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justsmile

12
Ago19

O Monge que Vendeu o seu Ferrari (6/12)

(Imagem retirada daqui)

         Quem me conhece ou tem passado por este cantinho tem compreendido que este não tem sido um ano propriamente fácil para mim. Aceitar as coisas que não conseguimos mudar tem sido mais difícil do que se poderia pensar, mas tenho lutado contra essa tendência natural de querer mudar tudo à minha volta. Aliás, tem sido uma luta contra os meus pensamentos, contra o cansaço e, por vezes, mesmo contra o desânimo. Quando reparei que a Maria das Palavras leu este livro e tinha gostado, eu que nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, fiquei curiosa e decidi que seria um óptimo livro para levar comigo nas férias. Eu sei que já há uns anos que tenho vindo a tentar mudar-me, crescer e melhorar a pessoa que sou, mas estava a precisar de motivação para voltar a encontrar-me e até a concentrar-me em mim mesma.

          Admito que sempre fui um bocadinho adversa a livros de auto-ajuda, sempre me soaram ideais para pessoas desesperadas que não conseguiam olhar para si próprias. No entanto, senti que estava na altura de voltar a inspirar-me a voltar a olhar para mim própria, compreender que pensar em mim não é um acto de egoísmo, mas sim uma necessidade (algo que tenho vindo a tentar lembrar-me ao longo deste ano). Decidi então levar o livro comigo na bagagem de férias e ver o que de tão bom tinha aquele livro. E foi a opção ideal.

       "O monge que vendeu o seu Ferrari" relembrou-me da necessidade de parar, respirar, reflectir e de sorrir. A necessidade de vivermos um bocadinho para nós próprios e de não vivermos em piloto automático a todo o momento. Lembrou-me que apreciar as coisas simples nos trazem felicidade e que não nos podemos deixar levar pelas rotinas, pelo trabalho e pelo que a sociedade nos tenta incutir diariamente. Eu, no meu inconsciente, sabia tudo isto, parecia simples senso comum, mas a verdade é que lê-lo veio reforçar a necessidade de estar mais atenta a mim própria e aos meus sinais. Este livro veio na altura em que mais precisava de me relembrar que a vida é muito mais que trabalho e problemas, que viver é muito mais do que a rigidez dos horários e das rotinas. Este livro não me ensinou nada de novo, é verdade, simplesmente veio relembrar-me de muita coisa que estava perdida no meio do esquecimento. É um livro de auto-ajuda, sim, com uma fábula que ajuda a perceber as coisas de uma forma bastante simples e acessível, mas é também um livro que ajuda a encontrar a luzinha que estava perdida dentro de nós. Simples, mas poderoso, assim é este livro.

08
Ago19

A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo (5/12)

(Imagem retirada daqui)

          Depois de ter lido o primeiro livro da Saga Millennium fiquei com o gostinho de Lisbeth e tratei logo de arranjar o segundo livro (e não é que já ando a tentar adquirir o terceiro?). As personagens deste livro são fortes, independentes e um tanto ou quanto misteriosas, o que nos faz ficar presos às suas páginas. Desta vez a aventura rodou em torno de Lisbeth, ficou em apuros sem se perceber bem porquê e viu surgir todos os amigos que desconhecia para a ajudarem. Este livro teve uma envolvente mais misteriosa, durante muitas páginas fiquei presa à vontade de avançar na leitura para compreender o que se passava. Mikael surge como defensor de uma amiga com quem não fala há mais de um ano e de quem não tem notícias, no entanto perante um homicídio ele jura a pés juntos que Lisbeth é inocente. A dinâmica que se cria em volta de todo este misterioso homicídio faz com que Lisbeth compreenda quem são as pessoas importantes na sua vida e que os fantasmas do passado acabam sempre por regressar.

       Este foi mais um excelente livro de Millennium, fiquei agarrada a esta saga e ando ansiosa por a devorar. Gosto da simplicidade da escrita, da acção que costuma ser continua e o mistério. É este mistério que me faz criar as mais absurdas suposições sobre o final do livro e é a reviravolta surpreendente que me faz ansiar pelo próximo livro. Sou só eu que estou a adorar esta saga?

06
Ago19

Perdida por Terras Marroquinas

        Este ano as férias foram mais do que merecidas. Inicialmente, o desejo d'Ele era sol e comida, o meu era passear um pouco, por isso tivemos de misturar um bocadinho das duas coisas. Não foi fácil chegar a Marrocos, pensamos em Cabo Verde, Cuba, mas acabamos por ir para um sítio beeeem mais barato e em que o desejo era que a água do mar fosse bem amena. Resultado? Fantástico! Saïdia é uma zona costeira de Marrocos que faz fronteira com a Argélia, é conhecida por ser uma zona de contrabando e de alguma insegurança, apesar de se ver policiamento por todo o lado. Assim que chegamos ao hotel foi nos aconselhado a não sairmos sem guia, com excepção para a Marina de Saïdia, devido à possibilidade de assaltos devido à zona em nos encontrávamos, mas a verdade é que não senti qualquer tipo de receio ou medo, até porque apenas visitamos Fes na companhia de guias especializados.

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       Optamos por ir para Saïdia para estarmos mais próximos do Mar Mediterrânico e não me arrependi nadinha. A água do mar era perfeita, no ponto em que adoro, calma mas com algumas ondas. A temperatura fantástica e apenas apanhamos um dia com algas. O hotel? Admito que quando me informaram que o Hotel Ibertostar era um bocadinho antigo e quando li os comentários do Tripadvisor, acabei por ficar um bocadinho de pé atrás, no entanto o hotel superou as minhas expectativas. A simpatia dos empregados e de todo o pessoal do hotel marcou pela diferença, nunca tinha sido tão bem recebida num hotel, sempre preocupados com os clientes e de uma simpatia como nunca tinha visto, já para não falar da animação. A comida era boa, apesar da confusão que por vezes se instalava na zona de restauração, mas nada tenho a apontar.

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       "E o que fizeste durante sete dias Just?" Nada! Foram umas férias de comer, beber e dormir muito. Coloquei a leitura em dia e aproveitei para relaxar, aproveitar a companhia d'Ele e para nos afastarmos dos problemas do dia-a-dia. Contudo, lá consegui convencer o maridinho a fazer uma viagem de 8h para conseguirmos visitar Fes. Fes é uma das principais cidades de Marrocos onde o Islamismo e o Judaísmo se junta harmoniosamente, onde a Medina é onde se concentra a vida e onde os cheiros e cores confundem os sentidos.

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         Fes é uma cidade completamente diferente daquilo que estamos à espera, apesar das minhas expectativas estarem altas devido a já ter visitado Tunis na Tunísia. Fes é uma cidade cheia de movimento, de cheiros e cores que nos estimulam de uma forma incrível. Se fechar os olhos, quase que consigo voltar a sentir os cheiros da Medina de Fes. A cultura é super diferente, a higiene não é a melhor, mas são todos os pormenores daquela cidade que nos fazem gravar na memória Fes.

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        E em Fes fomos conhecer algumas das coisas mais tradicionais da cultura Marroquina. O guia levou-nos pelas estreitas ruas da Medina, onde facilmente me perderia, para conhecer a forma tradicional de fazer os têxteis lindíssimos da cultura Marroquina. Adorei as cores, os tecidos até ao tecto e o barulho dos teares num espaço tão pequeno, mas tão elevado. Ainda tivemos oportunidade de conhecer uma farmácia de medicinas naturais e de experimentar a comida Marroquina num restaurante tradicional, não daqueles de comer comida com a mão no meio da rua, mas daqueles que quase parecem chiques naquele meio. A comida Marroquina tem uma enorme particularidade, é extremamente doce. Seja qual for o prato, devido ao elevado número de especiarias (algo que seria de esperar) qualquer tipo de comida parece demasiado doce ao meu palato, não é má, mas não é bem o meu gosto.

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       Tivemos ainda oportunidade de ver a coloração das peles, algo também bastante tradicional. O cheiro é terrível, são peles de animais e a verdade é que o odor é demasiado forte, aliás, talvez por isso na entrada nos tivessem logo entregue ramos de hortelã para refrescar o olfacto. Apesar disso as cores e o trabalho é algo que deve ser apreciado. E é isso que faz com que esta cultura seja tão diferente e tão boa de se conhecer, pois a apenas uma hora e meia de Portugal, Marrocos é sem dúvida algo a que não estamos habituados e é um país e uma cultura cheia de surpresas. É verdade que de Saïdia a Fes são 8h exaustivas de viagem, sobre um sol quente, mas o sacrifício compensa. É bom poder sair do hotel e da nossa zona de conforto para conhecermos coisas verdadeiramente novas aos nossos olhos.

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        De regresso a Saïdia e ao hotel temos a uma curta distância a pé a marina da cidade, a única zona aconselhável a percorrermos sozinhos devido à insegurança que se sente nas ruas de Oujda. A marina parece uma pequena amostra de uma cidade fantasma, apercebemo-nos da ambição dos edifícios e das lojas serem direccionadas para turistas, contudo a maioria das lojas, restaurantes e outros afins estão totalmente entregues ao abandono. Os edifícios, devido à localização, estão bastante degradados e poucas são as lojas que se encontram abertas. É estranho caminhar por entre lojas fechadas e marcas de degradação, faz realmente lembrar uma cidade fantasma. 

      Marrocos foi uma óptima surpresa. Adorei o mar e a praia, acho que a expectativa ia um bocadinho baixa e por isso teve a capacidade de ser superada. Conhecer uma cultura completamente diferente da nossa vale sempre a pena, são momentos de memórias e de aprendizagens. Esta foi sem dúvida uma viagem deliciosa. Vale a pena conhecer Marrocos, espero vir um dia a lá voltar.

P.S.: Imagens de Just Smile.

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