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justsmile

30
Abr20

Mil vezes adeus (6/12)

(Imagem retirada daqui)

        John Green surge na minha vida de cada vez que preciso de um livro mais leve, para intercalar com algo mais difícil de digerir. Este foi o livro perfeito para ler a seguir a Para onde vão os guarda-chuvas, depois de tal livro é necessário re-introduzir a leitura com algo mais ligeiro, de mais fácil leitura e que não nos obrigue a utilizar tanto o cérebro. E John Green, como sempre, cumpriu com o seu prometido. Este é um livro de adolescentes, ligeiro, mas que fez viajar como todos os outros livros do autor. Fez-me viajar pelo meu primeiro amor, pelas dúvidas da adolescência e sobre a falta de auto-estima que tão bem caracteriza essa altura das nossas vidas. As personagens são simples, o enredo é levado facilmente e o final traz sempre aquele aconchego no coração que tão bem sabe.

         Aza, além dos problemas normais da adolescência, apresenta um estado psicológico clínico que a faz questionar sobre a sua própria existência. Sobre se é realmente quem é ou se são os seus problemas e pensamentos que a transformam na pessoa que é. Mais do que falta de auto-estima, Aza sente-se presa dentro de si própria, presa nos seus pensamentos e não consegue isolar-se de tal sentimento. Toda a sua vida é composta por ansiedade, repugnância e por pensamentos que não consegue controlar. A história de Aza envolve-se com a da melhor amiga e com o desaparecimento de um milionário. Estranho, mas possível.

          Gostei bastante do livro, sem muita ciência, mas era exactamente disso que estava a precisar. John Green nunca me desilude.

 

24
Abr20

Resumo desta quarentena

(Imagem retirada daqui)

      Estou há 42 dias em casa, isolada do contacto social, por mim, pelos meus e pelos teus. E como já desabafei por aqui, esta quarentena não deu para fazer nada daquilo que tinha imaginado, ingenuamente achava que iria ter mais tempo para fazer as coisas que gosto e que até seria capaz de confundir os dias da semana, errado. Continuo a ansiar pelos fins-de-semana, como sempre fiz, e o tempo continua a ser escasso, apesar da rotina já estar bem definida. Contudo, tenho pensado nas coisas que me têm feito bem ao longo desta quarenta, das coisas que mudaram desde o início até agora e até nos pensamentos ou nas coisas que aprendi desde que estou em casa.

 

        Aprendi que:

      - Teletrabalho é muito mais burocrático do que em qualquer outra altura. Trabalho mais do que em qualquer outra altura ou tenho momentos bem mais tediosos que em outra altura. Preciso de autorização para mexer cada perna e isso estraga a minha paciência, apesar de...

      - A ser mais paciente e por causa do teletrabalho. Tive mesmo de aprender a desligar um bocadinho minha ansiedade de avançar e fazer, para poder dar tempo para a obtenção de respostas.

       - É obrigatório fazer pausas em teletrabalho. As primeiras semanas foram de loucos e esquecia-me das pausas, algo que fazia no meu local de trabalho.

       - Basta ver notícias uma vez por dia. Apercebi-me que as notícias me estavam a criar alguma ansiedade e obriguei-me a vê-las apenas uma vez por dia, chega para me manter informada.

 

        Apercebi-me que:

       - Um T1 open-space não é muito prático para teletrabalho, principalmente quando estão dois em casa (pelo menos não é todos os dias).

        - Nunca agradeci tanto o facto de viver na aldeia e de ter uma varanda, acho que se não fosse isso já tinha enlouquecido.

        - Não saio de casa há precisamente 3 semanas, as compras têm todas sido feitas online (livros, comida, farmácia, café), nunca fui tão fã de encomendas online.

        - O blogs de Portugal é agora pago!Eu bem que achava estranho o raking ter desaparecido da barra lateral, mas só esta semana me apercebi do motivo.

 

         E compreendi que as coisas que me fazem bem são:

         - Ler, comecei a ler muito mais, até porque o maridinho está a fazer uma formação online quase todas as noites e aproveito para nesses momentos pôr a minha leitura em dia.

       - Fazer exercício físico e que me tem feito mesmo muito bem, principalmente desde que descobri a app milagrosa da ioga! Aumentei a frequência com que faço exercício e tem-me feito sentir muito bem, o ginásio também continua a mandar-nos exercícios e isso ajuda.

         - Fazer docinhos, mesmo que não seja com a frequência desejada, os docinhos aconchegam-me a alma.

      - Manter alguma rotina, vestir-me, arrumar o quarto e a cozinha, esticar-me, continuar a beber muita água, apanhar um bocadinho de sol na hora de almoço são coisas que ajudam a manter a minha sanidade mental.

        - Netflix, bendita Netflix! É a nossa companhia dos fins-de-semana e se não fosse ela já tínhamos ficado loucos de estarmos em casa.

 

        E apesar de ás vezes me sentir saturada, cansada de todo este isolamento e de estar cheia de saudades dos meus sobrinhos e até dos meus amigos, lembro-me que tenho de estar grata por todos os meus familiares estarem bem. Que todo este sacríficio vale a pena, pela saúde de todos nós e que tudo irá passar. Tudo tem um fim, certo?

22
Abr20

Para onde vão os guarda-chuvas (5/12)

(Imagem retirada daqui)

         Não é fácil falar de um livro que nos chegou tão facilmente ao coração. Nem sempre é fácil explicarmos como gostamos tanto de viajar nas palavras de um livro. Consigo admitir, até com alguma facilidade, que quanto mais gosto de um livro, mais difícil se torna falar sobre ele, porque falar do coração nem sempre é fácil. Este foi um desses livros, em que devorei as suas quinhentas e poucas páginas em poucos dias.

      Já há alguns anos que tinha vindo a ouvir falar do autor Afonso Cruz, mas nunca tinha lido. Os livros conseguem ser um bocadinho caros e difíceis de comprar em segunda mão, o que fez com que fosse ficando para o final da minha lista de desejos. Nesta quarentena, numa das promoções da Wook (que aproveito para dizer que amanhã estará com 20% de desconto em todos os livros, basta entrarem pelo link lateral que tenho ali) decidi mandar vir porque estava a um preço minimamente aceitável. Quando a encomenda chegou optei por guardar o livro que tinha em cima da mesa à espera de ser lido e comecei logo a ler este. Que boa decisão! Há muito, mas muito tempo mesmo que não me envolvia tanto num livro!

       Para onde vão os guardas-chuvas é mais do que um simples livro, é mais do que uma lição de vida é uma viagem por sentimentos, pensamentos e questões existenciais. É uma viagem por uma cultura tão diferente da nossa, por pensamentos tão estranhamente diferentes e ao mesmo tempo tão aceitáveis como os nossos. Esta é a história de vida de um produtos de tapetes, aqueles tapetes mágicos que o fazem ligar a Alá, mas que conta a sua história de uma forma ainda mais mágica. É a história de vida Fazal, mas é muito mais que isso, é sobre perda, sobre um amor maior que a perda, sobre a sua superação e sobre o reencontro. É um livro demasiado mágico para conseguir falar muito sobre ele, fiquei demasiado absorvida no seu sabor para o conseguir partilhar tão facilmente. O fim? A lição? Pela primeira vez posso dizer que é agridoce, as palavras finais do livro deixaram em mim uma sensação de perda e tristeza enorme e ao mesmo tempo um conforto no coração que é inexplicável.

          Nunca tanto recomendei um livro como este, leiam. 

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