justsmile

(Imagem de Just Smile)

Após uma daquelas gripes de quase matar qualquer um e de passar um carnaval na cama, as aulas recomeçaram e quase que me atirei para o chão a espernear para não ter de trabalhar. Mas infelizmente não daria resultado nenhum. A três semanas de terminarem as aulas, o trabalho já é mais que muito, tenta-se encaixar os trabalhos de grupo em todos os cantos das 24horas de um dia. Começa-se a pensar onde é que se vai encaixar o tomar banho e o dormir, mas como sempre sobrevivi, também irei sobreviver a mais três semaninhas. Assim, o meu fim de semana será virado para isto: livros, computador, pesquisas, apontamentos e trabalhinhos.

Desejem-me sorte!

Já agora deixo aqui o link de um blog muito giro, cheio de cor e coisas modernas:

http://sweetstuff.blogs.sapo.pt/

:)

(Imagem retirada da Internet)

O meu curso é grande apologista do trabalho em grupo. Desde que cá entrei já fiz 1001 trabalhos de grupo e 1001 apresentações de trabalhos de grupo. É um trabalho de grupo em cada disciplina (no mínimo), catorze disciplinas por trimestre (pelo menos), três trimestre por ano, o que dá equivalentemente a 126 trabalhos de grupo ao longo do curso (mais uma vez, no mínimo, porque acho que já devo ter feito 200 trabalhos de grupo). Os docentes defende-se trazendo um padrão cor-de-rosa aos seus argumentos 'Vocês quando forem trabalhar, vão estar a trabalhar com outro profissionais', 'O trabalho em equipa será uma constante na vossa vida', ' O trabalho em equipa não deve ser só a nível profissional'. Em todos os meus estágios, sinceramente, nunca vi nenhum dos argumentos deles postos em prática. O meu problema não é trabalhar em grupo e nada me preocupa trabalhar com outras pessoas, o meu problema é tudo o que envolve para realiza um trabalho de grupo.

Chateia-me termos de ser o mais flexíveis possível para conseguir-nos reunir, é de lembrar que catorze disciplinas leva a catorze grupos diferentes. Chateia-me dividir trabalhos e, nem sempre de forma justa, e depois ficar à espera da parte de cada um. Chateia-me ver-me obrigada a fazer pressão em alguém para entregar atempadamente a sua parte, o que acaba por não acontecer. Chateia-me ter de andar atrás das pessoas, tipo mãezinha, para fazerem a parte delas. Chateia-me o facto de haver sempre uma pessoa que se está a lixar para o trabalho e alguém ter de fazer uma parte extra. Chateia-me que sempre uma pessoa não faça parte da discussão de grupo. Chateia-me que na apresentação a pessoa que menos faz é a que se safa melhor. Chateia-me ter sempre uma pessoa que não faz as coisas em condições e ter de refazer a parte dela toda. Odeio que no fim disto tudo a nota seja igual para todos. E se argumentamos que alguém não fez a parte dela, a culpa é do grupo 'porque não pressionou essa pessoa'. Se alguém não entregou atempadamente a sua parte a culpa é do grupo 'porque não a chateou o suficiente'. Se a pessoa fez tudo errado e o grupo não viu, a culpa é do grupo 'porque o trabalho então não foi em grupo'. Se uma pessoa sabe mais que os outros é 'porque só um trabalhou'. Se uma pessoa não fez tanto quanto os outros a culpa é do grupo 'porque o grupo não dividiu bem as tarefas'. Se não obrigas a outra pessoa a aparecer para trabalhar a culpa é do grupo 'porque deve conseguir mandar nela'.

Estou farta de trabalhos de grupos e das injustiças e trabalho extra que isso trás.

(Imagem retirada da Internet)

Pois é, já passaram 21 anos desde aquele solarengo domingo. Um dia quente para Fevereiro, diz a minha mãe, que estava em casa e de repente lá se apercebeu que estava na hora da sua terceira filha nascer. E às 21 horas nasce a just, e desde então já passaram quase 21 anos.

O tempo passou, cresci sem reparar, só a minha altura é que o demonstra, as minhas cicatrizes e memórias também são prova de que o tempo passou. A minha personalidade também é motivo do tempo passar, é que cada momento que vivi mudou uma célula do meu cérebro e fez com que me tornasse na pessoa que sou hoje. No dia de hoje só tenho a agradecer a todos os que me acarinharam nestes 21 anos e aqueles, que apesar de não acarinharem desde sempre, o fazem agora.

Obrigada:)