Recomeçar (7/12)
(Imagem retirada daqui)
Quando li O Tempo Entre Costuras de María Dueñas apaixonei-me completamente pela escrita da autora. Uma escrita leve, mas envolvente que prende facilmente qualquer leitor. Uma espécie de leitura viciante que só nos permite descansar no desfecho da história. O Tempo Entre Costuras foi um daqueles livros que sempre me ficou na memória e o nome da autora nunca mais desapareceu da minha mente. Assim, quando vi da Wook um livro da María Dueñas em promoção decidi de imediato aproveitar, seria a leitura ideal para a lua-de-mel, entre viagens de avião e Ele a dormir na praia, seria o momento perfeito para pôr a leitura em dia. No entanto, este livro da autora levou-me por um caminho totalmente diferente do que estava à espera.
Recomeçar é um livro sobre uma mulher de quarenta anos que após a traição do marido decide partir para o outro lado do mundo para se afastar da confusão em que está a sua vida. Professora Universitária de Linguística vê-se envolvida num projecto sobre um emigrante espanhol nos Estados Unidos da América que após a sua morte deixou um infindável número de documentos para organizar. A certo momento da história já não existe apenas uma personagem principal, mas o historiador Espanhol e a professora, o livro dá tamanha volta que por momento me esqueço que o livro é sobre uma mulher que decide recomeçar a sua vida e não sobre um historiador. Gostei do livro, mas não era aquilo que estava à espera. Aguardava ansiosamente por uma escrita mais leve, com pequenos apontamentos de história, mas somente os necessários. Houve momentos em que me perdi no enredo sem perceber bem porque lia tanto sobre o historiador e não sobre a professora, no fim tudo teve a sua razão de ser, mas acho que o livro poderia ter sido melhor ou talvez apenas tivesse as expectativas demasiado elevadas.
Foi um bom livro que se leu bem, mas esperava algo mais. Esperava uma história arrebatador que me deixasse a pensar assim que fechasse as suas páginas o que acabou por não acontecer. É um bom livro mas este vai para a lista dos que nunca pretendo reler.