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justsmile

14
Dez15

Vida de desempregada 13#

(Imagem retirada da Internet)

 

Tempo de desemprego: 94 dias.

Número de anúncios na área: 11 (talvez menos?).

Número de anúncios respondidos fora da área: 25.

Número de entrevistas: 1 (fora da área).

Número de currículos entregues em mão e via online: depois dos 225, perdi-lhes a conta.

Respostas: 17.

 

No primeiro mês e meio de desempregada dei uma oportunidade à minha área de formação, apenas respondia a anúncios em Terapia da Fala. Após essa data comecei a mandar emails para tudo e mais alguma coisa, com duas excepções: comerciais a comissões (principalmente de porta-a-porta) e call-centers. E quantas respostas recebi desde então? Zero. Quantas entrevistas? Zero. Começo a achar que tenho vários problemas para além da problemática pré-concebida de 'oh, licenciado não quer trabalhar', vejamos então as possibilidades de problemáticas no meu currículo para eu não ser chamada para entrevistas de trabalhos como, caixa de supermercado, secretária, colaboradora em lojas, operador de armazéns e afins:

 

1. A fotografia do currículo é horrível, bem sei que não é a minha melhor fotografia, mas não a acho assim tão feia!

2. Palavreado demasiado profissional, tenho uma escrita concisa sobre as minhas competências e se calhar isso não é bom para candidaturas a secretária.

3. Currículo extenso, é coisa que não tenho, o meu Europasse só tem duas folhas e meia.

4. Não tem momentos de graxa, não, não refiro que o meu sonho é ser secretária ou até dobrar roupa.

5. As motivações, se calhar dizer que estou cansada da insegurança da minha área e que preciso de trabalho também não são motivações suficientes para se ser operadora de armazém.

6. Falta de experiência, pois, esta admito, só trabalhei como terapeuta da fala e numa fábrica de tecelagem, logo a experiência é demasiado limitada para 99% das ofertas.

7. Não ter curso de informática, ou pelo menos de excel e word, apesar de me considerar com boas capacidades.

8. Ter apenas formações em Terapia da Fala, vejam bem amigos, eu realmente só trabalhei como terapeuta.

9. Ter uma licenciatura, acho mesmo que a palavra 'licenciatura' arruma para canto o meu currículo.

10. Não ter factor C, pois, filha de pais pobres e com poucos conhecimentos não me traz factor C.

11. Sou demasiado exigente, será que sou demasiado exigente ao escolher para onde envio?

 

E agora digo, estou mesmo a dar em maluca e se nem fora da minha área me querem para trabalhar, como irei eu arranjar emprego? Isto não está fácil, não não!

17
Set15

Vida de desempregada 9# Os currículos

(Imagem retirada da Internet)

 

Apesar de estar desempregada há apenas 4 dias, tenho-me dedicado a entregar currículos via online, via presencial e até a ir a entrevistas para escolas, que são uma mera ilusão de possibilidade de emprego. 

Desde sempre que a entrega de currículos é uma verdadeira aventura e um dilema. Entrego em sítios que já têm terapeuta da fala? Entrego naquele sitio que parece nem saber o que é um terapeuta da fala? Entrego em locais públicos? Envio por email ou entrego pessoalmente? Pois bem, a verdade é que faço tudo isso, entrego em todos esses locais e espero que miraculosamente algum me dê uma resposta.

No primeiro dia de desempregada decidi dedicar-me a entregar currículos via email. Lá fui eu pesquisar clínicas e instituições, procurar o email de cada um, escrever um email todo bonito e enviar. Respostas? Três, e apesar dessas três respostas serem negativas senti-me bem, pois pelo menos dignaram-se a dar-me uma resposta personalizada. E não, não eram respostas automáticas.

No segundo dia andei a enviar emails para locais que tinha no meu conhecimento de não possuírem terapeuta da fala. Pelo menos uma esperançazinha de resposta. A verdade? É que não veio nem uma. Numa dezena de emails, nem uma única resposta. Nada que não se esperasse, mas que nos deixa completamente desiludidos, pelo menos poderiam responder que não estavam interessados.

A entrega de currículos em mão é muito mais interessante (entenda-se por interessante desmotivante). Existem três tipos de pessoas que recebem os currículos:

1ª A que recebe e a coloca em cima de um monte de folhas sem olhar para ela.

2ª A que olha para nós com ar de coitadinhos e diz que a irá entregar à direcção.

3ª E aquela que nos recebe muito bem e quando vira costas começa a ler o currículo.

A 3ª pessoa ainda nos deixa com alguma esperança, mas a verdade é que nunca obtive nenhuma resposta de currículos entregues em mão. Não sei se são um desperdício, não sei se valem a pena, mas não morro por tentar. As 1ª e 2ª pessoas são as que me deixam triste, não por saber que não obterei nada dali, mas porque acho que não há respeito para quem procura emprego. Não perdem por darem um sorriso e agradecerem, não perdem por ter mais um currículo amontoado, sei que já são muitos, mas todos os que lá entregam é porque precisam de entrego e se o fazem não é só para passar o tempo.

A minha sugestão? Entregar o máximo de currículos possíveis e sorrir sempre, mesmo que um carrancudo qualquer diga 'Oh menina, já temos tantos!'.

 

 

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