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justsmile

31
Jan20

Não aprendemos com o passado...

(Imagem retirada daqui)

         E 75 anos depois tudo parece estar num ponto de partida em que existe a possibilidade de tudo se voltar a repetir. 75 anos depois, as pessoas e a humanidade parecem ter-se esquecido de todo o mal que houve, de como tudo foi assustador e injusto. 75 anos depois tenho a sensação de que estamos a começar a ouvir os mesmos comentários que Hitler, que estamos a ouvir uma argumentação impossível de contrariar pelo simples facto de vir de bocas em que nada se consegue mudar. 75 anos depois o meu maior receio é que a humanidade se esqueça de vez o que aconteceu, as consequências que existiram e a parvoíce de tudo algum dia ter começado.

         Ouvir alguém dizer parvoíces e coisas que não fazem qualquer tipo de sentido, como o André Ventura, é perfeitamente normal. Há sempre alguém que considera que a Xenofobia é a solução, que se esqueceu que há mais de 500 anos, nós os portugueses, fomos a praga para alguns países. Há sempre alguém que diz que o tempo do Salazar é que era bom. Infelizmente, isso é normal. Todos temos as nossas opiniões, o que me assusta não é haver uma ou outra pessoa assim (apesar do neo-nazismo, ser uma coisa verdadeiramente assustadora). O que realmente me assusta é o número de apoiantes deste tipo de pessoas que tem aumentado drasticamente. Parece que toda a gente se esquece que somos um país de emigrantes, que lá fora também temos emigrantes bons e maus, que não podemos generalizar de uma forma tão abrangente. É verdade que também não gosto da Joacine, mas em mundo nenhum isso me dá o direito de dizer seja o que for como André Ventura se achou no direito. Todos temos direito às nossas opiniões, sejam elas absurdas ou não, mas não temos o direito, em momento algum, de rebaixar seja quem for, de o atacar pela cor, nacionalidade, profissão ou outra coisa qualquer. Mas parece que André Ventura se está a tornar no justiceiro para muitas pessoas, pessoas que ainda não se aperceberam de que ele apenas quer um 'poleiro', que o percurso dele não começou no Chega e que fez coisas que diria nunca fazer. Ou seja, ele simplesmente é humano, mas oculta-o fazendo-se parecer um super-herói de meia-tigela que dá a voz a pessoas que têm tanta sensibilidade e inteligência como ele (denotem o tom irónico nesta última frase). Se diz algumas coisas acertadas? Admito que sim, que existem alguns aspectos que me fazem sentido, mas em mundo nenhum, a forma como o faz é correcta, principalmente na posição que toma. Ele sim, não tem qualquer tipo de educação e não sabe contextualizar ou participar no contexto em que está de forma correcta. Lamento, não é por eu gritar que o padeiro me vai dar o pão mais rápido ou que a minha vontade de ter o pão seja maior que a de qualquer outra pessoa. E a grande questão, no fim é, mas como é que as pessoas não vêem isso?

29
Jan20

Porque corremos tanto?

(Imagem retirada daqui)

        Desde que sou adulta que tento lutar contra uma coisa, a correria da vida. Tenho-me esforçado por deixar de correr tanto, de andar sempre de um lado para o outro feita barata tonta, mas a verdade é que se uns dias esse meu objectivo corre melhor, noutros nem tanto. Sinto que a nossa sociedade cada vez mais promove um estilo de vida 'rápido', fugaz e com pouco tempo para parar, reflectir e até para respirar. Tenho sentido na pele que há dias em que realmente não consigo parar e que a vida, aquilo a que podemos chamar de qualidade de vida, me acaba por escapar durante a maioria dos dias. Sinto que estou numa constante correria contra o relógio, para chegar a horas ao trabalho, para chegar a horas a casa, para fazer o jantar, para poder tomar banho, para poder arrumar a roupa, para poder preparar a mala para o dia seguinte... e quando dou pelo relógio já só faltam dez minutos para poder ir descansar e dormir, para na manhã seguinte voltar a repetir tudo outra vez. Sinto que a vida me escapa e não é pelo facto de envelhecer, mas sim de não conseguir chamar a esta correria 'vida'. Tento manter-me organizada, ter bem as prioridades definidas e se umas vezes resulta, noutras tudo me sai ao lado, porque também a vida é cheia de imprevistos.

         Gosto da rotina, mas não gosto de ter esta sensação de correria para fazer o que verdadeiramente gosto. É verdade que lá vou conseguindo pegar no livro, é verdade que me tenho mantido assidua no ginásio e que até ando a ver algumas séries, mas tenho a sensação que é tudo de escapadinha. Uns 15 minutos de leitura por dia, no ginásio é esperar que termine (primeiro para não desmaiar) para chegar a casa e preparar tudo o resto, e nem dá para ver um episódio inteiro na televisão, de seja o que for. Estamos constantemente nesta correria pelas obrigações da vida e sinceramente ainda não percebi o objectivo disto tudo. Ao fim de 28 anos ainda não percebi porque corremos tanto? Porque nos colocam essa pressa diária na vida? Sabemos que o relógio só tem 24h, das quais 8h preciso de dormir e pelo menos 11h são no local de trabalho ou a caminho dele, mas o que raio ando a fazer com as 5h que me sobram? Coisas do dia-a-dia, preparar o jantar e todas as outras tarefas domésticas. E aquilo a que chamamos de qualidade de vida vai esperando pelo fim-de-semana, pelas férias e feriados...

       Por vezes obrigo-me a parar, esquecer as tarefas, sentar-me no sofá e simplesmente vegetar ou sair sem tentar criar essa ansiedade de correrias e horários. Nos dias em que estou mais cansada esqueço-me de algumas obrigações e para o jantar sai uma sopa aquecida e uma tosta mista, porque o cansaço e a cabeça precisam de repouso e de pouco trabalho. Obrigo-me várias vezes a parar para respirar, para engolir a comida, em vez de a devorar. Obrigo-me a colocar música enquanto faço as coisas para conseguir ir relaxando, até a bater o pé no chão e a cantar me obrigo para conseguir abrandar o meu ritmo enquanto corto os legumes para pôr na panela. Eu vou-me obrigando a estas pequenas coisas, pois tenho noção que preciso de prezar o meu tempo, mas aquilo a que chamo qualidade de vida e que cada vez menos é apoiado pela industria em que vivemos. Pois para mim o rápido e o fugaz não me parece bem a ninguém.

 

27
Jan20

Ele #14

"Afinal anjos não voam
Nem foi preciso olhar
Pro céu para te encontrar
No final sou eu quem voa
Para te poder agarrar
Prometo nunca te largar
Afinal anjos não voam
Voam
Voam
Preciso de ti para sempre
Porque quando algo é sincero
Encontro o que quero cá dentro
E nem sempre eu acerto
Mas espero e acaba por dar certo
Contigo eu sei que 'tou vivo
Porque já te tenho por perto
Nem sei como mereço
O céu é um lugar aqui tão perto
Prometo nunca te deixar cair
Sei que temos tudo p'ra dar certo
Desde o primeiro dia em que te vi"
        Ele, sem eu saber, foi o anjo que entrou na minha vida. Foi ao ouvir esta música que me apercebi disso, que Ele é o meu anjo protector, mesmo quando discutimos, discordamos ou andamos uns dias às turras. Mas, caramba, Ele foi a minha salvação em tantos momentos, a minha felicidade, a minha casa. Ele foi o anjo que entrou na minha vida sem sequer ter de olhar para o céu.

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