Os Testamentos (10/12)
(Imagem retirada daqui)
Depois de ter lido A história de uma Serva fiquei imensamente curiosa com a sua sequela, Os Testamentos Admito que esperava um livro dentro do mesmo alinhamento do primeiro, em que a Serva seria a personagem principal e que a história teria uma espécie de continuidade, no entanto, não foi isso que aconteceu. Os Testamentos é realmente a continuação da história de Gileade, mas as personagens e o tipo de livro são totalmente diferentes. Este novo livro da autora, em que partilha o que realmente aconteceu nos últimos dias de Gileade, é na verdade uma espécie de diário de três personagens totalmente diferentes mas que ajudam na contribuição para o declínio de Gileade.
Acho que este livro me prendeu mais pela curiosidade de saber o declínio de Gileade, do que propriamente pela sua escrita. A história foi contada por uma Tia, uma filha de Gileade e a pequena Nicole desaparecida no final do último livro e isso transformou todo o livro e tudo o que esperava dele. Acredito que o livro se prendeu mais à vida destas três personagens do que nas vivências de Gileade, os jogos de poder foram abordados, mas tornou-se complicado conseguir compreender o que aconteceu realmente durante esse declínio, apenas o que levou ao início da sua queda.
Não desgostei totalmente do livro, como também não gostei tanto dele como do primeiro. Sei que foram escritos com uma grande diferença temporal e que o segundo livro era necessário para terminar de contar a história de Giledade, mas tenho para mim que não foi tão bem conseguido como o primeiro. Ainda assim, foi uma leitura positiva de 2020. Mais alguém com a mesma opinião?