminuir o custo das prendas oferecidas, seja a Ele ou a amigos e à família. O dinheiro não estica e com um objectivo tão grande as prendas tiveram de passar para uma outra prioridade, acho que as pessoas compreenderam e nem sempre uma prenda cara significa que valorizamos mais ou menos a pessoa em questão.

      - Evitar mexer na conta-ordenado. Ao longo do mês sabíamos as nossas despesas fixas e levantávamos também algum dinheiro, a partir daí evitávamos ao máximo mexer nas nossas contas e utilizar o cartão fosse para o que fosse. Se fosse para um jantar de amigos ou até supermercado, preferíamos pagar com o dinheiro do que com o cartão e só utilizávamos o cartão para levantar dinheiro.

      - Trabalhar ao sábado foi uma ajuda. As horas que dou ao sábado foi um enorme apoio para suportar as despesas sem ter de mexer muito na conta, o que permitiu equilibrar a balança e continuar a poupar na conta-ordenado.

      - Dizer "não", foi algo que tivemos de aprender. Não podíamos aceitar todos os convites de jantares, saídas e aniversários se queríamos realmente poupar dinheiro. O "não" foi uma palavra obrigatória e começamos a seleccionar os momentos em que podíamos sair com os amigos, mantendo sempre os mais próximos de nós. É que um jantar inclui sempre um café, gasóleo e em certos momentos uma prenda, o que faz descambar totalmente as contas.

      Desta forma, associada a todas as outras dicas de poupanças, fomos capazes de juntar bastante dinheiro para as enormes despesas que se avizinhavam. Tudo é possível, desde que organizemos as nossas prioridades e nos mantenhamos focados nelas. Há sempre momentos de desequilibro, aconteceu-nos umas quantas despesas imprevistas que nos fizeram tremer, mas conseguimos equilibrar tudo e no fim o nosso sonho foi concretizado. Não é fácil, volto a fizer, de todo! Mas vale tão a pena! Ficamos de coração cheio com tudo o que alcançamos nos últimos tempos e ficamos ainda mais felizes por o nosso dia ter sido tão especial. O próximo passo? Poupar para construirmos a nossa casa.

 

P.S.: Vejam também aqui que é possível poupar num casamento!