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justsmile

22
Jun20

Ele #15

Não gosto de andar às turras com Ele.

Não gosto de me chatear com Ele, mas também não gosto de me perder n'Ele e esse é um dos meus maiores medos.

Sinto que às vezes sou um bocadinho injusta com Ele, talvez sejamos um bocadinho um com o outro de longe a longe.

Mas no final do dia vejo o meu melhor amigo, vejo-o como a pessoa que me preenche e que me faz feliz.

Vejo n'Ele a minha felicidade, todos os dias. 

E como costumo dizer, não gosto d'Ele todos os dias e todos os minutos, mas Amo-o todos os segundos da minha vida.

18
Jun20

"E o bebé, quando vem?"

(Imagem retirada daqui)

         Num destes dias estava à conversa com a minha irmã sobre bebés. Ela espera pelo segundo filho e eu comentava com ela como ter filhos ainda me assusta. À minha volta estão bebés por todo o lado ou grávidas, vejo as minhas amigas de infância terem filhos e fico muito feliz por elas, mas ainda não me consigo ver como mãe ou como grávida e esta é a pergunta que mais me fazem nos últimos tempos. Quase a fazer dois anos de casada a primeira pergunta que me fazem quando me vêem passado algum tempo ou até pela primeira vez, é: para quando o bebé. Prontamente respondo "primeiro tenho de dar à luz uma casa e depois logo se verá", claro que isto pode ter dois tipos de caminhos, iniciar uma série de argumentações em como a nossa casa é pequena e mal dá para nós ou em como não devemos esperar muito tempo e blá blás. Ultimamente não tenho tipo hipóteses em conseguir fugir a este tipo de questões, mas a verdade é que não é só a casa que me impede de ter filhos neste momento (apesar de, acreditem, é um dos principais motivos), mas é também a sensação de imaturidade e até mesmo (quem sabe) de algum egocentrismo.

       Ser mãe sempre foi uma das coisas que desejei e continuo a desejar, não me interpretem mal, mas sinto que ainda não fiz tudo o que queria fazer antes de avançar para essa nova fase da minha vida. Sinto que neste momento sinto-me tão plena na vida que tenho e no meu corpo que alterar tudo isso torna-se, ligeiramente, assustador. Gosto da minha liberdade, gosto da minha capacidade financeira para pensar numas férias, gosto de ter os meus momentos sozinha com o meu livro ou uma boa série, adoro manter a casa arrumada e gosto da nossa relação, a dois. Por muito que queira acreditar que algumas das coisas se mantêm depois de ter um filho, eu não consigo acreditar que a transformação não será mais que gigante e que a minha vida será totalmente diferente e dedicada ao trabalho e a um ser pequenino. Receio perder o meu espaço, o meu momento e até toda a tranquilidade interna que fui conquistando ao longo dos anos. E é aqui que vejo o meu egocentrismo, ainda não fiz o mestrado que queria, ainda não visitei Nova Iorque como imaginava e ainda não fui capaz de fazer aquela Roadtrip por Itália que teve de ser adiada. E sinto que ao ter filhos estou a adiar indefinidamente os meus projectos pessoais.

         Sei e tenho a certeza que se vier a ser mãe sem tais conquistas isso não me fará confusão e que amarei qualquer ser vindo de mim, mas neste momento sinto que corro contra o tempo e que este não está a meu favor. Ele quer filhos, eu quero aventura, quero crescimento e só depois os filhos. Temporalmente as coisas parecem não ter qualquer tipo de congruência e sei o que vão dizer "mas vais poder fazer tudo isso com filhos" e até acredito que sim, mas sei que tudo será muito mais complicado, muito mais sofrido e não sei até que ponto é que não desistirei desses objectivos com o intuito de ser uma boa mãe.  E o meu corpo? Finalmente me sinto confortável na minha pele, pela primeira vez estou como sempre desejei e sinto que ao ter filhos o meu à-vontade irá desaparecer. Sei que poderá ser tudo da minha cabeça, mas a verdade é que com a chegada de um bebé a minha vida mudará para sempre.

        E estou cansada da pergunta "e o bebé quando vem? Não deixem para muito tarde que depois são só problemas e já não vão ter paciência", pois em mim a resposta nunca é tão simples como a que dou a entender, inicia-se sempre uma batalha argumentativa dentro da minha cabeça em que só me apetece parar o tempo e deixar correr. Quero filhos, só gostava de ter mais meia dúzia de anos para os ter.

15
Jun20

Conversas sobre Crescer - Red Table Talk

(Imagem retirada daqui)

          Ultimamente tenho dado por mim a levantar algumas questões sobre mim mesma, os meus ideais, as minhas relações e até sobre o conceito que a sociedade tem sobre algumas palavras e tudo devido à Red Table Talk. Esta é uma série do Facebook com principais personagens a família Smith, onde Jade juntou três gerações diferentes para debater algumas temáticas essenciais ao nosso crescimento. Há algum tempo que até me considerava uma mulher muito crescida e até bastante resolvida, mas tenho-me apercebido que há ainda tanto que tenho de aprender, mudar e interpretar. A forma simples e real como Jade, Willow e Gammy levantam as temáticas fazem com que nos sintamos integrados nas conversas. Alguns dos conceitos que mais me têm levantado questões têm sido a cor da pele e o casamento, as diferentes interpretações sobre alguns acontecimentos e até sobre o próprio conceito.

        Tenho aprendido e reaprendido que é essencial lidarmos connosco próprios sem nos perdermos pelo caminho, manter as nossas prioridades, os nossos sonhos sem nos perdermos no meio dos outros e das rotinas. E que isso é essencial em todos os aspectos da nossa vida, que o percurso é doloroso, que as decisões são difíceis, mas que sem elas não existe evolução ou qualquer tipo de crescimento. É ao ver a vida inspiradora destas mulheres, todos os obstáculos que ultrapassaram e todas as decisões que fizeram mudar as suas vidas que me relembro que nunca podemos parar de crescer. Que é importante não nos perdermos em conceitos definidos pela sociedade, que a palavra 'casamento' pode ser interpretada de variadíssimas formas e que nenhuma delas nos impõe seja o que for. Que o bem estar das relações parte principalmente do nosso equilíbrio pessoal e que esse equilíbrio é essencial para a harmonia da relação e até que existem temáticas difíceis de discutir mas que são necessárias para uma boa relação.

        Tenho aprendido sobre a cor da pele, sempre vi os seres humanos sem cor de pele, apenas como seres humanos. Pelo menos pensava isso e fui aprendendo que existem muitas realidades para além da minha e que, mesmo sendo-se famoso, as coisas nunca são tão simples quanto podemos pensar. A cor de pele é uma temática com dois sentidos, não apenas um e tenho aprendido que isso depende de dois lados e não apenas de um.

        Red Table Talk tem sido uma lufada de ar fresco, sobre temáticas difíceis, sobre temas sensíveis, mas que nos fazem aprender imenso. Mais que não seja, faz-nos querer reflectir e a mudança de tudo na vida começa por aí, por uma reflexão e a vontade de mudança.

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