E mais uma vez, o fim de um ano
(Imagem retirada da Internet)
O fim de mais um ano chegou. 2012 chegou ao fim como todos os outros anos que passaram. O mundo não acabou, a crise não passou e a paz não chegou. Um ano como tantos outros na vida de um ser humano. Mas definitivamente, 2012 foi um ano muito doloroso para mim, ao olhar para trás quase que não consigo encontrar mais que um lado risonho deste ano. De Janeiro a Setembro, foram mais as dores de ser humana do que as felicidades. Ai que aninho... Só de pensar já dói. Fui me completamente a baixo, duvidando de mim e das minhas capacidades, da minha força e até mesmo de mim como ser humano. As lágrimas correram-me descontroladamente quando me encontrava só ou com a minha mãe. Os ataques de choro tornaram-se recorrentes no espaço de dois meses, difícil de acreditar, mas sim, chorei e muito este ano. O verão acabou por passar e eu continuava sem me sentir eu, eu própria, a Just de Sempre mas alguma alma divina me guiou para uma nova alegria. Apesar de toda a dor, de todas as dúvidas e de todas as lágrimas este ano foi o ano de me reencontrar espiritualmente. Foi um conjunto de coisas que levou a deixar-me envolver num meio espiritual que há tanto eu precisava. Sem conseguir imaginar, e inconscientemente, os três livros que comprei este ano foram a redescoberta de mim mesma. Tudo começou com o meu primeiro estágio, quando comecei a ler "Quando estiveres triste sonha", após um verão de apatismo, e a verdade é que com ele voltei mesmo a sonhar, algo que tinha perdido em mim durante este doloroso ano. Depois veio "Três metros acima do céu", comprei pelo título mas adequoou-se perfeitamente à fase em que passava, este livro fez-me relembrar a minha história de amor, do quando preciso dele a meu lado e do quando gosto dele. Os sonhos estavam de volta e a paixão (que nunca tinha desaparecido) também, faltava a minha fé e a minha esperança que vieram com "E depois...". Veio numa altura em que lidei com a primeira morte no meu estágio, o primeiro frente a frente com a passagem de um paciente para outro mundo. Não sei como, nem porquê, mas voltei a sentir a fé, talvez do livro, talvez da vivência do estágio, talvez por ver no rosto daqueles doentes a fé espelhada, não sei, mas voltei a sentir-me melhor. Voltei a ser eu, risonha, alegre, bem-disposta e com bastante fé e esperança. Três livros importantíssimos para o meu reencontro, três livros que saltaram da prateleira para a minha mão sem saber a importância que viriam a ter na minha vida. Acredito que a combinação destes livros com aquele estágio foram a salvação para eu voltar a ser a Just.
Honestamente, tirando o nascimento do meu sobrinho em Março (que veio trazer imensos sorrisos à familiar) sinto que as coisas positivas de 2012 só começaram a surgir a partir de Setembro. Voltei a conviver mais com velhas amizades, comecei a querer sair mais de casa e a não me entregar tanto ao comodismo e comecei a sentir-me melhor comigo mesma. Para além disso, este ano foi o ano em que eu e a minha mãe nos tornamos mais que amigas (sempre o fomos, mas fortaleceu a relação), eu fui o seu pilar e ela o meu. Ela foi o meu abrigo de todas as lágrimas que caíram, oh e quantas vezes caíram este ano. Muitos foram os abraços que precisei dela e ouvir que por mais coisas que aconteçam sou boa pessoa e que ela nunca deixará de ter orgulho em mim foi mais do que importante.
Vendo bem, se calhar 2012 começou como um ano sofredor para terminar da melhor forma, para demosntrar que é preciso sobreviver a tempestades para depois saber apreciar o céu azul. Hoje, sim, hoje sou feliz. Tenho uma mãe que é o meu ídolo, tenho um namorado que faz tudo por mim, aumentei o meu grupo de amigos e neste momento sinto-me mais confiante, não só como pessoas mas como futura Terapeuta da Fala. Sinto-me feliz e concretizada, mais forte do que alguma vez imaginei vir a ser (tanto física como psicologicamente). Não posso dizer que 2012 tenha sido um bom ano, nem lá perto, mas pelo menos parece que vai terminar bem :)
P.S.1: Desculpem o testamento.
P.S.2: Mil e um obrigadas a quem por cá passa e sempre me deu força, não imaginam a importância que isso teve em mim.