Para dançar
It's a force field
I wear my heart upon my sleeve, like a big deal
Your love pours down on me, surrounds me like a waterfall
And there's no stopping us right now
I feel so close to you right now"
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O antónimo de vida será morte. Um nome comum que impõe respeito e com o qual poucas pessoas se sentem à vontade para brincar. É um assunto tabu e nunca compreendi muito bem o porquê de o ser, o porquê do ser humano ter um medo constante da morte ou até de ouvir o seu nome. Se esse medo constante está presente nas nossas vidas, porque não está a felicidade constante de estarmos vivos? O ser humano sempre teve medo do desconhecido, sempre teve receio do futuro e ainda tem mais medo de não conseguir controlar o próprio destino, por isso procuramos videntes, lemos signos e até o taroo para conseguirmos ter um vislumbre do futuro, mas sempre tivemos como certa a morte. Apesar dessa ser uma certeza mundial, todos temos medo da morte, simplesmente por não sabermos o que nos acontece depois de fecharmos os olhos eternamente. Tenho visto esse medo, esse receio nos olhos de alguns doentes e é verdadeiramente assustador. É um olhar inconfundível, e quando nos tocam sentimos esse medo percorrer o corpo e a respiração torna-se pesada, parece que no ar paira um cheiro negro e espesso. É a condição humana, viver e morrer, mas o medo do que nos espera após a morte supera toda a nossa felicidade em ver a vida, ou os últimos dias de vida, como acontece com alguns. Lidar com a morte nunca foi fácil, trás dor, trás saudade, e só pensamos no porquê para tal acontecer com alguém próximo. Nunca encontramos uma explicação da vida, nunca obtemos uma resposta que nos dê a certeza de que essa pessoa agora está melhor. Quem fica acaba sempre por se questionar do porquê de não ter sido ela a partir, mas sim a outra pessoa, uma questão inevitável que até mim mesma já coloquei. Mas cada vez mais acredito (isto mais que um estágio de Terapia da Fala é um estágio sobre a Vida) que todos temos uma razão para cá estar ou cá continuar, começo a acreditar que tudo acontece por uma razão, mesmo que nos seja difícil de aceitar, acredito que todos temos um propósito, nem que seja cruzar-nos com a vida de alguém. Por isso começo a acreditar que não temos de ter medo da morte, que não temos de viver a preocupação constante de que a vida tem um fim, mas sim ter a preocupação constante de viver um dia de cada vez e dar graças por estarmos cá para ver o mundo continuar a girar.
Um assunto mórbido eu sei, mas desde que faleceu uma jovem no hospital que o tema da morte não me tem saído da cabeça.
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