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justsmile

15
Jul20

Deixar para trás

(Imagem retirada daqui)

        Por vezes guardamos as coisas negativas da nossa vida sem nos apercebermos disso. Trazemos aos ombros ou na memória como um pequeno desconforto, não é pesado, mal damos pela sua presença, mas de volta em volta, lá se mostra mais pesado que os outros dias. Acabamos por sentir que está sempre connosco, como uma pedra no sapato. Poderá ser uma desilusão, uma pequena dor, um abandono ou até a saudade de algo que já não volta. São pequenos sentimentos negativos que nos fazem sentir presos a algo, sem saber bem o quê, mas que fica no nosso inconsciente. Que traz consigo a nostalgia num dia cinzento ou a saudade de uma conversa com alguém que já não faz parte da nossa vida.

          Hoje, tenho uma vontade enorme de deixar esses momentos negativos fora da minha inconsciência. Quero deitá-los ao lixo. Quero voltar a caminhar sem pedras nos sapatos e de ombros leves. Quero deixar as conversas desagradáveis fora das minhas memórias. Quero esquecer as traições, as desilusões e as faltas de consideração. Quero deixar para trás o que fez parte do passado e que já não faz mais. Quero esquecer a saudade de algumas pessoas que não fazem parte da minha vida. Quero esquecer a mágoa, a dor, a saudade. Não quero voltar a pensar em momentos tristes. Quero que fiquem fechados numa caixa e que desapareçam no meio da tempestade. Quero cruzar-me com algumas pessoas na rua sem ter de pensar nas mil e quinhentas histórias do passado. Quero voltar a sítios e que estejam limpos de maus momentos. Quero que fique o bom.

          Hoje quero que fiquem as memórias boas e não as razões dos afastamentos. Não quero reaver as pessoas, mas também não lhes quero guardar a mágoa. Este é o meu problema, perdoo, mas fico sempre com a memória gravada da mágoa. Quero afastar-me disso. Quero poucos, mas bons. Quero estar grata pelo que tenho e não pensar no que perdi. Quero aprender com as desilusões, mas ficar de alma leve depois de cair. Hoje quero deixar os sentimentos maus para trás.

13
Jul20

Bodas de Algodão

IMG_20200710_112838.jpg

(Imagem de Just Smile)

        Faz hoje dois anos que o encontrei no altar. Faz hoje dois anos que o vi mais nervoso do que nunca. Faz hoje dois anos que trocamos alianças e que nos unimos como sendo um. Faz hoje dois anos que demos o nó.

         Se nas nossas Bodas de Papel dizia que o nosso primeiro ano de casados tinha sido um turbilhão de problemas e acontecimentos, finalmente tivemos direito ao nosso ano de lua-de-mel. Finalmente, entrou nas nossas vidas algum nível de tranquilidade e conseguimos dedicarmo-nos mais um ao outro, ao nosso casamento. Por vezes distraímo-nos e deixamo-nos cair na rotina, na correria do dia-a-dia e deixamo-nos apenas ficar agarrados aos nossos pensamentos. Outras vezes tentamos sair da nossa zona de conforto e saímos, voltamos a ir a parques e esplanadas (tirando em época de covid...), fazemos jantares saborosos dedicados a nós próprios. Este ano tivemos mais domingos nossos, de ficarmos a namorar no sofá ou simplesmente a ver televisão. Conversamos mais, sonhamos mais. Acertamos melhor os nossos horários. Começamos a concretizar o sonho de construir a nossa casa. Este foi sem dúvida o nosso ano, a força que ficou do primeiro poderá permanecer, o resto poderá ser para esquecer.

             Ao fim destes dois anos continuo com a mesma certeza que tinha no dia em que me casei, casei com o meu melhor amigo. Casei com a pessoa com quem mais quero falar, com quem mais quero estar, com quem mais quero partilhar. Casei-me com a pessoa que mais quero ver feliz, que mais quero ver bem. Casei-me com a pessoa por quem faço tudo para ver sorrir. Casei-me com a pessoa que me completa. Temos as nossas brigas, as nossas chatices, as nossas quedas na rotina. Temos a nossa necessidade de sermos abanados, temos a necessidade de sermos acordados, mas somos nós. Aqui há tempos perguntei-lhe como definiria o nosso casamento, respondeu-me "Como nosso", a resposta na altura não me satisfez, senti-a como incompleta e pouco reflectida. Hoje faz-me todo o sentido. É impossível comparar o nosso casamento, é impossível definir o nosso casamento, porque simplesmente é nosso. Hoje, este nosso completa dois anos e que venham muitos mais ao teu lado.

                   Juntos, para o infinito e mais além.

09
Jul20

A Gorda (9/12)

(Imagem retirada daqui)

       Há algum tempo que tinha este livro na lista das leituras desejadas, por conselhos de bloggers e amigas. Há alguns meses que estava ali na estante e decidi pegar-lhe depois do fiasco de ler A última palavra. Não sei porquê, mas considerei que o livro iria ter a leveza que precisava após um livro tão aborrecido. My mistake. Este é um livro sobre uma mulher que toda a vida teve complexos com o seu corpo, com o seu tamanho e em que o amor lhe surgiu uma única vez na vida. Até aqui tudo bem, o meu problema foi em criar uma relação empática com a personagem. Apesar de ser uma mulher que se comporta, quase sempre, de forma adequada para com a sociedade vi nela um egocentrismo demasiado grande para conseguir gostar da personagem. A Maria Luísa simplesmente me pareceu uma mulher amargurada com a vida e que nunca vez mais do que queixar-se e deitar a culta a tudo e a todos pela sua amargura, conformando-se com isso. Sei que nasceu numa outra geração, mas nunca lidei muito bem com personagens que gostam do 'coitadinha' e que evitam transformar a sua vida.

        Apesar do livro não ter sido do meu agrado, por isso mesmo demorei tanto tempo a lê-lo, gostei da viagem que fez no tempo. Nascida em África e filha de pais retornados, a perspectiva da vida de Maria Luísa era diferente de qualquer outra pessoa. A sua casa mostrava as heranças do país onde tinha nascido e de tudo o que a mãe tinha conseguido trazer do seu velho lar. A mudança, a transformação nas suas vidas e uma nova vida foram temas abordados ao longo do livro e, para mim, das partes mais interessantes do mesmo. Acho que o facto de não ter conseguido criar uma relação de proximidade com a personagem fez com que este livro fosse lido, apenas para ser lido. 

         Sorry Magda e Alexandra!

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