O amor real
(Imagem retirada daqui)
Amor, aquele sentimento inexplicável que nos mexe com todos os sentidos. Aquele sentimento que nos deixa nauseados quando começa, que nos enche de borboletas na barriga com um simples toque, que nos faz ansiar, desejar e ter momentos de pura loucura. Aquele sentimento tão estranho que nos faz voar, ter aquela sensação de leveza como se tudo à nossa volta fosse perfeito, como se o mundo fosse apenas constituído por aquelas duas pessoas. Amor, aquela palavra tão difícil de ser pronunciada, que não se gosta de utilizar em vão, que tem de ser dita pela primeira vez num momento especial. Uma palavra que não pode ser dita aos quatro ventos, deitada ao ar como se apenas se trata-se de uma palavra banal. Amor. Tantas definições para o amor, a sensação de conforto, aconchego e segurança que nos preenche a alma nos dias difíceis, que nos faz sorrir como se o mundo fosse apenas nosso e nada mais importasse. Uma palavra e mil sentimentos que não podem ser entregues a qualquer um. Não pode ser entregue àquele que nos quer como sua posse, àquele que não nos trata bem, que não nos respeita.
A palavra amor só pode ser entregue a quem faz parte de nós, a quem mexe com o nosso mundo, a quem nos trata como um igual. Esse sim, é o amor real. Amor não são só as palavras bonitas, os momentos de pura paixão e as prendas de arrependimento. Não é feito de desculpas, mas de coisas que fazem acontecer a felicidade. Não é amor quando nos sentimos presos, quando achamos que tudo o que é mau é feito por amor. Esse é o amor de ilusão, mas que não é sentido. É verdade que o amor real não é um mar de rosas, mas há respeito, há dedicação, não há traves, nem prisões. O amor real, por mais difícil que seja, é livre. Livre de opinião, livre de decisões. O amor real é feito de ti primeiro e depois o outro, porque amar-te é dar ao outro a possibilidade de te amar. O amor real é feito de momentos menos bons, mas em que o amor é uma constante e em que a dúvida nunca se levanta. O amor real é feito de ti, para ti e por ti e simplesmente partilhado. O amor real é mútuo, bilateral. O amor real dá trabalho, obriga a cedências, mas só ele é que perdura, só ele é que faz tudo valer a pena. O amor é a melhor coisa que o mundo tem, mas só o amor real, porque o de ilusão nada mais é do que um sonho que nunca pára de pairar no ar. E o que precisamos de ensinar? A diferença entre o conceito de amor que se aprende na televisão e o amor real, porque o segundo é muito mais valioso do que a ilusão do primeiro.
Tudo isto porquê? Porque a violência no namoro é cada vez mais uma problemática, assustadora nos dias que correm e é necessário partilhar com o mundo, com os adolescentes e jovens que o amor real é o verdadeiro amor. Já conhecem a Associação Corações de Coroa?