Mil vezes adeus (6/12)
(Imagem retirada daqui)
John Green surge na minha vida de cada vez que preciso de um livro mais leve, para intercalar com algo mais difícil de digerir. Este foi o livro perfeito para ler a seguir a Para onde vão os guarda-chuvas, depois de tal livro é necessário re-introduzir a leitura com algo mais ligeiro, de mais fácil leitura e que não nos obrigue a utilizar tanto o cérebro. E John Green, como sempre, cumpriu com o seu prometido. Este é um livro de adolescentes, ligeiro, mas que fez viajar como todos os outros livros do autor. Fez-me viajar pelo meu primeiro amor, pelas dúvidas da adolescência e sobre a falta de auto-estima que tão bem caracteriza essa altura das nossas vidas. As personagens são simples, o enredo é levado facilmente e o final traz sempre aquele aconchego no coração que tão bem sabe.
Aza, além dos problemas normais da adolescência, apresenta um estado psicológico clínico que a faz questionar sobre a sua própria existência. Sobre se é realmente quem é ou se são os seus problemas e pensamentos que a transformam na pessoa que é. Mais do que falta de auto-estima, Aza sente-se presa dentro de si própria, presa nos seus pensamentos e não consegue isolar-se de tal sentimento. Toda a sua vida é composta por ansiedade, repugnância e por pensamentos que não consegue controlar. A história de Aza envolve-se com a da melhor amiga e com o desaparecimento de um milionário. Estranho, mas possível.
Gostei bastante do livro, sem muita ciência, mas era exactamente disso que estava a precisar. John Green nunca me desilude.