Vida de desempregada 13#
(Imagem retirada da Internet)
Tempo de desemprego: 94 dias.
Número de anúncios na área: 11 (talvez menos?).
Número de anúncios respondidos fora da área: 25.
Número de entrevistas: 1 (fora da área).
Número de currículos entregues em mão e via online: depois dos 225, perdi-lhes a conta.
Respostas: 17.
No primeiro mês e meio de desempregada dei uma oportunidade à minha área de formação, apenas respondia a anúncios em Terapia da Fala. Após essa data comecei a mandar emails para tudo e mais alguma coisa, com duas excepções: comerciais a comissões (principalmente de porta-a-porta) e call-centers. E quantas respostas recebi desde então? Zero. Quantas entrevistas? Zero. Começo a achar que tenho vários problemas para além da problemática pré-concebida de 'oh, licenciado não quer trabalhar', vejamos então as possibilidades de problemáticas no meu currículo para eu não ser chamada para entrevistas de trabalhos como, caixa de supermercado, secretária, colaboradora em lojas, operador de armazéns e afins:
1. A fotografia do currículo é horrível, bem sei que não é a minha melhor fotografia, mas não a acho assim tão feia!
2. Palavreado demasiado profissional, tenho uma escrita concisa sobre as minhas competências e se calhar isso não é bom para candidaturas a secretária.
3. Currículo extenso, é coisa que não tenho, o meu Europasse só tem duas folhas e meia.
4. Não tem momentos de graxa, não, não refiro que o meu sonho é ser secretária ou até dobrar roupa.
5. As motivações, se calhar dizer que estou cansada da insegurança da minha área e que preciso de trabalho também não são motivações suficientes para se ser operadora de armazém.
6. Falta de experiência, pois, esta admito, só trabalhei como terapeuta da fala e numa fábrica de tecelagem, logo a experiência é demasiado limitada para 99% das ofertas.
7. Não ter curso de informática, ou pelo menos de excel e word, apesar de me considerar com boas capacidades.
8. Ter apenas formações em Terapia da Fala, vejam bem amigos, eu realmente só trabalhei como terapeuta.
9. Ter uma licenciatura, acho mesmo que a palavra 'licenciatura' arruma para canto o meu currículo.
10. Não ter factor C, pois, filha de pais pobres e com poucos conhecimentos não me traz factor C.
11. Sou demasiado exigente, será que sou demasiado exigente ao escolher para onde envio?
E agora digo, estou mesmo a dar em maluca e se nem fora da minha área me querem para trabalhar, como irei eu arranjar emprego? Isto não está fácil, não não!