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justsmile

29
Dez20

E sobrevivi a 2020...

(Imagem retirada aqui)

       Melhor do que poderia imaginar.

    2020 foi um ano extremamente estranho para todos. Em outubro de 2019 comecei a ver a série da National Geographic "The Hot Zone" sobre a ébola e em março de 2020 parecia estar a viver num filme de ficção científica, tão semelhante à série que se tornou verdadeiramente assustador. 2020 transformou-se no ano que nenhum de nós alguma vez imaginou viver, os medos, os receios, todos surgiram à flor da pele e tudo isso alterou a nossa sociedade de uma forma drástica. Enquanto uns aproveitaram para redefinirem prioridades, focarem-se nas coisas boas, noutros fez com que o pior da estupidez humana sobressaísse. Este 2020 foi sem dúvida um ano de extremos.

     Já para mim, 2020 veio com a calma e tranquilidade que tanto desejei em 2019. O confinamento fez com que conseguisse integrar na minha rotina o conceito de 'slow living', consegui dedicar mais tempo a mim própria, mesmo quando o trabalho estava no auge da loucura. Dediquei-me mais tempo ao exercício, a séries e a filmes e tudo isso fez com que desacelerasse o ritmo de vida que levava e sabem? Fez-me muito bem! Consegui fazer coisas que há anos desejava incluir no meu dia-a-dia e mesmo depois do desconfinamento, consegui manter algumas dessas coisas no meu quotidiano e por isso me sinto orgulhosa. 

      Consegui ao longo deste ano voltar a redefinir as minhas prioridades, a focar-me em coisas que há muito desejava, mas também aprendi quem são as pessoas realmente importantes na minha vida. O confinamento deu-me as maiores evidências de quem são as pessoas que se preocupam verdadeiramente comigo, quem são as pessoas que estarão sempre ao meu lado e admito que algumas foram uma surpresa. A passarada passou de amigos a família, sinto-os como se fossem membros da minha família, pessoas que me fazem rir quando preciso, são os primeiros com quem desabafo quando preciso e sei que são os que estarão sempre aqui para mim (mesmo que estejam entre 200 e 600km de distância). E as pessoas com quem trabalhava preencheram-me o coração imensas vezes, sempre que precisava eles eram um porto de abrigo e isso fez-me valorizar ainda mais as pessoas que tinha na minha vida.

      2020 deu-me ainda novas oportunidades, mudei para um emprego que há muito desejava, conseguimos finalizar o processo burocrático da nossa casa e fazer um empréstimo para a começarmos a construir. É claro que muitos dos meus objectivos para 2020 ficaram por realizar, muitas das pequenas coisas que queria transformar em memórias ficaram para trás, mas outras tantas surgiram! Não consigo dizer que 2020 foi um óptimo ano, longe disso, mas também não consigo dizer que foi um péssimo ano. 2020 foi simplesmente um ano bastante estranho...

       Agora que venha um 2021 melhor para todos nós! E o vosso 2020, como foi?

       (E eu que estou a menos de 2 meses de fazer os 30 e não completei a minha lista dos pré-30!)

21
Dez20

Querido Pai Natal,

        Querido Pai Natal,

       Não poderia faltar a tradição e cá estou eu, mais um ano, para pedir coisinhas ao rico Pai Natal, mas a verdade é que este ano nem sei bem o que te pedir. Apesar da chegada do covid-19 acabaste por concretizar a maioria dos pedidos que te fiz no ano passado, mas sejamos sinceros, também não fui nada exigente. Acabaste por dar a saúde e as coisas boas aos meus sobrinhos, a reforma ao meu pai e até baixaste os preços do Porto para Roma, pena não ter ido a lado nenhum graças ao bicho cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado, mas a culpa não foi tua. A sensação que tenho deste 2020 é que muita coisa me escapou por entre os dedos, mas não por falta do tempo, simplesmente por o tempo ter estagnado. O isolamento, o confinamento e o distanciamento impediu-me de criar tantas recordações com quem gosto que sinto que 2020 realmente foi um ano, praticamente, nulo. Será que posso considerar que em breve faço outra vez 29 anos?

        Este ano até foste meiguinho para a minha irmã, deste-lhe mais um rebento, é verdade que a viagem ficou fora do percurso, mas chegou mais um sobrinho amoroso (que continuo sem ter pegado ao colo...). Teve um ano mais descansado em casa com a gravidez e agora com a licença, acho que ela acabou por desacelerar um bocadinho a vida e estava realmente a precisar. Para o ano dá-lhe trabalho, um bom emprego, ela já tem, mas pelo menos que tenha um bom ambiente e que goste do que faz. Ao meu irmão continua a dar-lhe a boa vidinha que tem, ele gosta e acho que aprecia bem a tranquilidade que vai tendo, ele até apreciava uma casinha, mas como a coisa não tem estado fácil para encontrar, não sou exigente.

         Não posso pedir mais nada para os meus sobrinhos a não ser muitos sorrisos e muita saúde. Caramba! Estão tão crescidos, acreditas que dois já sabem escrever e que o terceiro irá aprender no próximo ano? Começo mesmo a sentir-me velha, eles já não são aqueles pequeninos que pegava ao colo e que enchia de beijos, eles agora até são capazes de gozar comigo, acreditas tu nisto? E para o mais pequenino e mais recente só desejo muita saúde e que finalmente tenha a oportunidade de ser abraçado pela família toda (vá bicho cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado, chô, vai-te embora!).

         Para os meus pais foi um ano bom, ficaram sem o cruzeiro de sonho deles, ms pelo menos o meu pai sempre conseguiu a reforma que tanto desejava e anda realmente mais tranquilo. Vê lá tu que agora até decidiu virar-se para a bricolage! Quem diria, o senhor meu pai virar-se para bricolage! A minha mãe deu-nos alguns sustos, um que ainda hoje prefiro ignorar que realmente aconteceu, e só desejo saúde e força mental para ela. Dá muita saúde aos meus pais, por favor, preciso deles e eles de mim, mas a saúde tem de estar presente. Acho que tendo eles isso, já serão felizes.

         O que te pedi para o amor da minha vida no ano passado foi paciência, muita. Não sei se te chegaste a esquecer de lhe dar a prenda ou se simplesmente não lhe deste em quantidade suficiente, é que este ano o pedido é o mesmo. Ah e faz-me um favor, ensina-lhe a conseguir desligar do trabalho, é que o homem ultimamente tem vivido para o trabalho e acaba por se esquecer que há uma vida para além disso tudo!

        Para mim, ora... a viagem esfumou-se com a chegada do bicho cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado, a casa teve alguns avanços, mas ainda não tem tijolos, pelo menos sorte tive alguma. Consegui encontrar um novo emprego que há muito desejava, com várias vantagens pelo meio. Liguei-me a pessoas que sei que nunca mais sairão da minha vida. Passei muito tempo em casa e a apreciar o slow living como há muito desejava e comi séries como não o fazia há anos. Dediquei-me mais à cozinha e até consegui criar uma rotina de limpezas que me dá mais tempo para fazer o que realmente gosto (mesmo que seja nada). Sei que não concretizaste alguns dos meus desejos, aliás a maioria, sei que 2020 foi um ano assim-assim, mas a verdade é que fui compensada em outras coisas. Eu e os meus tivemos saúde, senti muito amor de amigos e da família, senti saudade o que me fez compreender de quem realmente gosto e tive uma nova mudança na vida, que há muito desejava. Para o próximo ano peço-te duas coisas, ouve bem, duas: saúde e a casa. Não peço assim tanto, aliás, acrescenta aí no fim da lista, trabalho, até porque o meu contrato acaba em Agosto e trabalho é um bem essencial à carteira e à sanidade mental, sim? Quanto à casa está para começar, mas dá-me alguma força para que corra tudo bem, sem grandes derrapagens e com o timing desejado (se calhar até já estou a pedir demasiado).

       E obrigada, obrigada por me teres dado alguma da tranquilidade que pedi em 2019, acredita que me soube muito bem! Agora, desejo muito que 2021 seja um melhor ano para o Mundo e para todos nós, nisso podes atirar os teus pauzinhos de perlim-pim-pim para ajudar, todos te ficamos agradecidos!

        Bom Natal e muitos docinhos!

18
Dez20

As leituras de 2020

livros.jpg

       Este ano consegui atingir o meu objetivo do Reading Challenge foram 12 meses com a leitura de 13 livros. Denotei em mim uma certa irregularidade na minha leitura, houve alturas em que lia muito e devorava tudo, outras demorava imenso tempo a ler um livro. A verdade é que mesmo as minhas leituras e a vontade que me deram a ler foram como uma montanha russa, houve livros que adorei ler este ano, mas houve tantos outros que foram um verdadeiro aborrecimento ou uma desilusão.

        A desilusão que tive ao ler o primeiro livro do ano, Insustentável Saudade, foi uma espécie de presságio de muitos dos livros que viria a ler ao longo de 2020. Desiludi-me com uns quantos livros, talvez por ter expectativas elevadas ou por desejar sempre uma coisa e sair-me outra. A Gorda foi um livro que me saiu completamente ao lado do esperado, A Última Palavra foi um dos livros mais aborrecidos que li este ano e apanhei uma enorme desilusão com Os Testamentos e até gostei de ler a Biografia de Sofia Tolstoi, mas realmente não é um dos livros que mais prende.

       Mas apesar das desilusões 2020 foi um excelente ano para novas descobertas, sem dúvida que o prémio de melhor livro de 2020 para mim é Para onde vão os guarda-chuvas, este foi um dos livros que subiu imediatamente para o meu topo dos melhores livros que já li. Adorei tudo o que ele transmitiu, adorei o facto de ser um livro completamente diferente daquilo que estou habituada a ler e ainda apreciei mais a moral que vai transmitindo ao longo do livro. Este foi sem dúvida um dos livros mágicos de 2020. Mas também gostei de ler Joël Dicker (e quem não gosta?) e conclui a leitura de todos os livros deste autor. Adorei o primeiro livro que li da Margaret Atwood A História de uma serva, apesar do segundo ser uma verdadeira desilusão. E voltei a ler sobre o Holocausto com O tatuador de Auschwitz, assim como continuei a leitura da saga Millennium e que até estou a apreciar bastante.

        Este não foi um ano cheio de excelentes leituras, tive leituras muito más, mas também tive leituras muito boas o que ajudou a equilibrar a balança. Espero pelo menos no próximo ano ter tantas coisas boas para ler como neste ano de 2020.

          E como foram as vossas leituras de 2020?

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