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justsmile

06
Nov17

Esta mania de querer ser independente!

(Imagem retirada daqui)

 

      Sempre fui uma mulher muito independente. Pedia conselhos, pedia ajuda quando necessário, mas sempre tomei as minhas próprias decisões, geri o meu dinheiro desde nova e sempre me imaginei a ter a minha total independência. Não gosto de depender de ninguém para seja o que for, nem no trabalho gosto de ter o meu trabalho pendente porque tenho de esperar por alguma coisa dos meus colegas. E quando me imaginei a tornar totalmente independente dos meus pais imaginava-me a ir para uma casa minha, um apartamento ou outra coisa qualquer, para começar a minha vida. Aliás, durante muitos anos achei que algum tempo da minha vida seria a viver sozinha, o que acabou por não se proporcionar.

       Com o casamento para breve e sem a nossa casa ainda construida (e é algo que ainda está longe) tínhamos decidido fazer umas obras na garagem dos meus pais, que tem ligação à parte superior da casa, onde poderíamos viver. Dois quartos, uma casa-de-banho, e faltava-nos apenas fazer a cozinha e a sala. Tudo ficaria independente e funcionaria como um andar moradia, o nosso andar e o andar dos meus pais. Os meus pais viveriam no andar inferior, onde tinham as mesmas divisões. Estes eram os nossos planos. Em pouco menos de dez minutos, com a recepção de respectivos orçamentos para obras, estes planos foram por água a baixo. O orçamento era demasiado elevado para obras "temporárias", pois a perspectiva de lá ficar eram poucos anos e assim que tivéssemos oportunidade começar a construção da nossa casa. De repente, a pouco mais de oito meses do casamento ficamos sem uma alternativa. O meu pai, na sua boa fé, sugeriu vivermos com eles, o que para mim e para Ele me pareceu inconcebível. Sei que há muitos casais que o fazem, amigos incluídos, mas não consigo imaginar de todo a partilhar a minha vida com Ele e com os meus pais também. A minha mãe, também na sua boa fé, sugeriu transformarmos o meu quarto numa cozinha e apenas ficaríamos com um quarto, o que para nós não seria problema.

      Esta última sugestão ficou-me no ouvido, no entanto encontrei bastantes contras: bastava um dos meus sobrinhos querer ir dormir aos avós que já não tinha quarto, bastava a minha irmã querer vir passar um fim-de-semana ao Porto que já não teria onde ficar, e apesar dos meus irmãos apoiarem a minha mãe com esta sugestão, senti um certo desconforto ao sujeitá-los a isso. Começamos então a procurar rendas, ASSUSTADORAS! Afinal as coisas não tinham mudado nada desde Janeiro e além das más condições das casas, os preços quase que me tiraram o fôlego. Apesar de tudo, Ele argumenta que só se sentirá confortável numa casa alugada, que teremos mais conforto, que não nos iremos preocupar com barulhos e outros tantos afins. E eu? Eu concordo com toda a argumentação dele, percebo perfeitamente o que Ele quer dizer e eu própria preferia alugar, até chegar à parte financeira. Ao criar uma cozinha no meu quarto o investimento seria pequeno e todos os meses conseguiríamos poupar no mínimo trezentos euros para conseguirmos poupar para a nossa casa. Um sonho, que ao ficar em casa dos meus pais, com tudo fisicamente independente na mesma, se poderia tornar real mais rápido. Ele co-argumenta, e eu percebo, mas sou uma pessoa muito sensível e influenciável pela parte financeira. Para mim, a segurança financeira sobrepõe-se a muita coisa e pensando sempre na perspectiva do "temporário" não me custa todos os "ses" que Ele levanta.

      Ontem, depois de mais uma conversa e mais uma fase de argumentação cheguei à conclusão que o nosso problema é "A nossa mania em querer ser independentes!". Mas que mania! Quantos não são os amigos que conhecemos que viveram integralmente com os pais antes de saírem de casa? Quantos não foram os amigos, que até depois de casar, apenas tiveram um quarto seu enquanto pouparam para sair de casa dos pais? Muitos, mesmo muitos, aliás, à minha volta poucos foram os que saíram logo de casa dos pais e compraram ou arrendaram casa. Eu admito, por muito que goste dos meus pais, por muito que me dê bem com eles não me imagino a viver com o meu futuro marido e partilhar casa com eles também, mas nós teríamos uma grande vantagem, tudo seria independente, com excepção do telhado. Não partilharíamos nada, a não serem pequenos ruídos. Ele ainda não se convenceu e eu própria, apesar de usar boa argumentação e de me agarrar afincadamente às vantagens financeiras, também ainda não me convenci. No entanto, acredito que mais vale fazer alguns sacrifícios para que a nossa casa de sonho se realize rapidamente. Afinal, tudo o que é bom na vida obriga-nos a fazer sacrifícios, certo?

03
Nov17

Uma jovem com religião

(Imagem retirada daqui)

 

      Em 2012 considerava-me uma descrente na religião, fosse ela o cristianismo ou outra qualquer. Era completamente descrente em algo superior, a vida até ali tinha-me mostrado que acreditar em algo que nunca tinha visto era simplesmente ridículo. Tinha crescido no seio de uma família católica, tinha percorrido todos os passos do catolicismo, mas simplesmente tinha deixado de acreditar. As idas à igreja eram nulas, quando necessário saia de lá ainda com menos convicções e dizia a todos e a qualquer um que só acreditava na ciência e nada mais. É claro que em determinado momento da minha vida tinha sido praticante, por obrigação, por vontade dos meus pais, mas a partir do momento em que tive uma palavra a dizer desliguei-me da religião. A vida não corria bem, parecia simplesmente complicar ainda mais e como poderia eu acreditar em alguém que nos ajudava, quando na verdade só via as coisas a piorarem?

      No final de 2012 fui fazer um estágio curricular de três meses para o maior hospital da zona Norte. Cruzei-me com alguém que levava a religião de uma forma leve, que andava sempre com um terço no bolso e que mais do que seguir regras, acreditava piamente num ser superior que a guiava. Ao início tudo me pareceu absurdo, principalmente vindo de alguém culto, de alguém da ciência e de alguém que via desgraças todos os dias. Mas foi durante esses três meses que percebi o porquê dessa sua forma de ser, dessa sua fé e dessa sua confiança e à-vontade em falar em Deus. Durante este estágio assisti a cenas muito complicadas, jovens com doenças terminais, crianças com doenças congénitas que nunca iriam melhorar, pessoas com uma vida perfeitamente normal até 'ontem' e que de repente se viram privadas de serem elas próprias. Ali, compreendi que nunca me poderia queixar da vida que tinha. Ali aprendi que não posso ser egoísta, que não posso queixar-me quando há pessoas que simplesmente têm a vida em risco e que a única coisa que as pode ajudar é a Fé. E foi aqui que compreendi o porquê da religião, o porquê de se acreditar em algo superior. Por muito desgraçadas que fossem aquelas vidas, por muitos problemas de saúde e familiares que tivessem, por muito que estivem mais perto da morte do que da vida, estas pessoas tinham uma Fé que me impressionou, que me inspirou. Aprendi ali, em três meses, que as pessoas que melhor lidavam com a situação, que melhor recuperação tinham e que mais sorrisos mostravam eram aquelas que acreditavam em algo superior, em algo maior que elas próprias. Esta Fé, esta esperança dava-lhes vida, dava-lhes conforto. Foi então que percebi que para lidarmos com este mundo era realmente necessário acreditar em algo para nas horas de sufoco termos ao que nos agarrar.

     Sei que acreditar em algo abstracto é complicado. Sei que parece absurdo a muitos, como a mim também já me pareceu, mas ao fim de três meses a lidar com o sofrimento dos outros compreendi que eu só podia agradecer por aquilo que tinha. Compreendi que para sobreviver, para ultrapassar a dor e os desafios da vida, era necessário acreditar em algo mais do que estava à vista dos nossos olhos. Era, simplesmente, preciso ter-se Fé. Foi então que ali renovei a minha crença em algo superior. Em apenas três meses recuperei aquilo que tinha perdido durante anos, deixei-me de porquês e comecei a acreditar que é preciso ter-se Fé, mais que numa religião, do que num Deus, era simplesmente preciso ter-se Fé, para agradecer, para pedir, para viver. Aquele foi um ano de transformação para mim e aos bocadinhos dei por mim a sentir a necessidade de ir à missa, a necessidade de agradecer no final de um dia, a necessidade de acreditar que há uma razão para tudo, mesmo que eu a desconheça. Hoje sinto-me mais próxima da religião do que algum dia estive, aprendi que é preciso enquanto ser humano termos algo. Não acredito em muito do que a Bíblia diz, o que se reforçou com a leitura do livro de José Rodrigues dos Santos, não acredito num Deus que queira o nosso amor total, mas sim dividido. Nem sequer acredito num Deus que não defende a mulher, que gosta que as pessoas sofram e que até nos castigue. É que nem acredito muito no céu e no inferno. No entanto, acredito em algo e é por vezes na igreja, nas minhas conversas surdas com Deus que me sinto bem. É nas horas de sufoco que o procuro, mas também nas horas de alegria em que agradeço pelo que tenho. Acredito plenamente na ciência e na evolução e nem vale a pena tentarem contradizê-lo, mas mais do que tudo isso acredito que o ser humano precisa de Fé, precisa de Acreditar. A mente é uma coisa muito poderosa e que nos ajuda a curar. Acreditar apenas nos dá a força que por vezes precisamos.

      Tenho uma visão muito minha da religião. Sei distinguir o bem do mal e não foi pela religião. Mas acredito em algo superior. Eu, com 26 anos acredito num Deus, não sei bem como, nem porquê, apenas sei que preciso. O catolicismo apenas veio porque foi o meio onde cresci, mas digo-o e reforço-o, tenho uma visão muito minha da religião e digo abertamente, eu tenho uma religião.

02
Nov17

Já é Novembro?

(Imagem retirada daqui)

 

      Eu este ano ando perdida com o tempo. Para vos ser cem por cento sincera só dou pelo tempo passar quando volto a estar na altura do mês que todas as mulheres têm que passar. Sei que é ridículo, mas só assim me tenho apercebido que um mês está a acabar e outro a começar. Não sei se é por andar ocupada com tantas coisas ao mesmo tempo, se é por andar sempre com actividades ao fim-de-semana, sejam sociais ou profissionais, ou até mesmo se é o percurso natural da vida. Aliás, sempre ouvi dizer que a partir dos vinte anos nunca mais daria pelos anos passarem. No fundo, acho que realmente é verdade e mal me tenho apercebido das passagens do mês, a não ser pela conta voltar a aumentar no início de cada mês. Contudo, mais do que nunca dou por mim a olhar para trás e sem conseguir perceber bem para onde foi 2017.

      Apesar de tudo isso 2017 demonstrou ser um ano de transformações em mim, não só no que me rodeia, não só na minha vida, mas em mim mesma. A Just do início de 2016 já não é a do final de 2017 e isso faz-me sentir crescida, sentir-me bem com aquilo que alcancei ao longo destes dois anos. O exterior mantém-se praticamente inalterado, mas o interior encontra-se totalmente renovado. Os objectivos mensais têm-me ajudado imenso a manter-me focada, a lutar mais por mim e melhor e este mês volto a repeti-los, acho que vou tornar este post um hábito mensal, afinal tem tido os seus benefícios. Para Novembro pretendo:

 

      1º Ler dois livros, vamos lá manter o foco e tentar ler mais dois livrinhos. Este mês queria muito ler um romance e finalmente ler o livro escrito por Adolf Hitler, não me comprometo a lê-lo, comprometo-me a tentar, pois acredito que é aquele tipo de livro para o qual preciso de estar disposta a. Pode ser que Novembro me traga essa predisposição, caso contrário pegarei noutro livro que tenha na estante.

 

      2º Um mês sem refrigerantes, acredito que este vá ser um desafio bastante simples até porque diminui drasticamente o meu consumo dos mesmos, no entanto este mês pretendo realmente tirá-los da minha alimentação. Tenho recorrido mais à água e até quando vou a uma esplanada ou jantar fora tenho optado por água ou um vinho, os refrigerantes têm sido diminuídos nos meus hábitos e este mês, mesmo ao fim-de-semana, pretendo não tocar em nenhum. Volto a dizer que não notei diferença no meu sistema desde que reduzi os seus consumos, no entanto acredito que não sejam uma opção saudável. Por isso Novembro vai ser o mês sem refrigerantes. Sumos de fruta, sem gás serão aceites.

 

     3º Definir e/ou comprar as prendas de Natal. Odeio deixar para a última as prendas de Natal, não gosto das confusões e nem sequer gosto de gastar demasiado dinheiro nisso, aliás, eu sou a primeira a referir que comprar prendas não é fácil. No entanto Novembro terá de ser o mês de pelo menos definir as prendas de Natal para cada pessoa. O ideal seria até comprar já algumas, mas se não for possível, quero fazer uma lista para cada pessoa e saber o que lhes vou dar. Quero organizar-me e quero antecipar-me à típica confusão de Natal.

 

      4º Organizar e imprimir fotografias desde 2015. Desde Janeiro deste ano que ando a adiar este objectivo. Para os anos anteriores encontrei caixas de madeira e imprimi todas as fotografias que me eram essenciais (vá, neste aspecto eu não sigo o conselho do Minimalismo, gosto de ter as coisas em modo físico e não digital), mas tenho andado a desleixar-me com as fotografias desde então, por isso Novembro vai ser o mês de tomar essas decisões. Organizar, definir, imprimir e arrumar as fotografias dos últimos dois anos. Basta de adiar esta tarefa!

 

      Novembro é também um momento importante para nós, precisamos de confirmar a igreja, precisamos de continuar a dar andamento aos convites (que são demasiados!) e precisamos de definir o que vamos fazer com os primeiros anos de vida em conjunto, precisamos de saber onde morar. Acredito que irá ser mais um mês que irá passar num abrir e fechar de olhos, afinal já temos quase todos os fins-de-semana ocupados com compromissos, mas porque este ano tem passado assim. Não é bom, não é mau, é simplesmente estranha a forma como o tempo tem desaparecido. Apesar disso, acredito que este novo mês vai ser um mês com muitas decisões e só espero continuar a crescer como o tenho vindo a fazer até aqui. E vocês que esperam de Novembro?

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