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justsmile

23
Ago17

Alternativas para Intolerantes à Lactose

(Imagem retirada daqui)

 

Já aqui falei da minha intolerância à lactose, algo bastante desagradável e que não é propriamente fácil de se viver com. Ainda assim, há coisas piores e aprendi a viver com este 'meu drama'. Ao ler um post da Olívia , em que a sua filhota está a fazer reacção ao leite, pediu-me para que lhe desse algumas alternativas ao leite. Admito que ao fim de três anos intolerante à lactose ainda continuo a descobrir coisas novas e a procurar alternativas para determinados alimentos que me causam alguma gula. Mas antes demais, acho importante explicar uma coisa muito básica, intolerância à lactose é diferente de alergia à proteína da vaca. A intolerância à lactose é o facto de o nosso corpo não produzir a lactase que irá degradar a lactose, tal como a imagem abaixo indicada e retirada daqui, em açúcares mais simplificados. Não conseguindo degradar a lactose o nosso corpo reage e trata de a eliminar do corpo de uma forma muito menos confortável. A alergia à proteína da vaca, é uma alergia como a qualquer outro alimento e tem vários graus de gravidade, podendo provocar a morte no seu caso extremo. No caso da intolerância podem ser ingeridos alimentos compostos por leite animal mas com a ausência da lactose, enquanto que na alergia à proteína da vaca tal coisa não acontece e o 'sem lactose' facilmente encontrado em alguns alimentos não é realmente suficiente.

Desde que me surgiu esta intolerância que tenho vindo a procurar alternativas alimentares para substituir alguns alimentos que não posso ingerir. Infelizmente, não são produtos propriamente baratos, mas tenho tentado equilibrar o preço com a qualidade do produto e com o facto de ser ausente de lactose.

 

Leite, sempre bebi leite e quando fiquei intolerante ainda tentei experimentar leites sem ser de origem animal, mas não consegui gostar. Leite de soja, leite de amêndoa e afins não eram para mim. Comecei a optar por leite sem lactose, onde não sinto nenhuma diferença de sabor, apenas de valor. O leite sem lactose, apesar de existirem várias marcas e vários leites com diferentes percentagens de lactose, são caros, 0,99€ é o mínimo que tenho pago e noto alguma diferença do leite de marca branca para o leite da Mimosa (o qual tenho maior preferência). Basta colocar os diferentes leites em dois copos de vidro e a diferença é evidente, os de marca branca são mais transparentes, mais aguados, e o da Mimosa não, é mais baço, mais consistente.

Natas, as natas foi uma das coisas que mais demorei a encontrar do meu agrado. Adoro natas em massas, quiches e para sobremesas, mas não foi propriamente fácil encontrar a adequada. Não gostando de alimentos de soja comecei por experimentar natas sem lactose, o que não foi fácil, pois só recentemente surgiram com mais regularidade no supermercado. No entanto, a consistência das natas sem lactose não era a que mais gostava até que experimentei as Alpro Soja, tanto para sobremesas como para cozinhar gostei muito da consistência (apesar de achar que nunca atingem aquela fofura que as natas normais atingem). Quem experimenta os meus cozinhados com estas natas não notam a diferença e é algo que posso usar sem qualquer problema.

Gelados, pela primeira vez este ano encontrei gelados sem lactose. Não são nada de outro mundo, comem-se bem, mas nem lá perto estão da suavidade de um gelado normal. Além de que só há ainda gelados para comer à colher. Mas ainda antes destes gelados terem surgido optei por comprar uma máquina de gelados que tenho aproveitado para me deliciar, não ficam tão cremosos como os que levam leite e natas normais, mas pelo menos deixam-me matar a gula.

Bolachas, as bolachas tenho-as descobrido através da leitura de muitos rótulos e por tentativa erro. Algumas, para os que têm intolerâncias mais graves, o facto de 'poder conter vestígios de leite' pode ser o suficiente para uma reacção, para mim é praticamente uma questão de pura sorte. As Yamys, baratas e saborosas estão completamente livres de lactose, as Oreo podem conter vestígios de leite, mas adoro e não tenho tido problemas. Surpreendentemente tenho encontrado muitas que são feitas à base de produtos de soja.

Queijo, este foi um dos meus principais erros quando fiquei intolerante à lactose. De cada vez que ia ao supermercado ia directamente à parte dos queijos sem lactose, até que numa das consultas o médico me referiu que o queijo flamengo, seja qual for a marca não tem lactose. Inconscientemente, andava a ser enganada nos pacotes de queijo mais caros que tinham o rótulo 'sem lactose' sem qualquer tipo de necessidade, podendo comprar qualquer queijo flamengo, mais barato e sem a possibilidade de qualquer reacção. Nunca mais usei outro queijo, apesar de existirem marcas que têm queijo mozarela e emmental sem lactose, mas para não gastar mais opto sempre por flamengo, mesmo para a cozinha.

Iogurtes, os iogurtes têm sido a minha maior dificuldade. Durante anos, anos mesmo, comi sempre iogurtes. Líquidos, com pedaços, sem pedaços, gregos e com cereais, no entanto desde que fiquei intolerante que ainda não encontrei iogurtes sem lactose que gostasse. Acho todos, de marca e marcas brancas, demasiado açucarados. Acho todos demasiado doces, nem mesmo quebrando com frutos secos ou fruta fresca os consigo comer. Os de soja são outro problema, pois simplesmente não gosto do sabor que fica na boca depois de os comer. Ainda não encontrei os iogurtes certos, mesmo depois de ter experimentando muitas marcas, mas como têm surgido novas marcas no mercado pode ser que em breve consiga encontrar os iogurtes que tanto anseio.

Produtos a ter em atenção a lactose, devido aos diferentes níveis de tolerância à lactose há produtos que umas pessoas aguentam e outros que não. É necessário então ter-se atenção a produtos que raramente nos lembramos que contém lactose, por questões de fabrico ou de conservação, nomeadamente, o fiambre, a massa folhada, cremes dos bolos, bolachas de água e sal e outros afins, tostas, salgadinhos, pizzas, croissants e até os batidos. Algo que fiz reacção foi ao McDonalds, possivelmente usam lactose para a conservação de hambúrguer, pois mesmo pedindo sem queijo tive uma reacção desagradável.

 

Produto sem alternativas à lactose, apesar da diversidade de produtos ser cada vez maior (proporcional ao número de casos que têm surgido) há ainda dois produtos que não consegui encontrar em Portugal, já confeccionados, sem lactose: molho bechamel e leite condensado. Ainda há mais as massas frescas feitas e pizzas pré-congeladas, entre muitos outros produtos. No entanto, são produtos que podem ser confeccionados em casa para quem tiver coragem de o fazer. O molho bechamel costumo fazer uma batota enorme com natas de soja e bons temperos juntamente com manteiga, no entanto o leite condensado nunca experimentei e só encontrei em sites espanhóis a opção sem lactose. Mas certamente que num futuro próximo estes produtos já surgirão sem problemas nos nossos supermercados.

 

A cada dia que passa vou aprendendo novas coisas e isto da lactose ensinou-me a confeccionar mais pratos, mais sobremesas que não posso comer fora de casa. Ir a um restaurante é um pequeno tormento em que se tem de ter muita atenção ao que se come, no entanto, há males piores e sinto que a intolerância à lactose não é o pior, não é fácil, mas não é o pior. A jornada vai sendo feita e à pergunta '- como consegues resistir?' a resposta é fácil, só de pensar no quanto iria sofrer depois de me deliciar com algo 'malígno,' desisto logo de tentar comer. Prefiro não comer do que sofrer.

 

P.S.: Olívia espero ter-te ajudado um bocadinho e se houver mais alguma questão, a que saiba responder, responder-te-ei com todo o prazer.

07
Ago17

Cuidar de mim com bons hábitos

(Imagem retirada daqui)

 

Gosto de cuidar de mim. Não sou uma pessoa muito vaidosa. Só uso saltos altos para casamentos, maquilhar é praticamente só para casamentos e nem sou dada a muitas bijutarias. Ele diz que isso é cuidar pouco de mim, eu nego firmemente. Eu cuido de mim, então Ele corrige e diz que tenho pouca vaidade em mim. Conceitos diferentes de vaidade, talvez seja isso que os dois temos, mas se há coisa que faço muito e que tento sempre melhorar é esse 'cuidar de mim'.

Posso não pintar o cabelo, posso até nem me maquilhar, mas há coisas em mim que cuido bastante e que gosto de as ter cuidadas. A minha pele é uma das coisas em que mais perco tempo, que mais despendo do meu dinheiro, mas que gosto de a ter cuidada e tratada. Devido a mil e quinhentas reacções alérgicas a produtos dermatológicos, hoje só uso na minha pele aquilo que o dermatologista me indica e não há um dia em que falhe na minha rotina. De manhã lavar o rosto com um produto anti-acne e passar o creme hidratante, à noite volto a repetir o processo e é coisa que não me cansa, por uma simples razão, vejo resultados. Apesar de todos os problemas de pele que tenho, da pele extremamente oleosa e que faz alergia a ela própria, tenho uma pele fantástica. Mas porquê? Porque cuido dela e tornou-se de tal forma uma rotina que se passar este passo do meu dia à frente noto imediatamente uma diferença. Cuido também da pele do meu corpo, é muito raro o dia em que saia do duche e que não coloque creme hidratante. ' não tenho tempo, dizem uns e eu apenas acho que é uma questão de hábito. Um hábito tão fácil de adquirir como lavar os dentes duas ou três vezes ao dia. Pode não ser algo que toda a gente repare, mas é algo que gosto de cuidar, a minha pele é para mim uma das minhas prioridades nos meus cuidados diários.

Mas não é só com a pele que me preocupo. Preocupo-me com o meu bem estar, com a minha alimentação e com o meu físico. No início deste ano decidi que em vez de deitar o pacote de açúcar todo no meu café iria passar a meio. Algo tão simples, mas que para mim teve um enorme impacto. Hoje, ando a tentar reduzir a um terço do açúcar no café. Eu sei, parece banal, parece parvo até estar a referi-lo, mas conhecendo-me como me conheço sei que as coisas comigo funcionam melhor quando vão sendo retiradas aos poucos e não tenho o objectivo de retirar o açúcar totalmente do café, mas pretendo diminuir o consumo de açúcar no meu dia-a-dia. Outra coisa que comecei a fazer no mês de julho (que o admito com alguma vergonha) é que ando a diminuir o consumo de refrigerantes. Quando era miúda não havia sumos em casa, só quando íamos comer fora (o que era muito raro), agora que sou adulta e os meus pais começaram a gostar de sumos, ou de pelo menos adoçar a água, dei por mim em quase a todas as refeições a beber refrigerantes. Quando dei por mim era uma coisa diária e que considerei desnecessária e decidi reduzir significativamente o meu consumo desses produtos. Há quase dois meses que tenho conseguido apenas beber refrigerantes ao fim-de-semana, diminui de tal forma as bebidas doces que quando as bebo já é em menor quantidade. Tenho noção que para alguém que lê isto seja algo ridículo, mas para mim, que vejo todos os dias no frigorífico os sumos e que gosto, abandonar este hábito não foi fácil, mas considerei importante e tenho-o conseguido fazer (e se dizem que ia ficar menos inchada, menos saciada, deixar os refrigerantes não alterou nada o meu corpo e a minha forma de estar, apenas achei que era necessário). Quanto à restante alimentação tenho-a mantido equilibrada como sempre o fiz e como o meu corpo sempre sentiu necessário (o meu corpo não aguenta grandes excessos).

E o exercício? Em 2015 comecei a piscina, em 2016 mantive a piscina uma vez por semana, mas com alguma irregularidade. Em 2017 consegui tornar-me mais disciplinada (apesar de em agosto parar e em julho que tive férias nem lá pus os pés). Não só mantive a piscina uma vez por semana, como comecei a praticar ioga semanalmente. Tenho-me obrigado a sair do trabalho e a fazer exercício por muito cansada que esteja (salvo raras excepções em que tenho outros compromissos), não só aumentei a quantidade de exercício como me mantive mais assídua. Admito que aqui sim, foi onde senti uma grande diferença. Sinto o meu corpo tonificado, o que agrada à vista, mas também me sinto mais saudável. Sou capaz de dar uma caminhada ou subir uma rampa sem me sentir cansada e apesar de em 2017 ter começado a trabalhar quase 50 horas por semana (algumas semanas talvez mais), sinto-me bem. 

Depois há aquelas pequenas coisas em que ainda gosto mais de cuidar de mim. Ler um bom livro à noite, enquanto espero por Ele no sofá, sem sequer tocar no computador, é cuidar de mim. Pintar as unhas, com os meus vernizes coloridos, é também cuidar de mim. Desligar-me das redes sociais o mais que consigo é também cuidar de mim.

Por isso se há coisa que não me podem dizer é que não cuido de mim. Cuido de mim, gosto de me sentir bem e saudável e estes pequenos hábitos que tenho melhorado ou que tenho implementado no meu dia-a-dia só me fazem sentir bem. São pequenas coisas que fazem a diferença à minha auto-estima, à minha mente e ao meu corpo. São pequenos pedaços do meu dia que são inteiramente dedicados a mim e que só me fazem bem. Será que isto de dedicar uma parte do dia a mim também pode fazer parte do estilo de vida minimalista? Parece-me que sim.

O próximo passo? Tentar todos os dias fazer um bocadinho de meditação, falta-me apenas a coragem para começar tal coisa.

28
Jun17

O drama das intolerâncias alimentares

(Imagem retirada daqui)

 

Se em pequena a minha mãe se queixava que era difícil dar-me de comer, desde que sou gente que gosto de comer. Comer é um dos prazeres da minha vida. Não sou pessoa de muitas esquisitices e só me recuso a comer três alimentos. Gosto de doces, de salgados, de legumes, de peixe, de carne, tudo o que vier é bom. Mas admito que tenho uma perdição maior por doces, adoro doces! E há alturas que simplesmente me apetece comer doces, seja por conforto emocional, seja por simples apetite. Então em festas é muito fácil perder-me pelas mesas dos doces, nos pudins, bolos, mousses e afins! Até ao dia em que fiquei intolerante à lactose. Não, não é desde sempre é apenas desde 2015.

Nos últimos três anos tenho aprendido a viver com esta intolerância que, desrespeitando esta minha dieta, me provoca imensas dores e crises intestinais terríveis. Há três anos que tenho aprendido a viver com estas minhas limitações alimentares que este problema me causou. No entanto, quando me perguntam como consigo resistir é fácil dar uma resposta. Normalmente olham-me com pena, com um ar de 'coitadinha', que nunca me agradou, mas que compreendo. E a resposta que tenho sempre pronta é a mesma, é fácil explicar que as dores provadas por esta intolerância são tão grandes, tão repentinas e tão duradouras que perco imediatamente a vontade de comer seja o que for que contenha qualquer coisa à base de leite. Há dias que são mais fáceis que outros, em festas de aniversários e casamentos custa-me imenso dizer sempre que não àquelas sobremesas com as quais sabia que me ia deliciar. Outros dias enche-me uma saudade enorme de comer gelados de pau, como Magnum, Cornetos e afins (os gelados já chegaram a ser o meu maior pecado). Tenho saudades de chegar a um restaurante e não ter de me preocupar com o que peço para comer ou deixo de pedir e até tenho saudades de não ouvir a típica piada 'Ah não quer sobremesa? Faz muito bem que é para manter a linha.' ou ainda 'Mas porquê? Não gosta de queijo ou de natas?'. Tenho até saudades de comer descansadamente um bolo de massa folhada e creme e não ter de me preocupar se terei algum tipo de reacção.

Apesar de todos os 'ses' que esta intolerância alimentar me trouxe, também fez com que aprendesse muito. Aprendi a confeccionar mais refeições e doces que contenham natas, molhos, e leite, para pelo menos me poder desforrar em casa. Aprendi a ter um maior auto-controlo no que como e apesar de às vezes pecar um bocadinho, tenho conseguido controlar mais ou menos as minhas necessidades e os meus limites. Aprendi que uma intolerância alimentar ainda é vista como uma 'esquisitice' ou mesmo uma mania. Aprendi ainda que nem os próprios funcionários de restaurantes sabem, por vezes, responder às composições dos pratos que servem. E aprendi que ser intolerante não é assim tão mau quando existem males bem piores por aí. A vantagem? Desde que assim fiquei que pelo menos têm sido criados cada vez mais produtos sem lactose, sorte que não tinha no início desta aventura.

Ter uma intolerância alimentar, seja ela qual for, é muito complicado. Tem de se ter muita força de vontade para nos auto-controlarmos quando vemos à nossa frente imensa coisa deliciosa em que nem podemos tocar, mas a verdade? As consequências da sua ingestão é tão grande que aprendi a controlar-me de uma forma natural. Volto a dizer, há dias mais fáceis e outros menos, mas no fundo é uma questão de auto-protecção e não de esquisitce!

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