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justsmile

18
Jul16

Alimentação saudável, um novo extremo?

(Imagem retirada daqui)

 

Têm surgido notícias por aqui e por ali sobre bebés e crianças internadas devido ao tipo de dieta alimentar que os pais seguem e, consequentemente, os seus filhos também. Notícias sobre bebés com faltas de proteínas, desidratação e outras situações bastante graves para o desenvolvimento da criança tem surgido diariamente. Não critico qualquer tipo de dieta alimentar, muito pelo contrário, admiro a coragem e força de alguém que renuncia alguns alimentos na sua vida. Eu sempre gostei de comer, aliás, tenho prazer em fazê-lo, mas tento sempre fazê-lo de uma forma regrada.

Considero-me uma pessoa saudável, posso ser intolerante à lactose, posso até ter as minhas alergias e os meus pequenos problemas, mas não passam disso mesmo: pequenos problemas. E a verdade é que como de tudo um pouco e não é por isso que me considero menos saudável. Sei que hoje 90% dos alimentos têm aditivos, químicos e substâncias que podem ser menos saudável, mas a verdade é que não é por isso que as deixo de ingerir. Posso comê-las em menos quantidade, posso comê-las com menos frequências, mas continuo a comer de tudo um pouco e isso sim, parece-me um tipo de alimentação saudável. Tento cortar no açúcar no café, nos refrigerantes à refeição e até nas bolachas que como, mas não desapareceram totalmente da vida. Uma alimentação cuidada, variada e com algumas excepções sempre me pareceu ser a forma mais natural de ter uma alimentação saudável.

Hoje vemos de tudo um pouco, vegetarianos, veggans e outros tipos de dietas alimentares que nem sabia que existiam. Respeito, admiro, mas não seria capaz de tomar esse tipo de decisão na minha vida. O que tenho visto como problema nesses tipos de dietas são as crianças que têm surgido com problemas associados às mesmas. O nosso corpo precisa de todo o tipo de substâncias para funcionar plenamente, gorduras, proteínas e açúcares, e cada alimento dá-nos uma variedade de vitaminas e diferentes gorduras e açúcares. Considero as nossas necessidades alimentares parte da nossa natureza. O problema não está no que comemos, mas sim na forma como o comemos. E retirar determinados alimentos numa altura tão essencial da vida, como o crescimento, tem trazido muitos problemas, por muito que se tentem encontrar substitutos, o corpo pede determinado tipo de alimentos. Não estaremos a chegar a um extremo em tentarmos ser 'saudáveis'? Não estaremos a exagerar naquilo que achamos que faz bem e que faz mal? Há variadíssimos livros sobre como alimentar os bebés com as varias dietas e até para adultos 'Como se ser vegetariano', 'Como se transformar num veggan', mas não estaremos a fugir à nossa natureza? Não estaremos a eliminar aquilo que nos é essencial ao corpo? É óbvio que não precisamos de exageros. Claro está que muitos alimentos hoje são alterados e que os devemos evitar ao máximo. Sei bem que as carnes têm muitos antibióticos e que nos prejudicam. Mas vejamos, tudo isso acontece em qualquer tipo de dieta e podemos sempre fazer opções mais saudáveis sem eliminarmos o alimento da nossa alimentação.

É necessário ser-se saudável, mas é necessário comer-se um bocadinho de tudo.

 

P.S.: Volto a dizer, admiro imenso quem tem um tipo de dieta alternativa e nada tenho contra isso.

 

 

11
Jul16

Feliz por nós, portugueses!

 

Estou feliz pela nossa seleção.

Estou feliz por nós portugueses.

Estou feliz por Portugal que há muito merecia um prémio, mesmo depois de terem falado mal de nós. Principalmente depois de terem eliminado o Cristiano Ronaldo logo no início do jogo. Mas acima de tudo porque somos um povo forte, que é calcado, mas sai vencedor.

Estou feliz por futebol não ser apenas futebol, ser uma união de gerações, idades e etnias. 

Estou feliz por sermos vencedores, mas ainda assim termos nas mão das nossas crianças a generosidade de amparar as lágrimas dos derrotados.

Hoje todos somos Portugal.

Hoje somos todos campeões!

08
Jan16

Tudo fala da amamentação!

(Imagem retirada da Internet)

 

A amamentação é um dos temas mais discutidos entre as mães, especialistas e até entre os famosos.

- Lembraste-te disso porquê Just? - perguntam vocês.

Ora, porque li esta notícia sobre Alyssa Milano que amamenta em público os seus filhos. Não sou mãe, não fui e só espero sê-lo num futuro ainda um tanto ou quanto longínquo, mas apesar disso tenho uma opinião como mulher e principalmente como Terapeuta da Fala. A amamentação é uma opção da mulher aquando o nascimento da criança, todos nós já sabemos das vantagens de tal processo. Criação de um vínculo mais forte com a criança, os nutrientes e protecções que passam da mãe para o recém-nascido através do leite e tudo o mais. Mas há ainda uma parte importante que pouco se fala que é no desenvolvimento da cavidade oral, língua, músculos da boca, coordenação respiratória, e que irão ser importantíssimos para o desenvolvimento da fala e da alimentação da criança.

Mas deixando todas estas vantagens de lado questiono, que tem uma mãe amamentar a criança em público (no fundo é essa a notícia)? É um processo natural e em nada a sociedade tem de a criticar, muito pelo contrário, deveria apoiar devido ao número decrescente de mães que amamentam os seus filhos. Todos fomos amamentados uma vez na vida, umas mães puderam continuar a fazê-lo e outras não, mas criticar quem o faz não é só uma falta de respeito, como também de consciência. Se há mães que querem ser mais resguardadas, respeito perfeitamente, assim como se tem de respeitar as que não se importam de amamentar a criança em público. É um processo natural, é como ter de mudar uma fralda à criança em público. Se há locais especializados para isso em grandes superfícies comerciais, acho muito bem que os aproveitem, mas se não há e se os que há estão um caos em que a criança fica pior do que está (já assisti a situações em que o berçário estava apinhado e com crianças a chorar por todo o lado), que mal tem uma mãe sentar-se numa cadeira, colocar uma fralda de pano por cima e alimentar a criança ali? Não é prático, realmente não é, mas sou contra os biberões que em nada desenvolvem as estruturas faciais da criança (a comparação é muito fácil, olhem para uma criança que toma leite de biberão e uma que tome do peito da mãe e reparem nas bochechas, a diferença é imensa), e se há a opção de a amamentar do peito porque não fazê-lo?

Vamos deixar-nos de pudismos, vamos ser uma sociedade mais avançada que isso, vamos pensar no bem de cada um de nós e respeitar a decisão de cada um, não criticá-la como se não houvesse amanhã. Ver peitos em televisão nos horários nobres não tem problema, nem em capas de revista, mas ver uma mãe amamentar em público é um drama. Por favor, vamos ser razoáveis, sim?

 

P.S.: Não sou mãe, volto a dizê-lo, e sei que amamentar é muito complicado e há até quem não o consiga fazer, mas defendo-o com todas as minhas convicções.