"Desconcerto" que é concerto
(Imagem de Just Smile)
Na terça-feira passada fui ver o "Desconcerto" com alguns dos melhores artistas portugueses destes tempos. Comprei os bilhetes em Novembro, mas imprevisivelmente o homem inscreveu-se num curso e só fui eu, a minha mãe e uma amiga.Tirando o desconforto das cadeiras (que quem conhece o coliseu do Porto, sabe que não são) o concerto que não é concerto, ou que afinal até é, foi muito bom. Sou grande fã do Miguel Araújo e do António Zambujo, assim-assim da Luísa Sobral e admito que não sou grande adepta de César Mourão, mas considero que a união destes quatro artistas funcionou muito bem. Adorei o espectáculo que nos deram, assim como superou todas as minhas expectativas.
Quando compramos os bilhetes para o Desconcerto não sabia bem o que esperar, sabia que era um espectáculo de improviso, mas não fazia a menor ideia sobre o que realmente se tratava. O espectáculo é todo criado à volta dos espectadores que ali estão para ver o que se passa em cima do palco, os espectadores são as personagens principais deste concerto e acho que isso foi uma das coisas mais criativas que vi que nos últimos tempos. Enquanto César Mourão tentava entrevistar as personagens, Miguel Araújo e Luísa Sobral tentavam escrever as letras de uma música feita à medida das personagens. Adorei o espectáculo e ri-me imenso com todas as suas fases. É claro que houve os momentos "encher chouriços", mas César Mourão conseguiu muito bem dar a volta à coisa e acho que tudo se enquadrou na perfeição. Admirei imenso as capacidades criativas de cada uma das pessoas em cima do palco e, admito até, que com alguma inveja, até porque as letras ficavam simplesmente fantásticas!
Este foi realmente um Desconcerto, que para mim, se transformou num verdadeiro concerto.