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justsmile

17
Fev21

Caramba, já são 30!

(Imagem retirada daqui)

         E lá vão 3 décadas desde que num domingo solarengo a Just decidiu vir ao mundo, a terceira e a mais nova numa família de loucuras e aventuras inesperadas que tanto me vieram caracterizar enquanto pessoa. Hoje faço 30 anos e a lista dos pré-30 pode até ter sido um verdadeiro fiasco com a chegada do vírus que nos veio atormentar a vida, mas sinto-me orgulhosa da pessoa que me vim a transformar ao longo destes 30 anos, do que aprendi para chegar até aqui. Hoje gosto de mim como nunca gostei e sei aquilo que quero e o que não quero, o que gosto e o que não gosto e para onde quero ir. Hoje sei que sou uma mulher decidida, que posso por vezes caminhar devagar, mas que acabo por chegar ao meu desejado destino. Hoje sei que fui abençoada com todas as pessoas que passaram pela minha vida, mesmo que agora não façam parte dela, mesmo que me tenham magoado pelo caminho ou até que simplesmente me tenham aborrecido, mas fizeram de mim uma melhor pessoa.

         Chego aos 30 com a tranquilidade que sempre desejei, com a vontade de ser mais e melhor. Cheguei aqui com a capacidade de me auto-avaliar, de me fazer crescer, de me reconhecer e não é isso que mais desejamos? Chego aos 30 com a pele tão bonita como nos 20s (benditos cremes!), com o corpo melhor que os 25 e com uma confiança maior do que nas últimas três décadas. Chego aos 30 sem ter receio do que os outros acham da minha roupa, dos meus três pares de calçado ou dos meus brincos com bonecos. Chego aos 30 orgulhosa das minhas estrias e sem problemas de mostrar as pernas como tinha aos 16 anos. Chego aos 30 sem problemas de continuarem a achar que estou na entrada da casa dos 20s. Entro nesta nova década sem vontade de voltar à casa dos 20s, sem vontade de andar para trás e com o desejo de ver o presente e o futuro a cada dia que passa. 

         Chego aos 30 sem problemas de dizer que sou teimosa, com a mania das arrumações, que gosto de Yoga (quem diria, para uma antiga jogadora de andebol isto é bastante estranho), de um bom copo de vinho e de um filme meloso que não me obrigue a usar o cérebro, mas que me mexa com as emoções. Não tenho vergonha de dizer que como chocolate todos os dias, que canto sozinha no duche, em casa e que até me ponho a dançar descalça enquanto cozinho como se ninguém estivesse a olhar (e, realmente, não está). Gosto de dormir até às 12h00 ao domingo, gosto de passar o dia de calças de pijama no sofá a ver séries e adoro os meus momentos sozinha com um filme ou um livro. Hoje olho-me ao espelho e gosto do que vejo, cada vez menos me importo com o que os outros dizem ou pensam, apenas me quero sentir confortável na minha pele e consegui-o!

        Chego aos 30 com muito mais do que alguma vez imaginei, com um casamento (para quem dizia que nunca casaria antes dos 30!), uma licenciatura, um emprego que adoro, com uma casa a ser construída e com umas quantas viagens na memória (com o desejo de que fossem mais, mas é o que há!) e (iupi!) sem filhos. Chego aos 30 ao lado do amor da minha vida, com os amigos de sempre e com os que se tornaram para sempre. Chego aos 30 rodeada de pessoas que adoro, sem fazer fretes para estar seja com quem for, com o à-vontade de usar a palavra 'não' e sem qualquer arrependimento das minhas escolhas, actos ou decisões. Chego aqui cheia de memórias, cheia de fases na vida boas e menos boas, com mil e quinhentos milhares de lágrimas, mas com um milhão de sorrisos. Caramba, chego aos 30 completamente orgulhosa de quem sou!

        Hoje sinto vontade de celebrar,  não só da minha chegada aos 30, mas também da mulher em que me tornei. Hoje só posso sorrir, sinto-me uma verdadeira guerreira! Que os 30 me façam perder os receios da instabilidade, que os 30 me façam arriscar mais e que me façam deixar as inseguranças pelo caminho, que me façam deixar os apertos de coração das memórias para trás. Que esta entrada nos 'intas' me faça concretizar mais uns quantos sonhos profissionais e pessoais, que me façam ser uma melhor pasteleira e uma amiga mais eficaz para o ambiente. Que esta nova década que faça continuar a valorizar as pequenas coisas, que consiga trazer o meu marido para esse lado tão filosófico mas tão eficaz no bem estar e que me faça progredir nesta minha caminhada pelo mundo. Que estes 30 me façam deixar a minha marca no mundo, que me façam sentir como se ainda estivesse na casa dos 20s com a enorme vontade de mudar o mundo. Que os 30 me tragam ainda mais sorrisos, mais concretizações e memórias daquelas que nos aconchegam o coração!

           Venha de lá essa próxima década!

10
Fev21

A uma semana de fazer os 30...

(Imagem retirada daqui)

        Estou a apenas uma semana de entrar na casa dos intas e sair dos intes, um passo sem qualquer tipo de retorno. E a verdade é que tenho a sensação que os 29 ficaram por viver, sim, muita coisa aconteceu nesse tempo, boas e más, mas a verdade é que sinto que não tive oportunidade de criar memórias no meu último ano da casa dos vintes. Apercebi-me disso quando uma colega de trabalho mostrou um bolo de aniversário a dizer '27 anos', por momentos caiu-me a ficha e compreendi que já lá não volto.

        Mas não tenho receio de entrar na casa dos 30, muito pelo contrário, pois chego aos 30 com tanto com que nunca tinha imaginado! Em pequena tinha o hábito de olhar para algumas mulheres adultas, lembro-me mesmo de ser bastante pequena, talvez menos de 5 anos, e de desejar um dia ser como elas. Hoje apercebo-me que o meu maior orgulho não é ser como essas mulheres que algum dia ambicionei, mas ser eu própria. Consegui ao longo destes 30 anos moldar-me na pessoa que sempre desejei ser ou que pelo menos ambicionei. Desejei conseguir encontrar um equilíbrio com o mundo, comigo mesma e aceitar-me como sou e esse caminho foi sem dúvida feito ao longo destes 30 anos. Hoje, mais do que nunca, sei quem sou, o que quero, o que não gosto e para onde desejo ir. Hoje tenho uma confiança em mim que nunca pensei alcançar, uma tranquilidade em mim que jamais pensei sentir e isso deixa-me totalmente orgulhosa enquanto pessoa, enquanto Just. É claro que sei que não sou a filha perfeita, a irmã perfeita, a tia perfeita, a esposa perfeita, a amiga perfeita e nem a profissional perfeita, mas sei que tento sempre dar o melhor de mim, encontrar os meus erros, as minhas falhas e tentar mudá-las, tentar trabalhá-las. Hoje sei que sou um ser humano melhor, independentemente daquilo que digam, que comentem de mim, pois em mim tenho a certeza de que tento ser a melhor versão de mim mesma.

         Chego aos 30 com muito mais do que alguma vez sonhei conquistar, com alguns carimbos no passaporte, com um marido, com um curso superior feito e com uma casa a começar a sair do esboço. Chego aos 30 rodeada de amor, de pessoas maravilhosas que fui conhecendo ao longo do caminho e que me enchem de gratidão. Chego aos 30 reconhecendo a necessidade de parar, respirar, reflectir e de melhorar, seja no que for. Termino esta década dos 20 com a sensação de que fui uma lutadora, de que nunca cruzei os braços, afinal na última década tanta coisa se passou! Terminei a minha licenciatura, encontrei o meu primeiro emprego, encontrei o amor da minha vida, casei, trabalhei dentro e fora da minha área de formação e consegui alcançar o tão desejado lugar num estabelecimento público (mesmo que temporário). Fiz tanto nesta última década, criei tão boas memórias que é impossível não terminar de coração cheio, mesmo que esta pandemia me tenha vindo tirar o prazer de festejar os 30 com os meus.

           É verdade que não consegui terminar a minha lista dos pré-30, nem de longe nem de perto, que a Pandemia surgiu do nada e nos estragou todos os projectos do último ano, mas também aprendi a relativizar e sinto-me tranquila com isso. A verdade é que estes 30 não são o terminar de um capítulo, nem o virar de uma página, não os vejo dessa forma, vejo-os como mais umas linhas que irão acrescentar à minha história. Ainda falta uma semana, é verdade, contudo tenho vindo a reflectir sobre isto tudo e termino sempre com um sorriso. Não é isso que poderia desejar?

13
Jul20

Bodas de Algodão

IMG_20200710_112838.jpg

(Imagem de Just Smile)

        Faz hoje dois anos que o encontrei no altar. Faz hoje dois anos que o vi mais nervoso do que nunca. Faz hoje dois anos que trocamos alianças e que nos unimos como sendo um. Faz hoje dois anos que demos o nó.

         Se nas nossas Bodas de Papel dizia que o nosso primeiro ano de casados tinha sido um turbilhão de problemas e acontecimentos, finalmente tivemos direito ao nosso ano de lua-de-mel. Finalmente, entrou nas nossas vidas algum nível de tranquilidade e conseguimos dedicarmo-nos mais um ao outro, ao nosso casamento. Por vezes distraímo-nos e deixamo-nos cair na rotina, na correria do dia-a-dia e deixamo-nos apenas ficar agarrados aos nossos pensamentos. Outras vezes tentamos sair da nossa zona de conforto e saímos, voltamos a ir a parques e esplanadas (tirando em época de covid...), fazemos jantares saborosos dedicados a nós próprios. Este ano tivemos mais domingos nossos, de ficarmos a namorar no sofá ou simplesmente a ver televisão. Conversamos mais, sonhamos mais. Acertamos melhor os nossos horários. Começamos a concretizar o sonho de construir a nossa casa. Este foi sem dúvida o nosso ano, a força que ficou do primeiro poderá permanecer, o resto poderá ser para esquecer.

             Ao fim destes dois anos continuo com a mesma certeza que tinha no dia em que me casei, casei com o meu melhor amigo. Casei com a pessoa com quem mais quero falar, com quem mais quero estar, com quem mais quero partilhar. Casei-me com a pessoa que mais quero ver feliz, que mais quero ver bem. Casei-me com a pessoa por quem faço tudo para ver sorrir. Casei-me com a pessoa que me completa. Temos as nossas brigas, as nossas chatices, as nossas quedas na rotina. Temos a nossa necessidade de sermos abanados, temos a necessidade de sermos acordados, mas somos nós. Aqui há tempos perguntei-lhe como definiria o nosso casamento, respondeu-me "Como nosso", a resposta na altura não me satisfez, senti-a como incompleta e pouco reflectida. Hoje faz-me todo o sentido. É impossível comparar o nosso casamento, é impossível definir o nosso casamento, porque simplesmente é nosso. Hoje, este nosso completa dois anos e que venham muitos mais ao teu lado.

                   Juntos, para o infinito e mais além.

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